29 agosto 2009

Timor, Sudão e as subserviências da ONU…

(baseado num cartune da Internet sem identificação)

Há 10 anos Timor-Leste dizia em Referendo que queria ser uma Nação livre, independente e soberana, deixando a tutela ocupacionista da Indonésia e a tutela oficiosa de Portugal.

Tudo normal até porque o Referendo foi claro e inequívoco quanto ao Sim!

Seria tudo normal e claro se Mari Alkatiri, líder da Fretilin e antigo premiê timorense, não viesse agora afirmar que a ONU, procurando evitar uma humilhação da Indonésia e, por certo, com instruções claras da superpotência que sempre apoiou os indonésio, mandou, eventualmente,
baixar a fasquia real do resultado do Referendo de 90% para os cerca de 70% oficiais.

Ou seja, a ONU, através do organismo criado para Timor-Leste, a UNAMET, mostrou quanto a subserviência, mais que a conciliação, é tão forte no seu seio. E, por certo que não o foi face à Indonésia mas aos EUA que também acabaram por ser um dos derrotados do referendo já que foram eles quem incentivaram a ocupação em 1975.

Recordemos, ainda, que após o Referendo algumas pessoas que quiseram aceder e se refugiar nas instalações da UNAMET viram a sua pretensão impedida pelos militares onusianos e aqueles que conseguiram “invadir” as instalações “neutrais” da UNAMET tiveram de escalar e trepar pelo muro das suas instalações.

Foi por via disso que há quase 10 anos nascia uma criança do sexo masculino a que puseram o nome de Pedro Unamet Rodrigues e que hoje surge como símbolo – pelo menos num órgão informativo português – do Referendo.

10 anos depois Timor-leste continua a não conseguir sair da situação de Estado previsto para um Estado afirmado apesar do seu hipotético desenvolvimento económico – parece que foi a segunda economia em crescimento no ano passado – e do petróleo que continua a ser a miragem que os australianos desejam que seja.

Mas se Timor-Leste mostrou como a ONU é um exemplo de subserviência às grandes potências, nomeadamente àquelas que mantém o anti-democrático direito de veto, Sudão é, na actualidade, outro dos casos.

Como é possível que o “reformado” chefe militar das forças conjuntas onusianos-africanas, o general nigeriano Martin Luther Agwai, afirme que a guerra já acabou no Darfur, excepto a presença de um grupo rebelde residual – não será aquele que há muito combate em nome de Cartum? –, quando ainda no início do mês Sudão acusava o Chade de ter bombardeado uma zona do Darfur, na região de Umm Dukhun, ao mesmo tempo que na na província sudanesa do Kordofan Sul, uma região fronteira ao Darfur, aconteciam Violentos confrontos entre duas importantes tribos árabes nómadas com elevadas vítimas.

E como é que menos de dois dias depois destas declarações do general nigeriano sabe-se que dois funcionários da ONU teriam sido raptados numa região perto ou mesmo dentro do Darfur?

Será que este “fim de guerra” se deve ao facto do principal comprador de crude do Sudão (cerca de 60%) ser, também ele, um dos 5 com direito a veto, no caso a China que também olha para a Nigéria como um futuro parceiro económico para não estar tão dependente do seu principal fornecedor, Angola, deseja que os olhos da comunidade internacional deixem de estar continuamente no Sudão e, naturalmente, no Darfur?

Por outro lado os principais campos – ou bloco de exploração – de petróleo e gás sudanês encontram-se na região que se prevê venha a referendar a sua separação do Sudão, ou seja, no Sul. Mais um erro da ONU que, se for para a frente com esta evetual separação, continuará a seguir a linha anglo-americana: se não se entendem então que se separem, o que poderá cimentar outras naturais pretensões. Só que nunca ouvi os britânicos dizerem o mesmo aos escoceses…

Ou seja, tal como há 10 anos em Timor-Leste parece que também agora a ONU mostrou que a subserviência e os votos que mantêm certos responsáveis onusianos nos seus “importantes” lugares – e por via deles dão também visibilidade aos países de onde são originários – estão dependentes daquilo que fizerem – ou não fizerem – que indisponha algum grande…

Realmente é altura da ONU levar uma grande transformação mesmo que existam os tais 5 grandes. Mas se a Comunidade Internacional se recordar que a Assembleia-geral tem mais peso que o Conselho de Segurança. Basta recordar como algumas Resoluções foram aprovadas e implementadas mesmo com os “vetos” de alguns dos 5 grandes…

28 agosto 2009

A prenda de José Eduardo dos Santos?

"O semanário angolano O País traz como manchete desta semana algo que já por diversas vezes escrevi neste fórum comunicacional bem assim no meu blogue: se a nova Constituição prever o “Presidencialismo” quase certamente que a Assembleia Nacional deverá ter de ser dissolvida e novas eleições marcadas.

Na altura, também outros previram isso mas, mas como sempre desde que o assunto mereça escárnio ou maldizer, não só os detractores desta visão constitucional refutaram essa hipótese como previam a impossibilidade da Constituição vir a contemplar o Presidencialismo.

Para reforçar essa ideia pouco peregrina do Presidencialismo, mesmo perante sectores afectos ao actual e ainda inquilino da Cidade Alta que defendiam a eleição indirecta do Presidente e, simultaneamente, uma alteração constitucional a favor do Presidencialismo, os principais partidos mostram que apoiam essa mesma ideia nos Programas apresentados

O MPLA, no seu programa, no Artigo 98º “Titularidade do poder executivo” no nº 1 afirma que o Presidente da República é o Chefe de Estado, o titular do poder executivo e o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas; enquanto no nº 2 além de reforçar o exercício poder executivo afirma que será auxiliado por um Vice-Presidente e por Ministros, Secretários de Estado e Vice-Ministros.

