Depois de tomar firme uma parte substancial dos 49,99% do Millennium Angola (BMA), cujo capital era detido a 100% pelo seu congénere português, e de se ter tornado no maior accionista, com quase 10%, do MillenniumBCP, os restantes bancos caminham para ter também no seu capital a presença da Sonangol como um accionista principal.
Registe-se, ainda, que o BMA também passa a ter como accionista o Banco Privado Atlântico – vai cruzar parte do seu capital com o BMA – que, por sua vez, tem como um dos accionistas a Sonangol.
Dado que a maioria, para não afirmar a totalidade, do capital da Sonangol é detida pelo Estado Angolano – e segue, conforme hoje reafirmou o seu presidente, "uma política de Estado" – significa que a banca nacional vai passar a estar, indirectamente, nacionalizada o que poderá perigar a livre concorrência e a livre circulação de capitais além de poder ser posta em causa a tão exigida, pelo FMI e Banco Mundial, transparência no circuito financeiro do petróleo!
Controlar a banca é mais um passo no controlo da economia e na asfixia das vozes discordantes. Li hoje na "Sábado" que o pivô do principal noticiário da TV de Angola foi demitido por ter levantado, publicamente, uma questão sobre a instrumentalização de noticiários pelo Governo.E também que,
ResponderEliminaro único jornal diário, afecto ao governo, insultou os comentadores portugueses que apoiaram as críticas de Bob Geldof.
Com "democracias" que têm petróleo estes pormenores não se discutem .
Os chineses também sabem disso...