21 dezembro 2006

Lobito sem água potável…

(O rio Catumbela desagua mesmo ao lado do Lobito; foto Francisco Villegas)

Nem tudo se faz num dia, mas com 4 anos de Paz e com a prosperidade que se sabe já estar a acontecer e que se prevê seja cada vez maior, notícias como a que acabei de ler no Angonotícias já não se admitem.
Se já para Luanda são notícias pouco agradáveis, embora compreensíveis dado o fluxo migratório que a capital sofreu devido à guerra e nunca se ter preparado, correcta e devidamente, para tal em cidades como a minha, Lobito, cuja a população é menos de um décimo não é admissível.
A notícia em questão prende-se, tão só, com a falta de água potável há duas semanas na bela sala-de-visitas de Angola.
De acordo com a notícia daquele portal, as pessoas passam, diariamente, a calcorrear quilómetros para obter duas míseras bacias com água que mal dão para as necessidades básicas alimentares. E mais incrível ainda é a exploração canalha que se faz com um dos bens mais essenciais da vida humana. O que, em tempos comprava por 5 a 10 kwanzas (já de si incompreensível, embora se compreenda porque o saneamento básico não é barato) compram agora por uns especulativos 50 (CINQUENTA) Kwanzas. Mais que agiotagem, é ROUBO e isso as autoridades têm a obrigação de ver e punir severamente.
E tudo porque um teste na Barragem do Kileva falhou e impediu que a nova Estação de Tratamentos de Águas Brutas de Benguela não entrasse em funcionamento na data prevista e nem se sabe quando entrará em vigor.
Mas será que não há outra barragem na região, com capacidade energética, para, alternativamente, pudesse suprir a falta de energia da do Kileva?
A mim parece-me que houve, outrossim, uma deficiente gestão, por não previsão de factos anómalos, do Governo Provincial de Benguela.

2 comentários:

Orlando Castro disse...

O melhor é trocar a sua cidade pela minha...

Kandandu

ELCAlmeida disse...

Meu caro, pode esperar bem sentadinho e descansado. Parafraseando um poema "a minha cidade é linda / linda até morrer..."
tem defeito, felizmente, mas É A MINHA CIDADE!!!
Kandandu
Eugénio Almeida