Já o programa da UNITA no Artigo 110º “(Órgãos e funções do Estado)” no nº1 afirma que as “funções gerais do Estado são exercidas pelos poderes executivo, legislativo e judicial como órgãos de soberania, por órgãos especiais e por órgãos auxiliares” complementando-se no nº 2 ao indicar quem são os referidos órgãos de soberania, como sendo “o Presidente da República, a Assembleia Nacional e os Tribunais”.

O programa da FNLA prevê a existência autónoma dos dois poderes Executivos: a Presidência e o Governo, no TÍTULO II “DOS ÓRGÃOS DE SOBERANIA DO ESTADO”, Artigo 36º “a sua Constituição” no nº 1 quando afirma que os órgãos de soberania: são “O Presidente da República; a Assembleia Nacional; o Governo; e os Tribunais”.

Infelizmente e até hoje, apesar de já ter sido solicitado por mais de uma vez por e-mail, não disponho do Programa Constitucional do PRS – só a resenha que está estampada nos media – pelo que não posso fazer conjecturas do mesmo.

Ou seja, os dois principais parceiros parlamentares mesmo, que em oposição, são unânimes em reconhecerem que cabe ao Presidente da República o direito de exercer o Poder Executivo. Logo, reconhecem que Angola deve ser uma República Presidencialista. (...)
" (continuar a ler aqui ou aqui sobre a prenda natalícia do Presidente Eduardo dos Santos que hoje comemora 67 anos)
Publicado como Manchete do , de hoje, sob o título "Presidencialismo em Angola «obrigará» a novas eleições"

Estado angolano vulgamente vigarizado?

(imagem baseado num cartune visto na internet)

Porque é que esta história de 100 milhões de Euros para compra de parte de um Banco português, no caso o BANIF, por parte de um Governo de Angola, e apresentada no portal do semanário português Expresso me parece tão mal contada (ver em Expresso (aqui e aqui), ou em O Apostolado, Angola24Horas.com, ou Club-K)?

E a Autoridade Reguladora Financeira portuguesa desconhecia este caso, ou seja, esta eventual venda? Se não desconhecia, porque nunca disse nada? que me recorde...

A fazer fé no Comendador Horácio Roque, só há cerca de um ano é que tomou conhecimento que cerca de 49% do capital do “seu” Banco poderia não ser seu e o que é estranho é que o então Governo de Angola aceitasse, segundo o artigo, que o Comendador fosse indicado como um simples… “colaborador”, demonstrando total desconhecimento do que se passava dentro do “objecto” em compra.

É por essas e por outras que certas situações no banco em causa começam a não me surpreender como, por exemplo, documentos ou correspondência enviados à Administração do Banco e, nomeadamente, ao seu Presidente, apareçam em outros Departamentos dando mostras que nunca chegaram aos destinatários originais...

Se três eventuais responsáveis e ex-membros de órgãos sociais do Banco, nada terão dito ao seu Presidente…

26 agosto 2009

Pelos vistos os jardins é que estão a dar…

(maqueta da requalificação; imagem Club-K)

Os jardins em Angola parecem que estão para os políticos angolanos como as rotundas, rodovias e obras de fachada para os políticos portugueses, principalmente quando cheira a eleições (mesmo que sejam pelas calendas gregas)...

Ou seja, o que evidencia imagem pública aos olhos da população, mesmo que com exasperante e inqualificáveis despesas – autênticos esbanjamentos – do erário público, é que está a dar.

Depois de denunciarem o escândalo do
jardim de Benguela – primeiro negado, depois confirmado e que terá levado a uma eventual “transferência” do governador civil desta província bem como a inusitada presença do Tribunal de Contas – a Rádio Ecclésia-Emissora Católica de Angola (depois admiram-se que não lhes deixem expandir para o resto do País – vai-se ouvindo na Internet, embora com muitos cortes…) surge agora com o escândalo (por um montante ainda maior) de um jardim e requalificação de uma avenida no Namibe.

O caso do jardim de Benguela, referente à recuperação do jardim fronteiro ao Mercado Municipal da cidade, e que ficou reconhecido como o “
jardim milionário”, era uma coisa de “somente” cerca de 2 milhões de dólares.

No caso do Namibe a despesa fica-se “somente” por cerca de 5 milhões de dólares
para recuperar a Avenida Praia do Bonfim, actualmente reconhecida por Avenida Eduardo Mondlane (de acordo com a imagem acima o preço da obra é de 433.057.594,57 Kwanzas (AKZ) o que ao câmbio de compra de 26/Ago – fonte ANGOP – dá qualquer coisa como… 5.579.776,25 USD!!).

Nada tenho quanto à requalificação paisagísticas das nossas cidades – bem que Luanda anda a precisar de uma de alto a baixo – mas quando numa cidade onde, como o próprio governador civil o reconhece, pessoas morrem devido a um surto de cólera em vários pontos do interior da Província, devido a escassez de água que se faz sentir, o que leva as comunidades consumir água imprópria é incompreensível – principalmente quando o senhor governador civil reconhece que a situação persiste ciclicamente(?!) – que se gaste milhões numa obra onde provavelmente, bastariam milhares se devidamente escrutinados e bem geridos.

