09 janeiro 2007

Parabéns Obikwelu!

(é raro ver-se um "nacionalizado" agarrado à bandeira do país de adopção).


O que penso que seria desnecessário é a expressão "português de origem nigeriana". Isto vem ao encontro das últimas polémicas sobre a presença de estrangeiros em selecções portuguesas, nomeadamente de Deco, ou Pepe, ou ,agora, Nelson.
Falam muito da selecção de futebol, periodicamente do atletismo, mas esquecem-se do rugby ou do volley ou do andebol selecções que têm ou já tiveram imensos atletas nacionalizados; se a memória não me atraiçoa numa destas modalidades a selecção era quase toda nacionalizada... Porque será?

4 comentários:

  1. Pois é.
    Por vezes aparecem tolices destas escritas nos nossos jornais.
    Curiosamente, isso só acontece com alguns atletas. Por exemplo, nunca me lembro de ter lido em algum jornal que o Oceano (que jogou no Sporting) era um português nascido em Cabo Verde.

    Nota: nos jogos olímpicos tenho visto muitos "nacionalizados" agarrados às bandeiras dos países de adopção.
    E por vezes até com duas bandeiras: a do país de nacionalidade e a do país que os viu nascer.

    É mesmo assim... pouco a pouco vão caindo as fronteiras.

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  2. Francis Obikwelu é um dos símbolos que restam do já diminuído eclectismo do Sporting. É um atleta de pista de um clube que já não tem pista. Não será possível voltar a ter uma pista para o atletismo do Sporting algures em Lisboa? Não seria um excelente pretexto para homenagear o prof. Moniz Pereira como deve ser e continuar a projectar o Sporting mundialmente através do atletismo?...

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  3. Caro Marco: não é tolice escrever "português de origem nigeriana". Isso acontece porque Francis Obikwelu foi cidadão nigeriano até fugir do país e solicitar a cidadania portuguesa, o que aconteceu quando já era adulto. Quanto a Oceano, que nasceu de facto em cabo verde, acontece que, quando nasceu, era cidadão português, porque Cabo verde era território português.

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  4. Não fosse ele um «luso-nigeriano», como a generalidade dos media lhe chama SEMPRE, e teria certamente sido elevado à categoria de herói nacional. Certo é que cheguei a ouvir um comentador na RTP2 a fazer o balanço da participação portuguesa nos Europeus excluindo «o fenómeno Obikwelu» por forma a «correctamente» avaliar a «real» evolução do atletismo nacional.
    É esta a nação a que tantas vezes tenho vergonha de pertencer!
    (Pensava eu que o única restrição aos cidadãos portugueses não naturais é a de não se poderem candidatar à Presidência da República...)

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