27 fevereiro 2008

Helena Justino expõe em Lisboa

"Naturezas Mortas nº.6"
(Uma das telas de Helena Justino em exposição)
Integrada no ciclo "O prazer da Arte", a artista plástica Helena Justino inaugura hoje, pelas 18.30, na GalleryCenter, no Shopping Comercial Amoreiras, uma exposição de pintura integrando as suas últimas obras, num projecto que continua, de forma mais exuberante, a série "Ninhos", com que obteve um relativo êxito quando da sua apresentação, há dois anos, na Alemanha.
Helena Justino nasceu no Porto em 1944. Curso Geral de Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto e licenciatura em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Fez a primeira exposição individual no Museu de Angola, Luanda, em 1963, e expõe regularmente desde 1985.
Conciliando a liberdade criativa de Júlio Resende com o rigor do traço de Lagoa Henriques, seus mestres na Escola Superior de Belas Artes do Porto, Helena Justino mantém a essência neo-figurativista da sua arte, em que o lirismo está sempre presente, assim como as ligações afectivas a África, que estão patentes no estilo de composição e sobretudo nas cores vivas e fortes que fazem a peculiaridade da obra.
Segundo o Professor Rocha de Sousa, que a conheceu quando da sua primeira exposição, em Luanda, em 1963: "Desde a proposta 'Sei um ninho', aliás muito ligada ao seu período criador no estrangeiro, conseguida internacionalização que haveria de superar, na obra, os habituais ostracismos nacionais, Helena Justino como que retoma o seu mistério inicial, o balanço entre a força, a claridade, a sombra e o sentido táctil da macieza e da aspereza, a ordem submetida ao convívio com diferentes devaneios nocturnos. Entre este ponto e certos limites já longínquos, a pintora reivindica para o seu modo de formar origens temáticas, ou temas aplicados posteriormente às formas plásticas apresentadas, bem como a ideia de mensagem, no sentido próprio da comunicação com os outros pela linguagem pictórica – a par de uma frequente pontuação africana indicadora de apelos por aquelas terras efectivamente mágicas ou encantatórias. A autora não deixa de referir, neste conjunto de autoavaliações, dois sentidos fundamentais do seu trabalho – o factor integrante da projecção poética, o qual arrasta a vibração lírica do próprio discurso, e o factor de reordenação dos sentidos coordenando as expectativas abertas."
A exposição, que está aberta ao público das 10 às 23 horas, prolonga-se até ao próximo dia 17 de Março.

2 comentários:

teresamachado disse...

Adoro a sua pintura, deixa-me completamente deslumbrada perante tanta beleza. Adoro as suas cores e a sinestesia por ela emanada.

teresamachado disse...

Adoro a sua pintura, deixa-me completamente deslumbrada perante tanta beleza. Adoro as suas cores e a sinestesia por ela emanada.