
.
Nota: João Tunes, do acutilante Água Lisa, alerta para o facto deste meu apontamento estar a arranjar uma "justificação" para os actos terroristas que Portugal possa vir a sofrer. Admito que possa ser lido assim. Mas acontece que os terroristas têm justificado alguns dos seus actos com o apoio que alguns países têm, directa ou indirectamente, concedido à política da administração Bush.
Sei que o apontamento pode parecer como um veículo justificativo do injustificável: actos terroristas.
Não era, nem é, essa a minha intenção. Só quis alertar que este "fechar-de-olhos" dos sucessivos Governos portugueses, já, e segundo parece e não devidamente desmentido, provado pelo parlamento europeu, poderá trazer problemas aos portugueses.
Espero estar enganado e desejo, sincera e honestamente e sem quaisquer outras subtilezas, que João Tunes tenha razão, uma vez mais, conforme escreve nos seus comentários, ou seja, que este seja um "post de uma infelicidade ilimitada".
Este tema constitui também a Manchete do Notícias Lusófonas.
ResponderEliminarKandandu
Com toda a consideração e amizade, permita que lhe diga que acho este post de uma infelicidade ilimitada. Reagi na minha sanzala.
ResponderEliminarAbraço do
João Tunes
Até dá a impressão que os terroristas não estão informados desta cumplicidade dos governos de Portugal.
ResponderEliminarObviamente, prezado Eugénio, não quero alimentar a polémica. Mas, se permite, termino remetendo para o post de alguém que julgo ter maior afinidade política consigo que comigo: http://blasfemias.net/2008/01/29/a-guantanomologia/.
ResponderEliminarSe Guantanamo é um nojo, que o é, o que o destaca é a sua mediatização porque, apesar de todos os defeitos e horrores associados, faz "parte" de uma sociedade sujeita ao escrutínio da opinião pública e onde a reportagem, a indignação e a denúncia são possíveis. Porque horrível é aquilo que se vê. As prisões de Sadam, quando este estava no poder, e onde foram humilhados, torturados e assassinados dezenas de milhar de iraquianos nunca foram notícia porque nunca tiveram direito a reportagem (e a primeira coisa que a polícia de Sadam fazia quando prendia alguém, antes de apurar culpas, era sodomizá-lo). Assim, não existiram (antes, só existiram para os que as sofreram). E a dois passos da Guantanamo da CIA há uma outra prisão, dirigida pelos esbirros de Fidel, onde passam horrores homens que cometeram o único crime de lutarem pela liberdade e democracia em Cuba, sem terem colocado uma única bombinha num metro, num mercado ou num autocarro. Existe? Existe mas a televisão e os fotógrafos não entram, portanto é como se não existisse. O hiper-criticismo para com os males da democracia sempre foi, por parte dos democratas, a grande ajuda aos que odeiam a democracia - os revolucionários, os terroristas, os totalitários. O terrorismo se nos quiser atacar arranjará sempre um pretexto (a GNR não está ou esteve lá?). Para quê oferecer-lhe um de bandeja, publicamente escarrapachado. Se a Al-Khaeda cometer aqui um atentado e se justificar com o seu "pretexto", como se sentirá o meu amigo Eugénio? Dirá "eu bem avisei, esperto sou eu" ou pensará antes "o que lhes fui lembrar..."?
Desculpe o desabafo que, infelizmente, tomou o estilo de sermão.
Abraço do
JOão Tunes
Os terroristas começam a ganhar a guerra no momento em que as pessoas passam a ter medo de dizer o que pensam.
ResponderEliminar