16 agosto 2012

Portugal, Maltez e o Pontal de Coelho

Cerca de 21 minutos de interessante análise de José Adelino Maltez ao Jornal das 9, da SIC Notícias, ontem, sobre o “não discurso” de Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, na festa anual do Pontal (Quarteira, Algarve) do PSD e antes da real rentrée política após a silly season, das aulas da Universidade de Verão do PSD.

Maltez, entre outras afirmações e alfinetadas, foi dizendo que:

  - As palavras de passos coelho foram um “não discurso” pelo que pouco lhe agrada comentar;

  - Em Portugal há um dos “índices piores de pobreza e os índices piores de distribuição justa do rendimento” (por acaso, parece-me que, neste aspecto, a escola tem mais seguidores dentro da Lusofonia…);

  - recordou que, em Portugal, e já desde o ano passado, há “um caixeiro-viajante da senhor Merckel” (que, diga-se, nisto não está só…);

  - lembrou que Passos Coelho falou, falou, mas esqueceu-se que não está sozinho na Europa e passou sem falar nesta, omitindo [provavelmente, porque não lhe convém bem assim  a uma parte da oposição portuguesa que canta, canta, mas canta baixinho, não vá o Povão acordar] sobre o “egoísmo alemão” e o habitual “provincianismo francês”;

  - propôs a (re)criação dos “Governos Provisórios” com a inclusão dos partidos parlamentares, ou seja, PSD, CDS-PP, PS e PCP (não sei se foi esquecimento ou deliberado, omitiu o BE); para Maltez, há a necessidade de Portugal “ter Governo” o que, e nisso está bem acompanhado por outros analistas, parece não haver!

  - finalmente, entre outros aspectos abordados na conversa com o jornalista Mário Crespo, o ilustre académico e profundo conhecedor desta coisa que são as Ciências Políticas – e meu antigo Mestre – verberou a existência do “clientelismo das empresas majestáticas” e dos seus futuros e emblemáticos “funcionários”.

Uma análise a ouvir, na íntegra, aqui:

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