25 agosto 2009

Dicionário de Administração Eleitoral apresentado em Maputo

Depois do seu lançamento em terras de São Tomé e Príncipe, de onde é originário, Jorge Castelo David vai apresentar amanhã, 26 de Agosto, em Maputo, pelas 17 horas, a sua obra “Dicionário de Administração Eleitoral – Organização de Eleições Democráticas, Transparentes e Livres”, prefaciada por este vosso escriba.

O acto sob a presidência do Prof. Dr. Brazão Mazula, presidente do Observatório Eleitoral Nacional moçambicano, vai acontecer na Mediateca do BCI.

24 agosto 2009

Quem explica eventual atentado a Luís Araújo?

(imagem N. Lusófonas)

"De acordo com o portal Angola24Horas, o activista angolano de Directos Humanos e dirigente do Associação SOS Habitat – Acção Solidária, Luís Araújo, terá apresentado ao Comandante da Esquadra da Policia Nacional do Benfica, Samba, Luanda, (com eventuais cópias ao Procurador Geral da Republica (PGR), ao Director Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e ao Director Provincial da Investigação Criminal – pelo que ninguém responsável poderá evocar desconhecimento da matéria) uma participação por eventual tentativa de atentado à sua pessoa.

Luís Araújo terá sabido do eventual acto através de um colaborador e funcionário da SOS Habitat que teria sido eventualmente convidado para “espiar” e, eventualmente, participar numa intentona contra o líder da SOS Habitat.

Na eventual participação judicial estará devidamente identificada a personalidade, que teria tentado “subornar” o funcionário da Associação SOS Habitat.

O acto em si, já naturalmente condenável, a confirmar-se – e aqui cabe à Polícia Nacional tomar todas as diligências necessárias de modo a levar o assunto até às últimas consequências e tomar as providências necessárias – torna-se ainda mais execrável porque o eventual denunciado será, segundo a denúncia, “um agente da investigação criminal, de origem da Província da Huila que se identificou pela língua nacional em que falaram como sendo de origem Nhaneca Humbi”.

Há que esclarecer rapidamente esta situação até porque não só está em causa uma vida humana como o respeito pelas Instituições que devem suportar um Estado mesmo que a proclamada e necessária Democracia possa ser só de fachada.

Não esquecer que Luís Araújo já terá feito esta denúncia pública, segundo terá afirmado na referida participação, quer através da Rádio Ecclésia – Emissora Católica de Angola quer através da Voz da América e, agora, através do portal noticioso
Angola24Horas.com. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui).
Publicado no como Manchete de hoje.

20 agosto 2009

Zuma de visita a Angola, mas…

(imagem da Internet)

"Jacob Zuna faz a sua primeira visita oficial fora da África do Sul, e o primeiro país contemplado – agradecimentos políticos que Mbeki não soube ou não quis admitir – foi Angola.

Uma viagem natural entre as duas maiores potências regionais – uma, África do Sul, já bem afirmada outra, Angola, cada vez mais emergente como é reconhecido – se não fossem as situações colaterais.

Como estou um pouco restringido no acesso à Internet ficar-me-ei por aquilo que Eduardo dos Santos deixou cair na visita do seu homólogo sul-africano: gostaria que a eleição presidencial fosse como na República da África do Sul.

Ora isso contraria tudo o que o seu partido deseja e propôs na revisão Constitucional – eleição directa e universal – mas que vai ao encontro do que, já há tempos, tanto se ventilou e tanta tinta e desmentidos fez correr mesmo entre os “camaradas”: eleição indirecta.

Algo me diz que o Congresso de Dezembro do MPLA vai provocar muitas orelhas incandescentes até porque, como segundo ainda há pouco tempo um órgão de comunicação social angolano alertava, a lei não permitirá que haja um só e único concorrente às eleições partidárias, como tanto se tem propalado e desprezado a “tendência” emergente…

Vamos aguardar para ver onde tudo isto vai parar e qual terá sido a promessa de dos Santos a Clinton quanto à exequibilidade e urgência das eleições presidenciais.
"
Publicado na secção "Colunistas" do

Afegãos 1 - Talibans 0?

(afegãs na fila para votar; imagem DW-Word)

A fazer fé nas primeiras mensagens internacionais os afegãos terão ido às urnas para dizer que querem um presidente e um sistema admissível e não uma via de retrocesso à mais baixa Idade Média.

Mas vamos esperar pelos resultados efectivos e pela eventual segunda volta para ver como os afegãos realmente deram uma nota negativa aos talibans…

(Já agora uma pequena nota para a RTP1-Jornal da Tarde: não era o Irão que foi a eleições presidenciais, como, pelo menos por duas vezes, eu vi no insersor de caracteres em rodapé, mas o Afeganistão. Será que os “fornecedores de conteúdos” também já chegaram à televisão pública que é paga por, além dos anúncios, participação dos utentes via acréscimo na luz?)

17 agosto 2009

Samakuva vê perigo próximo…

(imagem ximunada algures no N.Lusófonas)

"O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, quer recuperar algum do tempo que tem mantido perdido sabe-se lá por onde. Daí que na última reunião da Comissão Política terá prometido que iria procurar recuperar a confiança da sociedade que, reconheceu, “ter diminuído nos últimos tempos”. Nada como voltar o Partido para junto do Povo para que este perceba quem defende, realmente, os seus problemas, terá deixado no ar o presidente da UNITA.

Nada mais correcto, o problema está que a UNITA tem andado tão desaparecida – mesmo que estivesse a fazer o chamado trabalho subterrâneo que não se vê de imediato mas que colhe dividendos, o que parece não ser assim pelas palavras de Samakuva – que começa a ser tarde a reaparição pós-eleitoral.

