22 fevereiro 2006

Depu-pugilismo ou deputagilismo

Acabei de ler este pequeno mimo relativo a uma sessão parlamentar guineense:
Uma azeda troca palavras entre dois deputados, que resultou em pugilato, levou hoje à suspensão dos trabalhos do parlamento guineense, quando a assembleia se preparava para votar o agendamento do programa do governo.
A briga envolveu os deputados Alberto Baldé, do Partido da Renovação Social (PRS) e Botché Candé, independente, mas eleito pela mesma formação política, fundada por Kumba Ialá.
Os dois parlamentares desentenderam-se e a cena só não foi mais longe devido à pronta intervenção dos colegas, na sequência de acusações de traição entre ambos.
Segundo Botché Candé, que foi ministro do Comércio e Conselheiro para os Assuntos Religiosos de Kumba Ialá, o colega de bancada Alberto Baldé faltou à palavra sobre o combinado entre ambos no tocante ao apoio ao programa do actual governo.
(…) Na sequência da cena entre Botché Candé e Alberto Baldé, ambos eleitos na região de Bafatá nas legislativas de 2004, vários deputados abandonaram o hemiciclo.
Uma brigada da polícia de intervenção rápida foi chamada, mas não chegou a entrar no hemiciclo
(…)”.
A Guiné-Bissau entrou, definitivamente, no seio das democracias super-avançadas.
Antes era na Itália, depois na Coreia e, agora, temos a Guiné-Bissau.
Não há dúvidas que o depu-pugilismo – ou será, deputagilismo – entrou na senda da Globalização.
Senhores, a imitar, que seja por razões válidas. Discutir quem traiu quem e por causa do quê só desmotiva o eleitorado.
E ainda por cima, para aprovarem um Governo que não saiu da vontade popular mas da vontade, intrínseca, de um presidente que quis “limpar a sua honra” presidencial.

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