15 novembro 2012

Maputo e Matola às "chapas"...


(todo sítio serve para levar pessoas; imagem macua.com)
Hoje recebi logo de manhã um email de Maputo que rezava assim:

    "Saimos do trabalho a correr cada um para o seu refúgio!
     A Cidade está sitiada pelos grevistas que pegam fogo a carros, tambores de lixo, pneus, 
     e impedem que se circule.
     A semelhança do que aconteceu há dois anos atrás, voltamos a estar ameaçados."

Ora já há muito que se previa que o aumento previsto para as tarifas dos transportes públicos, vulgo “chapas”, iriam ter preocupantes repercussões junto dos utentes.

Não era em vão que o governo da cidade de Maputo andava a protelar o inevitável aumento.

E hoje esse aumento aconteceu com as referidas repercussões a fazerem-se sentir não só na capital como na Matola, com o aparecimento de pneus a arder e veículos a ziguezaguear nas estradas, tal como demonstram as imagens há momentos transmitidas na RTP-África (programa “Repórter África”) embora, surpreendentemente, a mesma RTP num artigo do seu portal diga que “começaram hoje a pagar os novos preços, num clima de normalidade.

Parece que é altura do município capital – e todos os municípios moçambicanos – deixaram de pactuar com as incongruências, anarquias enão poucas vezes, péssimas conduções dos “chapeiros” – e, já agora, também com os similares “candongueiros” angolanos – e implementarem um efectivo sistema de transportes urbanos mais condicentes com as necessidades dos citadinos e dos seus suburbanos.

Os “chapas” e, no caso angolano, os “candongueiros” deveriam ser revertidos em serviços de “Táxis” normalizados, bem organizados e policialmente controlados.

Sabe-se que o grande problema da sua existência está no facto de ambos serem, habitualmente, acusados de estarem dominados, financeira e politicamente por figuras “especiais” que os apoderam-se e subjugam qualquer tipo de concorrência.

Cabe aos Governos saberem ser mais fortes!

E enquanto os “chapas” vão dominando e a população maputense – com possibilidades de a mesma contestação se espalhar pelo país como já aconteceu em situações anteriores – o senhor Dhlakama está no seu "aconchego" a gargalhar!

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