22 agosto 2005

João Lourenço apoia a prática de eleições periódicas

Image hosted by Photobucket.com Na sessão de abertura do Seminário Internacional sobre Processos Eleitorais que está a decorrer em Luanda desde hoje e promovido pela Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE), o presidente em exercício da Assembleia Nacional (AN), João Lourenço, defendeu a necessidade de Angola seguir o exemplo dos demais países democráticos do mundo no que toca à realização periódica de eleições para que os angolanos possam escolher os seus dirigentes livremente.

Segundo aquele dirigente do MPLA, "(…) o fim do conflito armado em Angola, há já três anos, e com os êxitos alcançados no processo de reconciliação nacional…” há a necessidade de “(…) acertar o passo com os demais países da SADC e outros Estados democráticos do mundo, em matéria de realização periódica de eleições, dando assim a oportunidade aos cidadãos escolherem, livremente, os seus dignos representantes nos órgãos de soberania".

Ainda de acordo com aquele dirigente, estas primeiras eleições livres(?) pós-guerra devem acontecer num clima de PAZ e concórdia e sem que alguém possa compelir os cidadãos a votar em candidatos que não estejam em consonância com a “sua livre e consciente escolha” porque o escrutínio não deve criar “temor nem incertezas, mas antes normalizar a vida política para que os angolanos se sintam satisfeitos com as suas opções, orgulhosos dos seus governantes e o respeito pelos direitos fundamentais do cidadão”.

Se não estivéssemos perante o vice-presidente da AN – e presidente em exercício – quase diria que a oposição começava a ter consciência da sua existência. Mas não; uma vez mais é o principal partido do País que toma a dianteira e deixa diminuto espaço de manobra à oposição (claro… se realmente existe uma oposição clara, principalmente quando no GURN está um parceiro que ainda não tomou percepção do seu espaço e no Parlamento coexistem grupos e grupelhos que, e só esporadicamente, fazem ouvir a sua voz – e por vezes por razões que nada têm a ver com problemas nacionais, mas sim internos).

De notar que no seminário participam representantes do Instituto Eleitoral da África Austral, do Cárter Center e da União Europeia que deverão habilitar os técnicos angolanos que vão participar nas diferentes fases do processo eleitoral.


ADENDA:
Ainda sobre esta temática e as declarações de João Lourenço ver o que aqui se analisa.

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