31 julho 2013

Férias!!!


Durante o mês de Agosto este blogue, bem como o seu administrador, relator e afins similar, vai estar de férias pelo que, dificilmente, haverá aqui novos apontamentos (ou não estivesse habituado a suar estopinhas para conseguir aceder à Internet...)

A todos os que também forem de férias, aproveitem-nas porque este ano ainda tiveram; para o ano...

26 julho 2013

Do Crescente Verde à esperança Papal

"Nos últimos anos, a cena internacional tem estado a ser varrida, literalmente, por revoltas, manifestações mais ou menos espontâneas e mais ou menos virulentas, trocas de regimes e, de certa forma, de sistemas político-económicos.

Foram as revoltas árabes e islamitas no cinturão asiático e norte africano, primeiro com a deposição de gerôncios autocratas (da Tunísia ao Egipto) e, mais tarde, com a depreciação da esperança nas mexidas políticas registadas e que se estendem à Síria e à Turquia, reforçada, recentemente, no Egipto, com manifesta repercussão nos Estados vizinhos.

É um recrudescer da importância política e económica do Crescente Verde! Política, económica e religiosa, não esquecendo, neste caso o problema que opõe islamitas radicais a islamitas moderados e a cristãos coptas.

Se as manifestações e revoltas árabes e turcas são importantes e causam efeitos secundários, não menos importantes, nas relações políticas e económicas com alguns dos seus parceiros, em particular, nos mercados euro-asiáticos, também não menos importante foram as manifestações que se registaram em Brasil, primeiro por ocasião da Taça das Confederações e, agora, com a visita Papal. E que poderá se prolongar ao próximo Mundial de Futebol e aos Jogos Olímpicos…

Manifestações que ultrapassam as meras reivindicações meramente económicas, principalmente, ou políticas. São primordialmente reivindicações sociais por melhores condições económicas e transparência política.


Para os brasileiros mais que gastar-se dinheiro que faz falta à educação, à saúde, ao saneamento básico – e não é só os brasileiros que se podem queixar destes fenómenos irregulares, basta olharmos um pouco mais perto – há que saber como gastar e onde gastar. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)


Publicado no semanário Novo Jornal, ed. 288, de 26/Jul./2013, "Primeiro Caderno", pág.21.

19 julho 2013

Análise sobre a RDC na RFI


"Eugénio Costa Almeida explica as razões da instabilidade na RDC" numa análise hoje feita para a secção portuguesa da Radio France Internationale.

Podem ouvir acedendo aqui.

18 julho 2013

Mandela Day


Hoje estive na TVI24, no programa Discurso Directo, para falar do ícone maior da actual política mundial, senhor Nelson Mandela (Madiba) e dos seus 95 anos de vida, que hoje se comemora, e consagrado como o Dia internacional de Mandela.


Estive e fui apresentado como Investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE-IUL!

Podem ouvir o programa, na íntegra, aqui.

06 julho 2013

Caso Snowden!...

(a partir de imagens da Internet)
Suponhamos que seguia a linha da “teoria da conspiração”, por exemplo na linha do antigo agente da CIA, chefe da ITAC (Intelligent Threat Analysis Center) da NATO, e, igualmente, antigo Major-general do exército do Tio Sam, Oswald Le Winter - ah! é psicanalista – ou de Richard Moore, e considerava que esta situação, mais que absurda do analista da CIA,  Edward Joseph Snowden, temporizado no “Caso Snowden” devido às eventuais denúncias feitas por aquele agente, segundo uns, e analista, segundo ele – em qualquer dos casos um simples administrador de sistemas –, durante um período temporário na National Security Agence (NSA) e que terá divulgado documentos fundamentais para a segurança norte-americana como um "certo programa de vigilância PRISM", era um caso de polícia e não espionagem.

Ora nesse programa, em informações prestadas a dois órgãos de informação ocidental, por Snowden, os EUA estariam a vigiar, espionar, observar, espreitar – em suma, espiar – não só os seus adversários, como os seus habituais aliados, como, também, toda a gente, mesmo que individual, o indivíduo (o que no caso dos americanos põe em causa as suas liberdades individuais).

Não sejamos utópicos, todos espiam todos e sempre foi assim. Agora até as nossas autoridades, segundo um porta-vez da polícia Nacional vai querer “camarizar” todo o mundo.

Portanto, não seria nada de mais que os EUA, como a França, de acordo com uma recente acusação do jornal francês Le Monde, ou o Reino Unido – a Nação que mais câmaras de vídeo para “camarizar”, tem espalhado pelas suas principais cidades – que andassem a espiar “por dá cá aquela palha”!

Como também isso é perfeitamente natural que esteja a ser feito pelos serviços de inteligência da Federação Russa, da China - esta está farta de ser acusada de espionar as actividades cibernéticas dos seus adversários políticos e dos seus clientes e fornecedores comerciais e industriais – como também estarão todos os movimentos de talibãs e islamitas por parte dos serviços de inteligência paquistanês, ISI.

E que trás isso à actual situação de Snowden? Que vantagens ou desvantagens?