Tão tarde que há quem dentro do Partido já comece a questionar a sua liderança e a sua capacidade visionária para manter unido o Partido além de continuar a mostrar não ter um carisma forte para uma forte candidatura presidencial.

Não basta, periodicamente, dizer algumas certas verdades. Há que estar sempre em cima do acontecimento e manter a panela, mesmo que em lume brando, bem activa e quente.

E isso, reconheça-se e doa a quem doer, que não tem acontecido.

Onde tem estado a UNITA nos casos como os jardins milionários de Benguela e Namibe. Manda a verdade que têm sido as ONG da Sociedade Civil que tem mantido o assunto visível, e, pasme-se ou talvez não, até o Partido que suporta os “acusados” também tem criticado os mesmos, ao ponto de, um deles, poder ir ter de responder em tribunal.

Não basta condenar os desmantelamentos de bairros populares e dizer que os últimos actos do Governo que conduziram às demolições dos bairros do Iraque e Bagdad, em Luanda, foram “ injustiças sociais” e prometer ajudar as actuais e as próximas vítimas de actos semelhantes.

Demolições arbitrárias ou não, reconheço o real desconhecimento, mas não devemos esquecer que muitos bairros surgiram ou têm surgido como cogumelos sem quaisquer planificações urbanísticas e em claras violações de domínios públicos, com o beneplácito do próprio MPLA e dos seus comités, reconheça-se, enquanto províncias há que quase estão sem populações devido à deficiente recolocação das mesmas nas suas províncias de origem.

Recordo, quando recentemente estive em Angola, nomeadamente em Luanda e no Lobito, que via-se muitos bairros onde o que predominava era o livre arbítrio urbanístico sem quaisquer condições mínimas. Como uma pessoa amiga me disse, no Lobito, só a cidade tinha mais habitantes que cerca de 5 ou 6 províncias juntas! (...)"
(continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado como Manchete, do , de hoje, sob o título “Samakuva quer a UNITA onde sempre deveria ter estado: Junto do Povo angolano

Cruz Vermelha angolana lança alerta!

"A falta de meios de transporte e de trabalhadores voluntários está a dificultar as actividades do comité de pesquisa da Cruz Vermelha de Angola (CVA), afirmou hoje, na cidade do Huambo, o seu coordenador provincial, António Satota. Esta é apenas uma das muitas dificuldades que a organização enfrenta.

Como disse António Satota, apesar da Cruz Vermelha de Angola ter comités de pesquisa nos 11 municípios da província, os mesmos encontram-se inactivos por falta de trabalhadores, situação pouco plausível dadas as carência do país e valor humanitário da CVA. (...)
" (este artigo pode e deve ser lido, na íntegra, na Manchete do Notícias Lusófonas de hoje)

De acordo com o responsável angolano a delegação de Luanda está encerrada desde Junho passado com as consequências que daí advém. Tudo porque a CVA era apoiada pelo Comité Internacional das Cruz Vermelhas mas que com o encerramento dos seus escritórios em 2008 esse apoio caiu ou acabou por completo.

É incompreensível que um País tão rico e emergente potência regional deixe “morrer” uma Instituição de Solidariedade, como é a Cruz Vermelha, sabendo que é, claramente, aquela que, depois das subserviências partidárias, melhor pode ajudar os angolanos mais necessitados.

E se eles são muitos milhões…

16 agosto 2009

Afrobasquete, Angola e vão 10!

(Os campeões; imagens FIBA-Africa/Afrobasquete Líbia 2009)

Angola conquistou a 10ª taça Africana de Basquete após vencer na final a selecção de Cote d’Ivoire (Costa do Marfim) por 82-72 (podem aceder ao filme do jogo por aqui – a meio da página, lado esquerdo)

A Tunísia, que venceu os Camarões (83-68) fechou o pódio e, tal como a Costa do Marfim vai jogar as preliminares de acesso ao Campeonato do Mundo. Angola, como campeã continental tem acesso directo.

Já agora os vencedores de pontos foi Jeff Xavier, de Cabo Verde, com uma média de 27,2 pontos; nos ressaltos foi Robert Stanley THOMSON, do Ruanda, com uma média de 11,4; e nos passes decisivos foi o senegalês Babacar CISSE, com 6,6 passes; de notar que, ao contrário do que pensava, pelos vistos Portugal também participou no torneio, dado que o terceiro melhor "passador", foi A(rmando). Costa (POR)(!!!!) com 4,7, (conforme imagem ao lado; já se sabia que Kadhafi adora Sócrates, mas tanto…).

Nota: Só hoje pude colocar este apontamento de felicitações às “Palancas Saltitantes” porque, e uma vez mais, fora da capital portuguesa a TMN deixou-me pendurado… – tal como com a luz eléctrica, quando há um pouco de trovoada no interior de Portugal, tudo fica completamente “out” o que demonstra o quanto Portugal ainda está em patamares inferiores ao contrário do que alguns querem fazer crer!

14 agosto 2009

Afrobasquete2009: Angola na final

(Angola olhando o tecto da esperança; montagem com base em foto de ©Ampe Rogério/Novo Jornal, na edição 82)

Angola bateu nas meias-finais a Tunísia (que tinha sido derrotada pela decepcionante Cabo Verde na primeira jornada) por 79-69 (com 35-29 ao intervalo).

Angola, que já tem garantido, pelo menos, um dos dois play-offs de acesso ao Mundial – o campeão tem acesso directo e os dois seguintes vão a preliminares – vai defrontar na final o vencedor da partida Camarões-Cote d'Ivoire (Costa do Marfim).

Cabo Verde obteve o 13º lugar depois de bater Moçambique (14º) por 94-61. Para os dois últimos lugares, a África do Sul bateu a República do Congo por 81-65 (ver
aqui os resultados finais).

13 agosto 2009

Angola apoiar as FA’s da R.D.Congo?

(imagem da embaixada da US)

A Secretária de Estado norte-americana, a senhora Hillary Clinton, terá solicitado à emergente superpotência regional (como li algures) que apoie a formação e profissionalização das forças armadas do Congo Democrático.

A ideia seria interessante se não soubéssemos que o senhor Kabila Júnior não anda a morrer de muitos amores por Luanda, no que é
aplaudido discretamente por terceiros, e revê no vizinho do Sul, uma ameaça constante à sua política e à sua estabilidade institucional como presidente (ou não tivesse ele tido o apoio de Luanda, nesse sentido…).

Por outro lado Angola poderia estar a preparar uma força que iria colocar em causa a sua estabilidade territorial como bem se sabe é – e continua – a ser questionada por alguns vizinhos e,
até de certa forma, também internamente.

Alimentar jacarés só distraídos ou em Zoológicos…

E as superpotências não alimentam “inimigos”; quer, dizer, normalmente….

12 agosto 2009

Golpe no Lesoto, será…?

Parece que em Abril passado terá havido uma tentativa de Golpe de Estado no quase desconhecido Reino do Lesotho (para quem não conheça, fica no continente Africano, que não é um país…)

Parece, porque a comunicação social, veiculando notícias fornecidas pelo próprio Governo de Moçambique (or Mozambique – perguntem à Frelimo e à Renamo), indica que seus nacionais terão estado envolvidos neste eventual acto externo tendo sido mortos
4 moçambicanos e detidos outros 5 num pretenso grupo de 13 mercenários.

É estranho que só agora as notícias tenham ocorrido principalmente quando quem, na prática, quem gere os destinos políticos e governativos do pequeno reino sotho incrustado na África do Sul é, precisamente, este país.

Mas se o embaixador moçambicano na África do Sul e no Lesotho,
Fernando Fazenda, o afirma e diz que queriam derrubar o Governo do premiê Pakalitha Mosisili, é porque tem razão. Só não se entende, à parte de haver necessidade de apurar a efectiva nacionalidade dos envolvidos que tudo tenha estado no segredo dos deuses…

Segundo o que se sabe, os moçambicanos, na maioria
antigos militares desmobilizados, teriam sido recrutados como seguranças para os Estádios do Mundial da África do Sul, do próximo ano, e quando estava numa região do estado de Orange é que tomaram conhecimento da sua real missão.

Sendo, como já afirmei atrás que a África do Sul é quem, efectivamente, gere os destinos deste pequeno reino de 30.355 km2, onde nada se passa sem que os sul-africanos saibam, torna-se evidente que a história está demasiadamente mal contada.

Esperemos que as autoridades moçambicanas aprofundem a matéria e tragam à tona o que efectivamente aconteceu.

A SADC e os países da zona por certo agradecerão…

E Moçambique, por certo, ainda mais. É que se conseguem arregimentar pessoas da forma que o fizeram e para os fins em causa, com os problemas sociais que persistem em Moçambique, e com as eleições tão próximas com partidos descontentes quem garante que o mesmo não possa vir a acontecer na Princesa do Índico… ou num outro qualquer lugar onde o mesmo acontece?

E tudo isto “aparece” 100 dias após o início do
consulado de Jacob Zuma e da visita de Hillary Clinton à África do Sul…

Aung San Suu Kyi, mais 18 meses…

(Imagem ©Jornal de Notícias)


Até quando o “poder” da China Popular vai ser suficiente para o Ocidente e o Mundo continuar a admitir esta sistemática violação de Direitos Humanos sem ter uma efectiva e clara atitude?

Ah! sim, esquecia-me. Enquanto uns têm muito petróleo, há aquele que domina grande parte das finanças norte-americanas…

11 agosto 2009

Nome para estádio: Heróis da Libertação

(Um dos Estádios do CAN2010; imagem ©O País)


O Governo Provincial de Luanda (GPL) está lançar um concurso para dar nome ao Estádio Municipal de Luanda (ou Nacional, ou… Provincial – em qualquer dos casos um dos Estádios do CAN2010) que está a ser concluído em Camana, município do Kilamba Kiaxi.

O concurso vai decorrer até 25 de Agosto próximo, em carta fechada, para a Direcção Provincial da Juventude e Desportos de Luanda.

Se me permitem deixo o meu contributo que é válido para todas as sensibilidades políticas nacionais: Heróis da Libertação.

Se alguém quiser aproveitar o nome e concorrer, faça-o à vontade. Porque quem está fora e sem a morada disponível é um pouco difícil fazê-lo…

10 agosto 2009

Hillary Clinton em Angola para…?

(foto ANGOP)

"A Secretária de Estado (similar ao Ministro das Relações Exteriores) Hillary Clinton, no périplo que está a fazer por África, esteve em Angola (depois do Quénia e da África do Sul visitará ainda a R. D. Congo e Cabo Verde) onde acordou alguns acordos, por certo, e onde deixou algumas dardejou quer para o Governo, quer para a oposição, ou seja, como alguém muito bem escreveu, arriou “uma no cravo e duas outras na ferradura”.

