05 outubro 2011

Lobito pólo de desenvolvimento

(Salina; onde é que estão? cheiravam mal, mas eram nossas.)

“A cidade do Lobito é a mola impulsionadora do desenvolvimento de Angola por ter uma base logística eficiente, Porto Comercial, o Caminho-de-Ferro de Benguela e uma rede de estradas em direcção a todo o país, afirmou, na passada sexta-feira, o administrador municipal.

Amaro Ricardo disse que o município deve passar a ser visto por outro prisma, tendo em conta as suas especificidades no contexto económico do país.

A privilegiada posição geográfica aliada a um conjunto de infra-estruturas económicas, industriais e comerciais repartidas com o município da Catumbela, sublinhou, proporcionam-lhe excelentes condições para rapidamente conhecer um desenvolvimento sustentável.

“No Lobito, temos uma ligação com o exterior muito grande, razão pela qual recebemos, diariamente, dezenas de turistas nacionais e estrangeiros e por isso não é em vão que a cidade seja denomina ‘sala de visitas de Angola’”, referiu.

Os ganhos do Lobito em 2011

O município registou, este ano, ganhos significativos, entre eles a reabertura do troço ferroviário entre o Lobito e o Huambo, que permite a livre circulação de pessoas e bens a preços módicos e a troca dos produtos entre o campo e a cidade.

O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, recordou que a chegada do comboio à região centro e, posteriormente, à fronteira do Leste é uma mola impulsionadora do crescimento da economia do país.


Educação

Em Março, foi inaugurada, no bairro da Bela Vista, na zona alta na cidade, uma escola do ensino primário, a 4 de Fevereiro, com 12 salas e capacidade para 1.600 alunos, da iniciação à sexta classe, divididos por três turnos.

Lino Passassy, chefe da repartição da Educação, Ciência e Tecnologia, disse que, quando a escola começar a funcionar, no próximo ano lectivo, vai dispor de mais de 50 professores.

O administrador do Lobito frisou já não ser necessário que as crianças da Bela Vista continuem a assistir às aulas em quintais e debaixo de árvores, sentadas em latas de leite.

Entre as condições que escola tem, referiu as boas carteiras, os quadros, o ambiente climatizado, água potável, uma sala para os professores e outra para reuniões e gabinete do director.

Outra escola, a “Sagrada Esperança”, na zona comercial da cidade, foi reinaugurada em Maio, após seis meses de obras, com 17 salas de aulas contra as sete anteriores.

O estabelecimento pode acolher cerca de mil alunos no 1º Ciclo, nos períodos da manhã, tarde e de noite.

As obras, concluídas em vésperas do Dia Internacional da Criança, estão orçadas em 1,2 milhões de dólares financiados pelo governo provincial de Benguela.

Além das salas, a escola “Sagrada Esperança” passou a ter dois balneários, sete casas de banho e gabinetes para professores e pessoal administrativo.
O director da escola, Veríssimo Camilo, lembrou que a escola, construída em 1930, se encontrava em avançado estado de degradação, mas que agora, além de ter uma nova imagem, oferece segurança para os alunos e professores e dispõe de um recinto para as crianças poderem praticar desporto.


Centro de Saúde


Um Centro de Saúde, construído de raiz, foi aberto em Março, no bairro 17 de Setembro, na zona alta da cidade, com o objectivo de descongestionar o Hospital Geral e de proporcionar serviços essenciais básicos às comunidades.

Zeferino Joaquim, chefe da repartição municipal de Saúde, declarou que a abertura da nova unidade hospitalar significava a vontade e o interesse do governo na resolução dos problemas mais prementes da população.

O centro, com serviços de urgência, ginecologia e obstetrícia, pediatria, clínica geral, laboratório, hemoterapia, Programa Alargado de Vacinação (PAV), estomatologia, RX e farmácia, tem capacidade para internar 24 pacientes e dispõe de cinco médicos, 51 técnicos, 54 trabalhadores de base e administrativos, director-geral, administrador e um enfermeiro chefe.

A par do centro foram construídas cinco casas, já apetrechadas, destinadas aos médicos.

Ao todo, começam a ser construídas, esta semana, no município do Lobito, três mil casas, no âmbito do programa de construção de um milhão de fogos habitacionais em todo o território nacional.


Operários da cana-de-açúcar


No dia da cidade, 2 de Setembro, foi inaugurada, na estrada Lobito/Benguela, a rotunda com uma escultura a homenagear os ex-trabalhadores da Açucareira 1º de Maio da Catumbela.

“Com a inauguração desta escultura, queremos transmitir às gerações mais novas o passado do Lobito e da Catumbela e o que representou a plantação de cana-de-açúcar para o município, nas décadas de 1950 a 1970”, disse o administrador municipal.

Amaro Ricardo anunciou que, com o apoio dos empresários locais, vai ser erguida uma estátua ao camionista, “figura chave em todo o processo de paz, progresso e desenvolvimento económico e social do país”. As festas da cidade do Lobito, iniciadas em 17 de Agosto, encerraram oficialmente na sexta-feira, com custos orçados em mais de cinco milhões de kwanzas patrocinados pelos empresários locais. Nas festas, entre outras iniciativas, realizaram-se a Feira de Gastronomia e outra recreativa, a Gala de Moda, Semana do Herói Nacional e actividades desportivas e recreativas.”

(com a devida vénia ao Jornal de Angola, edição online, 5/Out./2011)

Por vezes sabe bem ao ego ver notícias destas mesmo que a mesma esteja estampada no jornal oficial do regime (ou por isso mesmo…)

Talvez que agora se recupere a mística da Cidade-Jardim, a bela Sala de Visitas de Angola.

Provavelmente porque não começar por recuperar a Colina da Saudade tão abandonada que estava há pouco tempo que lá estive. Uma dor de alma ver tudo tão castanho…

E, já agora, era bom que chegassem a uma conclusão quanto à data da cidade. recordo ter lido no mesmo órgão oficial e na Angop, duas datas díspares (2 de Setembro e 18 de Setembro). Em que ficámos? O problema é que nas duas datas nada se viu nem nada se percebeu...

Sem comentários: