Os finais dos
anos 80, particularmente após a implosão da antiga URSS, o fim do mito marxista
e a afirmação do neoliberalismo conservador, tão a gosto de Fukuyama ou de Friedman, tem sido apontado e caracterizado como
sendo o grande responsável pela larga referência que se tem feito à
democratização do Continente Negro, com consequente proliferação de movimentos
políticos em África, nomeadamente na África subsaariana.
O norte africano
debate-se com um problema crucial: fazer coexistir os fundamentos de uma
religião ainda, temporalmente, medieva ou, pelo menos assim a querem
apresentar, não mutável e base de alguns sistemas políticos nacionais, com os
ideais democráticos ditos ocidentais e laicos, onde o direito do Estado
predomina sobre o direito eclesiástico. A “Primavera
Árabe” é o exemplo vivo disto mesmo.
São ou foram-no
os processos eleitorais em Angola, no Congo Democrático, no Gana, no Mali e na
Nigéria, entre outros, ou ainda as que aí vêm, como as esperadas e sempre não
marcadas eleições na Guiné-Bissau e Madagáscar, só para citar alguns exemplos,
resultantes de Coup d’États ilegais e
condenados pelas instituições internacionais, nomeadamente pela União Africana
e que os centros decisórios regionais não conseguem estancar. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 279, de 24-Maio-2013, página 21
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