A senhora Clinton, recebida no 4 de Fevereiro – que segundo me disseram já acabou de reformular a sua gare internacional – pelo Ministro das Relações Exteriores, o embaixador Assumpção dos Anjos, manteve vários contactos a nível de Estado, nomeadamente com o pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando Piedade dos Santos, e com o Chefe de Estado, Eduardo dos Santos.

De acordo com as notícias de Luanda, a visita terá sido politicamente – e economicamente, ou não saísse de Angola 7% do crude consumido nos States – muito proveitosa.

Economicamente porque as principais empresas petrolíferas que operam em Angola, são norte-americanas e ainda há uns dias anunciaram a descoberta de crude de altíssima qualidade, o que não acontece com o crude que, actualmente, é explorado em Angola. Como se sabe, o crude angolano é de qualidade semi-dura, ou seja, intermédia e de cotação própria, isto é, não se enquadra nem no do mercado Brent nem do de New York. Por outro lado houve assinatura de acordos/memorandos para ajudar a agricultura angolana que, recordou, deve ser revitalizada dado, em tempos, ter sido, no passado, “
um sector económico vital, produtor, que proporcionou muitos empregos, e sector que foi destruído pela guerra, mas que no futuro se pode tornar um motor económico importante”.

É bom, porque assim, talvez, deixemos de explorar primordialmente a soja, como algumas inteligências preconizavam para fazer face às necessidades chinesas e brasileiras – actualmente, e cada vez mais, dois dos nossos principais parceiros económicos –, nem nos especializarmos em agricultura biotecnológica, ou seja, para reconverter em combustíveis. As terras angolanas são demasiado ricas para servirem quase somente monoculturas e, a maioria, para exportação.

Mas se economicamente os benefícios podem ser muitos, politicamente nem por isso algumas farpas foram deixadas na mala diplomática da senhora Clinton.

Uma das vontades dos angolanos, nomeadamente, dos activistas de direitos humanos e da oposição, por que tanto reclamaram parecem terem chegado aos ouvidos da secretária de Estado norte-americana. (...)
" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado na secção de "Colunistas" do , de hoje

Esta é a moral dos Partidos Políticos do 1º Mundo?

(é certo que a Justiça deve ser cega, surda, equilibrada e perspicaz, mas…; imagem Internet)

Quem é o candidato a deputado de um dos partidos do Bloco Central que tem um processo jurídico à perna por fraude “qualificada e falsificação de documento no processo eventualmente reconhecido como o "caso da mala"”, e que no dia que deveria se apresentar na Judiciária para fazer prova caligráfica se tenha apresentado nos respectivos serviços de braço ao peito
engessado do pulso ao ombro eventualmente feito por um familiar, funcionário do Hospital de Santa Marta, em Lisboa (por acaso, creio, ainda é um hospital vocacionado para problemas cardíacos)?

Não está em causa a eventual
ilibação do arguido. Isso só um Tribunal poderá fazê-lo dado que é o único avalizado para tal; e quero continuar a acreditar na justeza e no bom senso da Justiça humana representada nos Tribunais, mesmo que depois de condenados apresentem recurso e uma pequena fiança, face à grave acusação, para se manterem livres e fazerem campanha eleitoral.

Mas que assim não vai bem a seriedade e moralidade da política do 1º Mundo é bem verdade. E depois venham criticar o que se passa em Angola, Guiné-Bissau ou Moçambique, para não falar em Timor-Leste, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe…

Obrigado Companheiro e amigo!

Às vezes temos ofertas destas para continuarem a nos indicar que mais que o ego cheio, a vontade de continuar a lutar pelo que pensamos ser o mais correcto dá direito a prémio e merece o nosso comprometimento contínuo.

Obrigado meu Caro
Carlos Narciso!

NOTA: O meu lamento de só agora (12.Ago.2009) ter entrado porque não me apercebi que o apontamento tinha ficado suspenso com os cumprimentos da lentidão e inoperância da TMN!!!!!

Angola perspectiva revisão fronteiriça

O comandante da Polícia de Guarda Fronteira, comissário Jorge "Jojó" Antunes, segundo a ANGOP, considera, face aos anos de guerra com que o País passou que levou ao “desleixo” de algumas das suas zonas terrestres, ser conveniente uma revisão dos limites territoriais de Angola.

Uma das fronteiras que deve ser revista, e com muito bom senso, será a do R. D. Congo, que tem cerca de 2.511 Km, embora não sejam de descurar as fronteiras com a Namíbia (1.376 Km), com a Zâmbia (1.100 Km) e com a República do Congo (201 km).

Dada a importância de Angola no actual contexto afro-central africano e a vontade do Congo Democrático em apostar na paz com os seus vizinhos – o que a acontecer levaria ao acordar do grande jacaré africano e com ele alguma desestabilização na zona – é possível que estas negociações, nomeadamente com Kinshasa – recordemos que o Congo Democrático anda a “ameaçar” com queixas diplomáticas as fronteiras marítimo-fluviais da foz do Zaire –, possam passar por um período de tensões várias.

Aguardemos…

Afrobasquete 2009, começou a 2ª fase

Na Líbia começou a segunda fase do Afrobasquete2009, na Líbia, com Angola a ganhar à selecção da casa por 91-58.

Entretanto, no segundo jogo da segunda fase, Angola vence ao fim do terceiro período – estou a seguir via
ANGOP porque fora de Lisboa só assim – a equipa de Cote d’Iviore, por 70-49 (resultado final 88-61). Angola e a Nigéria são as únicas equipas invictas, e ambas no Grupo E desta fase, e com quem se vai defrontar amanhã.

