06 junho 2013

A entrevista de Eduardo dos Santos à SIC...

(Imagem via tv da ©SIC)

A minha "ponderação" já colocada no FacebooK:

Acabei de ouvir a entrevista do presidente José Eduardo dos Santos a Henrique Cymerman e retransmitido na SIC. Ouvi-a e agora vou estudá-la.

Ainda assim há 3, 4 ou 5 pontos que desejo já deixar à reflexão:


- falou na existência de 35% a 36% de pobres no país; esqueceu-se de mencionar os muitos que estão abaixo do limiar da pobreza;


- reconheceu a existência da corrupção, não esquecendo, naturalmente, de mencionar que isso é um problema transversal a todos os países, mesmo os ditos desenvolvidos;


- admite que ainda estamos longe de sermos um país emergente;


- à pergunta sob político de referência, e após alguma indecisão, não apontou Mandela, como seria expectável mas sim Lula da Silva, que está só sob investigação judicial por causa do Mensaláo; interessante!

- não compreendi – daí querer estudar melhor a entrevista – como não vê qualquer instabilidade social no país, excepto certos e pequenos focos de cerca de 300 jovens que se manifestam, por vezes, em Luanda


- fiquei com a ideia – há que estudar melhor a entrevista – que ainda não encontrou ninguém no seu partido – e só parece existir o seu partido – quem o possa, no futuro, o substituir;…
- finalmente, deseja ser visto no futuro, como um bom patriota; eu também!!


A entrevista pode ser ouvida aqui

1 comentário:

Orlando Castro disse...

A entrevista que a SIC fez ao presidente José Eduardo dos Santos bateu aos pontos, quase por KO, aquela que a RTP protagonizou no início do ano passado quando, em Luanda, transmitiu uma igual operação de lavagem do regime a que chamou, com toda a propriedade, “Reencontro”.

No caso da RTP, recorde-se, a jornalista encarregue de dirigir a lavandaria, Fátima Campos Ferreira, tinha junto a si o então ministro que a tutelava, Miguel Relvas, bem como o próprio presidente da empresa.

Compreende-se, embora não se aceite, a forma subserviente e nada profissional como, do ponto de vista jornalístico, aquelas entrevistas foram feitas. Já do ponto de vista da propaganda tratou-se, é claro, de uma obra-prima da bajulação lusa.
Quando se julgava que o descrédito de alguns jornalistas reabilitados pela barriga tinha atingido todos os limites, eis que a SIC formata Henrique Cymerman para mostrar que o comércio de jornalismo pode muito bem, e de forma rentável, transformar-se numa lavandaria ao serviço dos superiores interesses dos donos dos operários, jornalistas no caso, e dos donos dos donos.