30 maio 2012

Duelo Senegal-Angola na Guiné-Bissau



O jornalista Bissau-guineense Aly Silva estampa no seu (nosso) blogue “Ditadura do Consenso” um tradução de um artigo de um cronista senegalês Babacar Justin Ndiaye, e publicado no passado dia 25 de Maio (por mero acaso, o Dia de África) no “Sud Quotidien”.

Vejamos algumas partes do referido artigo:

Por trás das manobras diplomáticas e do baile dos contingentes militares, a Guiné-Bissau torna-se, cada dia mais, um campo de colisão inevitável entre os interesses nevrálgicos do Senegal de um lado e os desígnios estratégicos de Angola, do outro lado. O duplo protagonismo da Comunidade dos Estados de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), desembocara inevitavelmente num choque frontal entre Dakar e Luanda. Duas capitais cujas intenções relativamente à Guiné-Bissau ultrapassam os planos de saídas de crise oficialmente tornados públicos e as resoluções publicamente votadas”.

Os ganhos para o Senegal, na cimeira da CEDEAO, tido em Dakar, o dia 3 de Maio, foram contrabalançados pelos ganhos obtidos pela posição Angolana e os países da CPLP, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que votou, no 18 de Maio a resolução 2048”.

Mesmo assim, o Senegal ganhou a primeira parte da disputa através do plano de saída de crise da CEDEAO, que crucificou as autoridades derrubadas pelo Golpe de Estado do dia 12 de Abril, excluindo assim a restauração do poder legitimo” pelo que um “novo Primeiro Ministro de Transição apoiado pelos Chefes de Estado da África Ocidental, foi designado na pessoa de Rui Duarte de BARROS, ex-Ministro das Finanças do antigo presidente Kumba Yalá, derrubado num golpe e Estado em Setembro 2003. O novo Chefe do Governo tem por Ministro dos Negócios Estrangeiros, o pro-francófono Faustino EMBALI (refugiado em Dakar, depois do assassinato de Nino Vieira). E como cereja em cima do suculento bolo servido a Macky SALL, (um contingente militar senegalês constituído por unidade de engenharia militar, uma importante equipa médica e de Oficiais de contra-inteligência), serão enviados para Bissau, sob a bandeira das forças africanas da CEDEAO”.

Ou seja,

Macky Sall reedita, sorrateiramente a Operação Gabu. As tropas senegalesas chegaram em Bissau sem combater, nem ser combatido. Estrategicamente, o Movimento das Forcas Democráticas da Casamance (MFDC) vão ser cercadas – feitas sandwich- por oficias de segurança em actividades no território da Guinée-Bissau e por tropas de elite senegalesas em operações permanente na região de Ziguinchor(Há muito que a questão de Casamance andava em stand-by e tão calada…).

Dai se explica o jogo individual do Senegal bem encapotado no processo colectivo de saída da crise da CEDEAO. Dito de outra forma, uma preocupação e intenção aparentemente dissimulada do Senegal, mas com a condescendia do resto da restante comunidade. Posição contrária é firmemente assumida contra os golpistas do Mali”.

Perante estes factos como se posicionarão Eduardo dos Santos e Angola? O cronista pergunta se Eduardo Dos Santos, ficará numa “má postura” logo acrescentando que “seguramente, a resposta é não”. Porque, segundo na perspectiva do cronista senegalês “Apoiado na CPLP […], Angola contra atacou, provocando no dia 7 Maio […] uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no decurso da qual, o Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Bissau (UNOGBIS), o ruandês Joseph Mutaboba apresentou um relatório sucinto dos acontecimentos”.

Ndiaye recorda que “O peso dos países lusófonos contou muito - nomeadamente o do Brasil -, os membros do Conselho de Segurança (entre os quais figura o Togo, portanto ligado pelas decisões da CEDEAO) votaram unanimemente, a famosa resolução 2048 que diz o seguinte : «O Conselho de Segurança solicita aos Estados membros da ONU no sentido de tomarem todas as medidas necessárias para impedir a entrada e passagem nos seus territórios dos cinco repontáveis do Comando Militar, entre os quais o Chefe de Estado Maior, Antonio Injai e o seu adjunto o General Mamadu Nkrumah Ture»”. E que “Postado por Portugal, a resolução 2048 vai ao encontro das decisões da CEDEAO sobre a Guiné-Bissau e, em termos firmes: «Os 15 Estados membros do Conselho ordenam o Comando Militar a deixar o poder a fim de permitir o regresso à ordem constitucional»

Acresce e recorda ainda Ndiaye que “Na verdade, a vontade de Angola de fortalecer a sua posição na Guiné-Bissau permanece intacta tanto militarmente como economicamente. Luanda comprou um hotel em Bissau para alojar os seus oficiais da MISSANG, esperando a construção de novas casernas. No meio do mês de Abril, o Ministro da Defesa, o General Van Dunem viajou para Bissau. No capitulo politico, os Angolanos exploraram bem as falhas e fissuras no bloco pouco compacto da CEDEAO, e desencadearam uma operação de charme para obterem o apoio do Presidente Alfa Conde da Guiné Conakry que, recebeu calorosamente, no dia 16 de Maio, o Secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros, Rui Manguerra, portador de uma mensagem pessoal de Eduardo Dos Santos” no que terá sido bem conseguida porque foi uma “Ofensiva bem alvejada e positivamente conseguida, quando se sabe que, Conakry e Praia foram intransigentes no que toca ao regresso à ordem constitucional, sinonimo do regresso ao poder de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Jr.