Nesta segunda fase de destacar a estranha e injustificada ausência de Cabo Verde que depois de vergar a campeã norte-africana, em título, Tunísia, perdeu os dois jogos seguintes embora, o último pela diferença de um triplo.

Por esse facto Cabo Verde, a terceira classificada do Afrobasquete de Angola e finalista vencida dos II Jogos da Lusofonia, vai, juntamente com Moçambique, discutir a classificativa, ou seja, os 4 últimos lugares, sendo que o primeiro jogo opõe as duas equipas lusófonas.

Esperemos voltar a ver Cabo Verde nos próximos Afrobasquete e a discutir os primeiros lugares que dão acesso ao Mundial.

07 agosto 2009

Palavras pouco etéreas num espaço internauta


(imagem da internet)

"Há momentos que desejávamos não estar tão dependentes das novas tecnologias e sentir que o tempo é nosso para ler descansadamente uma boa obra literária, um jornal de ponta-a-ponta ou, porque não, uma qualquer revista de desenhos cartunizados, como as que antigamente a editora brasileira Abril nos oferecia, como o Zé Carioca, o Pato Donald, o Rato Mickey, o Tio Patinhas ou o fantasma, por exemplo.

Esta última semana foi-me oferecida essa oportunidade pela empresa portuguesa de telecomunicações TMN, do grupo Portugal Telecom. Estive uma semana no Algarve a passar férias e a boa da TMN achou que precisava mesmo de férias. E, vai daí, a placa de acesso à Internet esteve mais que muda e queda.

Ou seja, uma zona fortemente turística, está sem capacidade para oferecer aos seus clientes, pelo menos os clientes da lusófona TMN, acesso à Internet via satélite. Brilhante. Mas como infelizmente também os jornais dificilmente lá chegam em quantidade e, acima de tudo em qualidade, porque não compro pasquins nem tablóides mesmo que sejam de maior tiragem nacional, e porque nem sempre me apetece ler os desportivos, acabei por me abraçar à praia recordando as nossa águas mornas pensando que do outro lado estava a nossa África. E, à noite, ia lendo os poemas da “II Antologia de Poetas Lusófonos”, onde também estou presente.

Por isso não pude antes contactar com os leitores deste enorme Semanário que, não deve, nem pode, acabar sob pena da cultura e a comunicação social santomense ficar mais pobre e, por extensão, também os seus leitores e os políticos que se revêem no direito ao contraditório, que aqui tão bem encontram.

A Presidência e o Governo que o digam.

Também por estar fora do contacto internauta nem sempre pude acompanhar o que de bom – e de mau, infelizmente – aconteceu no nosso Continente.

Ainda assim, fui sabendo algumas coisas dos Jogos da Lusofonia; supostamente, Lusofonia, porque via Cabo Verde referenciado como Cape Verde (CPV) e Moçambique como Mozambique (MOZ), fazendo crer o Comité Olímpico Português (COP) que seria uma obrigação do COI quando este só apoiou Guiné-Bissau e, creio, em parte, São Tomé e Príncipe, dado que o COP parece não ter contribuído com as verbas necessárias á oficialização dos jogos como acontece com os da Francofonia e dos da Comunidade Britânica. Portugal lá saberá. Talvez por isso, as principais figuras brasileiras não apareçam nos Jogos. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no , edição 266, de 1 de Agosto de 2009

05 agosto 2009

Começou o AfroBasquete 2009, masculino

(imagem FIBA-Afrique)

Angola iniciou o XV Campeonato Africano de Basquetebol, o Afrobasquete 2009, na Líbia, com uma vitória, embora um pouco mais difícil do que se esperava – ou talvez não quando se converte menos de 50% dos lançamentos de 3 pontos (e foram cerca de 20) –, sobre o Mali (79-74).

Moçambique, no mesmo grupo de Angola, baqueou face ao Egipto.

Infelizmente não sei os resultados porque o portal do Afrobasquete está desactualizado (e nem
aqui ou aqui ou aqui moçambicanas) e as Televisões que, previsivelmente, poderiam transmitir os Jogos (Eurosport, e as lusas SportTV e RTP-África) mostram parecer que estão distraídas; pelo menos o jogo de Angola só foi transmitido, e com pequeno, curto é certo, atraso pela TPA Internacional.

Quanto à Eurosport até se entende dado que, salvo erro e creio que ainda se mantém essa linha, privilegia a francofonia e Angola, embora membro-observador, não passa disso mesmo. Já e SportTV talvez por razões de programação – a repetição do jogo entre o Real Madrid e uma equipa árabe, penso, para o "Peace Cup" é mais importante para esta empresa – admite-se a sua não transmissão, mas que a RTP-África, uma canal dito para África, não o fazer já não se entende dado Angola ser um país africano e lusófono.

Ou será que na RTP acham, como a antiga candidata a vice-presidente dos EUA, a conservadora Sarah Palin, que África é um País?

Também Cabo Verde
iniciou bem a sua participação ao bater a Tunísia, campeão da Liga Árabe, por concludentes 71-52

Guiné-Bissau, “quase tudo por fazer”…

De acordo com a Manchete do Notícias Lusófonas, o Ministro da Defesa Bissau-guineense, Artur Silva, terá afirmado em Bissau, durante o seminário "Jornadas de Sensibilização sobre a Reforma no Sector de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau", organizadas pela Missão da União Europeia, em conjunto com o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, que no sector de defesa e segurança está "quase tudo por fazer" e que as reformas do sector de defesa e segurança do país deverão ser um "desígnio nacional que merece o consenso e o apoio de todas as forças políticas, da sociedade civil e da instituição militar".

