23 setembro 2015

Os casos da Banca e a demagogia eleitoral

Vão-me desculpar mas juro que não entendo a política portuguesa e a sua enorme demagogia barata, principalmente em época eleitoral. Eu sei que tudo vale para a obtenção do voto, mas, creio – talvez seja efeito do nome e embarace-me a ingenuidade – que toda a demagogia tem limites dentro de parâmetros que deveriam ser quantificados para não fazerem dos eleitores parvos, ineptos ou imbecis.

Hoje, segundo pude ler, o INE português rectificou o valor défice português de cerca de 4,5% para cerca de 7,2% devido ao empréstimo que o estado português fez ao Fundo de Resolução da Banca para capitalização do novel Novo Banco.

Honestamente, ainda hoje estou para perceber se de acordo com os códigos das empresas comerciais e das sociedades anónimas, o Baco de Portugal (BdP) – na realidade e com a unificação do sistema bancário euro-comunitário o BdP não é mais que uma secção do Banco Central Europeu - poderia ter feito a transformação dos activos e passivos "bons” do antigo BES para o que foi criado com o nome de Novo Banco.

E não devo ser só eu, devido aos inúmeros comentários que tenho lido e dos já existentes e eventuais processos contra o Novo Banco e o BdP.

Mas voltando à rectificação do défice e ao empréstimo do Estado à Banca, vê-se, ouve-se, televê-se os partidos da oposição e os candidatos a um lugar no próximo Parlamento português, nomeadamente, o Partido Socialista (PS) a criticar a(s) política(s) do Governo, suportado pela Coligação (PSD-CDS/PP) que concorre às eleições como PàF-  recordo-me sempre e com um sorriso dos livros de Asterix…) – por causa desse apoio.

Será que o PS preferia que o Governo português tivesse feito o mesmo que o Governo do PS hoje, os contribuintes líquidos do sistema fiscal português – e são todos, portugueses ou estrangeiros que paguem os seus impostos em Portugal – continuam a pagar e não é pouco? Segundo me recordo de ouvir, e não há muito tempo, bem pelo contrário – e por acaso de uma personalidade anti-governamental  que o aventou – já iterá sido “metido” no sinistro BPN, por acaso “continha” e era “couto” de individualidades mais próximas de um dos partidos da coligação que do PS, qualquer coisa como cerca de… 9.000 milhões de Euros e ainda ninguém conseguiu perceber até onde irá a contínua injecção de fundos no “efeito BPN”

Que por acaso, até já foi vendido, a marca e os balcões, mais os respectivos activos pelo enorme valor de… menos de 100 milhões de Euros!

Sinceramente, a demagogia tem limites. Por acaso preferiam uma nova e absurda nacionalização? Ou será – desculpem a pergunta, claro – que alguém anda a ver se consegue que algum “amigo” não seja afectado com a “questão BES”? Tal como, pareceu , à posteriori, que a nacionalização do BPN seria para fazer… algum certo favor político…

Tal como no caso BES, também no BPN, só parece haver um arguido e em prisão… “leve”.

Realmente parece não haver dúvida, que no que toca à Banca e à Demagogia, há mesmo donos disto tudo!