27 setembro 2006

A Europa, África e a imigração: artigo de opinião

Centenas de seres humanos (e digo centenas esperando que não sejam na realidade milhares) morrem afogados nas águas do Atlântico sem que nada possa evitá-lo... E interrogo-me, pergunto a todos, ao governo espanhol, à Europa efectivamente nada pode evitá-lo?”, assim questionou, há uns dias, Adán Martín, presidente do Governo da região autónoma das Canárias.
É assim que a Europa quer manter a sua “Fortaleza” incólume, pura e virginal qual noiva em vésperas da boda celestial?
Como se sabe a Europa, particularmente as Canárias – que vê quase diariamente batidos todos os máximos de clandestino a aportarem às suas costas – os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla e a costa sul espanhola, as ilhas italianas e, mais recentemente, Malta e Chipre, têm sido assoladas por hordas de clandestinos que desejam, quase a qualquer custo, fugir às deficientes e sub-humanas condições que têm nos seus países de origem, a maioria de África, para aquilo que consideram como o novo “el dourado”; uma nova vida...
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Com o título "A Europa e África face à imigração clandestina" parte do artigo de opinião publicado no Correio da Semana (STP) na edição nº 82, de 16 de Setembro de 2006, página 7.

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