Parece que esta ideia de Artur Silva que sublinhou ter sido a "tragédia que se abateu sobre a sociedade guineense em Março, com os assassínios do Presidente da República "Nino" Vieira e o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas" uma mostra inequívoca da necessidade e a urgência da citada reforma, tem o acordo – e tinha de tê-lo mesmo – do actual Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, que terá manifestado o desejo que as forças militares possam contribuir para a "defesa da integridade territorial" e que não sejam vistos como uma "ameaça para as populações como se tem verificado", de modo que, segundo Induta, "as nossas Forças Armadas passem a representar realmente uma instituição de segurança no estrito cumprimento das suas atribuições constitucionais".

Vamos lá ver se o novo triunvirato – Presidência, Governo e Chefias militares –, quase da mesma cor e linha política, conseguirão fazer levantar a Guiné-Bissau como se deseja.

PSD e as listas de candidatos…

(Nunca um cartaz foi tão falaz; em Maio de 2009 era assim)

Não é “política de mesquinhez”, não, o que se passou com a elaboração das listas do PSD às legislativas, mas tão-somente um cobarde sectarismo ditatorial.

Depois de tanto terem verberado os adversários quantos às listas deles, o vidro parece ter quebrado…

É por essas e por outras que se vai percebendo porque certos dirigentes de alguns “certos” partidos/movimentos de alguns países lusófonos gostam tanto do PS e do PSD.

Juntaram o “melhor” de cada um e fazem um “magnífico” bolo autocrático!!!

03 agosto 2009

Inaugurada ponte Armando Emílio Guebuza

(imagem "macua")


"Este fim-de-semana Moçambique, 34 anos depois da independência ficou, finalmente, ligada por terra de Norte a Sul, ou seja, do Rovuma a Maputo, com a inauguração da ponte sobre o rio Zambeze, Armando Emílio Gebuza.

A ponte, construída por um consórcio luso e com cerca de 2,5 quilómetros de comprimento – uma das maiores de África –, teve como padrinho um familiar do homenageado – tentei ver na Internet realmente quem foi o homenageado, mas não consegui vislumbrar – no caso, o presidente Armando Emílio Guebuza…

Acredito que seria um familiar muito próximo dado a total similitude do nome e não o próprio. Isso só acontece em países de regimes autoritários – caso da actual Ponte 25 de Abril, em Portugal, inaugurada como Ponte Salazar em homenagem ao Chefe de Governo da altura – ou regimes democráticos de partido quase único – recordemos como foi instituída uma Universidade em Angola com o nome de… José Eduardo dos Santos, o ainda actual presidente de Angola.

Por outro lado, em ano de eleições, o presidente não gostaria de ver associado o seu nome a uma obra emblemática porque seria considerado uma tentativa de influenciar o eleitorado, o que só acontece em regimes autocráticos de partidos quase únicos ou mexicanizados…

Ora como Moçambique não é nada disto e abomina a autocracia angolana, como se sabe, a ponte só pode estar a homenagear um familiar do actual presidente. Até porque não foi ele que lançou as bases para a sua construção, pois não? (...)" (continue a ler aqui ou aqui).
Publicado no , secção "Colunistas", de hoje, com o título acima.

50 anos dos mártires de Pindjiguiti

(Monumento aos mártires de Pindjiguiti; imagem daqui)

Há 50 anos os trabalhadores guineenses reclamavam melhores condições de trabalho e aumentos de ordenados…

50 anos depois os Bissau-guineenses reclamam melhores condições de trabalho e… que lhes PAGUEM os vencimentos!

50 anos, e a História repete-se, infelizmente…

01 agosto 2009

Há sempre um para nos fazer rir…

(imagem daqui)
…mesmo que a vontade seja de chorar e perguntar onde anda a Liberdade.

Se não é Robert Mugabe – quanto não vale ter grandes padrinhos que o continuam a aparar – é alguém ali para os lados do Atlântico Norte, frente a África, algures numa ilha verdejante – quando se sabe mais dos outros, como dos senhores Silvas e Sousas, que deles próprios, há quem tenham sempre vantagens… – e se não é este, é o presidente da Venezuela Hugo Chavez.

Andava este senhor tão calado, mas uns míseros mísseis suecos nas mãos de uns “grandes revolucionários” – também vão estar este ano na habitual feira que se faz ali para os lados de Atalaia, Seixal, Portugal – que, só por acaso, teriam sido vendidos à Venezuela, despoletaram certos pruridos cutâneos no senhor “libertador” da América Latina?

Será que a ida para as FARC seriam, provavelmente, lógico, devido a ter sido umas das tais “
10.000 malas diárias” que normal e habitualmente desaparecem nos voos e aeroportos europeus? Ainda há quem reclame do Aeroporto 4 de Fevereiro; comparado com isto, é ninharias…

Pois como se falou tanto o senhor Chavez decidiu preparar uma lei que possa colocar na prisão para os jornalistas que tenham comportamentos que desagradem ao todo poderoso presidente Hugo Chavez. Chama-se “
lei especial de delitos mediáticos”.

Querem nome mais pomposo para Censura?

Comparado com isto certas leis em certos países, onde, por exemplo, só o Estado tem um jornal diário e uma única rádio nacional mesmo que esteja acordado haver uma outra num convénio com a Igreja, até passam por simulacros de censura…