Nada, a não ser que se de facto houvesse interesse dos EUA em “apanhar2 o seu antigo analista-espião (será?) por certo já teria conseguido esse desiderato.

Tal como se fosse tão “interessante” já Putin, antigo director da KGB – agora Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) – já teria deixado o analista-espião entrar no espaço territorial nacional e detido para “sacar” informações que os serviços de informação russos considerassem pertinentes. Então porque o mantém na zona de passagem? Quem paga as despesas que Snowden produz nessa zona?

Parece-me que, na realidade, Snowden é uma mistificação para ser colocada num qualquer país menos “interessante”, em teoria, para os EUA e espiá-los.

Conspiração? Talvez se lerem o livro de Le Winter, “Desmantelar a América - os ensaios de Lisboa”, de finais de 2001, poderão verificar que as conspirações no seio das gentes da inteligência norte-americana ultrapassam as mais mirabolantes e interessantes aventuras de espionagem de John Le Carré (estes anglo-saxónicos gostam muito do “Le”…).

E porque é que só os países emergentes latino-americanos estão dispostos a darem guarida ao citado espião-analista? Todos, não será bem assim, quem mais poderia querer obter dividendos da sua permanência em território nacional, Cuba, está muda e que, me recorde, nunca se pronunciou sobre este caso, excepto para dizer que autorizaria a sua passagem para um outro país.

Será que Snowden está mesmo fugido ou é areia para alguns olhos menos atentos? O que vale é que andam(os) todos a ler demasiados livros de Frederick Forsyth, Le Carré, Inring Wallace ou Ian Fleming. Pois, andam(os) a rever demasiado os iniciais filmes de 007…

E por isso, países tão nobres, livres, democráticos e senhores de si mesmo – desculpem se me enganei –, como Portugal, França, Espanha ou Itália (estranho, só países do sul da Europa) terão impedido que a aeronave do presidente boliviano cruzasse os seus espaços aéreos, ou fizessem escala, sob a acusação de que Snowden iria a bordo e por esse facto teriam de, ou vasculhar o avião – como terá dito Espanha – ou de negar a passagem – como foi com os restantes.

Alguém de seu perfeito juízo acredita que estes países iriam se subordinar às ordens viperinas dos EUA e “mandar às urtigas” todas as Convenções internacionais? É possível que sim, mas…

Mas porque não fazem isso com alguns Chefes de Estado africanos, por exemplo, que estão sob a alçada do TPI e os deixam circular, livremente, nos seus espaços aéreos?


Que tem a mais o senhor Snowden? Ou, o que haverá, realmente, mais que, de facto, nós desconheçamos?

Este texto foi transcrito pelo portal do jornal Pravda.ru sob o título "E se Snowden fosse espião dos EUA?" (http://port.pravda.ru/news/mundo/08-07-2013/34893-snowden_espiao-0/)

04 julho 2013

Egipto, e a democracia caiu nas ruas

Depois de vários dias de manifestações na celebrada Praça Tahir e de um ultimato de 48 horas o Exército egípcio derrubou - esta é a palavra certa, independentemente dos factos que o antecederam - o presidente eleito (na boca das urnas, logo legítimo) e colocou - temporariamente, segundo eles - como Presidente de transição, o presidente do Supremo Tribunal Constitucional do Egipto, Adli Mansur.

Uma das razões apresentadas pelos manifestantes e acolhidas pelos militares foi que Mohamed Morsi procurava extrapolar as suas competências constitucionais - que já tinham sido colocadas em causa pelo próprio Morsi e que foram agora suspensas pelo Exército - e tornar o Egipto num estado islamita governado por si e pela Irmandade Islâmica.

Esta é uma situação que deve ser ponderada por outra potência de raiz islâmica mas de governação laica e que também ela tem um forte e estruturado exército: a Turquia. Ou seja, o senhor primeiro-ministro e auto-assumido todo poderoso governante turco, Recep Tayyip Erdoğan, deve olhar para a sua esquerda e ponderar as consequências.

À pala da Arabe Spring há golpes de Estado apoiados, celebrados e aplaudidos pelas ruas!

Este texto foi transcrito no portal do jornal Pravda.ru (http://port.pravda.ru/news/mundo/06-07-2013/34881-egipto_ruas-0/)

03 julho 2013

E a política lusa é...

(Com a devida vénia a vários cartunes da internet.)

Ontem o MNE português Paulo Portas apresentou a irrevogável demissão e o seu chefe (ou supostamente) e primeiro-ministro (ou supostamente) Pedro Passos Coelho recusou liminarmente essa demissão - também o julgava que era um seu direito, mas o Professor Marcelo Rebelo de Sousa diz que seria só o Presidente aceitar ou não a exoneração...

A política portuguesa depois do efectivo Chefe de Governo ter batido com a porta (o anterior Ministro das Finanças e de Estado - e nº 2 do Governo - Vitor Gaspar) agora foi o segundo Ministro de Estado - ex nº 3 e promovido a nº 2 - a dizer out!...