07 outubro 2014

Luanda, quer ser a Nova Iorque de África? - artigo

"A província de Luanda tem novo governo e novos governantes. Nada de mais na vida política e social da grande capital angolana. Uma normal rotatividade entre os detentores do poder angolano.
Só que ainda não foi desta vez que os novos governantes saíram de umas eleições autárquicas, já há muito prometidas constitucionalmente, mas que persistem em se manterem inertes nas esconsas gavetas do poder legislativo.

Ainda assim, e como recordava na sua página social de Facebook, o jornalista Reginaldo Silva, desta vez o poder parece não ter transitado, directamente, do comité central do MPLA para a Mutamba; ou, mais concretamente, o novo governador provincial já não tem de ser, também, o primeiro-secretário do partido.

Parece que se fechou o forno lento usado para destruir algumas carreiras…

Todavia, as primeiras representações que foram emitidas do novo Executivo não passaram pelo novo governador provincial, o senhor Graciano Francisco Domingos – até agora vice-governador provincial de Luanda, para área administrativa –, mas da presença do senhor Presidente da República, engº José Eduardo dos Santos, a presidir ao executivo do Governo Provincial de Luanda, e das medidas que apresentou.

Uma das medidas, que se esperam sejam uma transição para um modela nas – esperadas – futuras eleições autárquicas, passa pela dar uma maior capacidade administrativa – como recorda David Filipe, na última edição do Novo Jornal, a partir de 2015 terão “um estatuto equivalente a governadores provinciais” o que não me parece curial e poderá colidir com as naturais competências governativas do GPL –; outra das medidas visa a maior fluidez do tráfico urbano com a criação de um metro de superfície, em toda a província, bem como a implantação de novos eixos viários na zona da Corimba.

Tudo visando melhorar a mobilidade dos cidadãos luandenses.

Só que é difícil fazer alterações sustentáveis numa cidade cuja raiz ainda assenta num plano de ordenamento colonial.

Como sabemos as sucessivas crises militares da pré e pós-independência, trouxe para a capital, milhões de pessoas que se tiveram de procurar a sua satisfação pessoal de qualquer forma. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, edição 349, de 3 de Outubro de 2014, pág. 22 do 1º Caderno!