Resumindo, embora muito ainda haja no referido artigo:

O duelo Macky-Dos Santos será duro na Guiné-Bissau (fronteira da Casamance), onde Macky Sall joga o destino unitário do seu pais; e, Eduardo Dos Santos, por seu turno, tenta confortar os interesses duma potência da África Austral (Angola) com objectivos expansionista na zona. O confronto está à vista, mas será que os protagonistas têm armas iguais nesse confronto? Ao Senegal não faltam vantagens (proximidade e motivações), mas melhor ganharia a seguir prospectivamente esse pais tão perto, mas muito complicado, mobilizando equipas de «seguimento»... e de trabalho sobre esse seu vizinho que se dedica à anarquia politico-militar como principio. Do lado dos Negócios Estrangeiros, capacidades não faltam, tais como, Sua Exa. Omar Benkhtab Sokhna, o inamovível Embaixador do Senegal em Bissau durante os anos 90. E, a este título obreiro da vertente diplomática da operação Gabu decidido pelo presidente Abdou Diouf. As suas notas e testemunhos podem inspirar e orientar as melhores decisões do Governo.

Quanto à Angola – mesmo diplomaticamente pressionado e militarmente em retirada - ela não vai deixar as coisas ir por água abaixo. Angola dispõem em Bissau de laços e redes locais capazes de ajudar rasgar (sabotar) o mapa de saída de crise da CEDEAO. Uma margem de manobra herdada não apenas duma colonização em comum, mais também de uma camaradagem baseada numa osmose politica entre os quadros do MPLA e do PAIGC. Recorde-se que, os dirigentes do nacionalismo Angolano tais como Lúcio Lara, Luis de Almeida e o escritor Mario de Andrade davam aulas ou animavam regularmente seminários na Escola dos quadros do PAIGC baseado, na época, na Guiné-Conakry”.

Ou seja, e uma vez mais, estamos na presença de uma disputa pelo domínio de uma região de duas potências regionais embora, uma, claramente, regional – Senegal – e outra com características, cada vez mais bem vincadas, com tendência multirregional enquadrada na minha tese potencial de definida como Instrumentality power” já aqui explanada – Angola!

Podem ler o texto (versão portuguesa) integralmente aqui

27 maio 2012

27M e vão 35 anos...



(Na época, uma foto de nitistas publicada pelo Jornal de Angola e recordada pelo semanário Novo Jornal, em 2009**)

Decorrem hoje 35 anos que aconteceu uma das páginas mais negras da história político-social de Angola.



Há 35 anos ocorria, o nunca esclarecido, fratricídio do 27 de Maio entre militantes do MPLA, então MPLA-Partido dos Trabalhadores.


De um lado, apoiantes de Agostinho Neto, à época o presidente da então República Popular de Angola, e do então major José Eduardo dos Santos, relator do Processo movido a Nito Alves.

Do outro, precisamente Nito Alves - a quem se atribui a autoria da famosa carta que conteria as não menos famosas "13 Teses de Nito Alves", embora haja que as mesmas teriam sido escritas por um militante e comissário político em Cabinda de nome Pedro Santos(*) - e de outras personalidades que fomentariam o "fraccionismo", assim então foi descrito pelo apoiantes de Neto, como Zita Valles, Ademar Valles ou José Van-Dunem.

É certo que houveram, esses são pelo menos os diversos testemunhos, mais ou menos credíveis, imensos mortos e centenas de detidos, alguns dos quais continuam desaparecidos.

Oficialmente, só estão referenciados como "mortos oficiais" 7 angolanos entre apoiantes e adversários: os 4 acima citados do "fraccionismo", Saydi Mingas, Helder Neto e Eugénio Veríssimo da Costa "Nzaji".

Esta foi uma crise que ultrapassou a gamela do MPLA. nela intervieram directa e indirectamente soviéticos e cubanos. Com a particularidade de, cada um, apoiar uma das facções. segundo alguns autores e analistas terá sido aqui que começaram a esfriar as relações entre a antiga URSS e Cuba.

Há quem também adiante que foi aqui que Neto começou a perde a "simpatia" de Moscovo e...

35 anos depois ainda há famílias que gostariam de fazer o devido luto.

Só que as autoridades angolanas, ou melhor, as cúpulas do MPLA mantêm um absurdo mutismo sobre o 27M e as suas consequências.

É altura do MPLA abrir-se, de vez, à comunidade e criar, internamente ou mesmo através do Governo nacional, na linha do que fez, e muito bem, a África do Sul e, mais recentemente, o Brasil, uma Comissão de Verdade onde tudo pudesse ser transmitido à comunidade e libertar todos os fantasmas.

Não creio que isso viesse a criar engulhos ao partido maioritário. Pelo contrário. A transpar~encia é o melhor remédio e as famílias respirariam, finalmente, mais facilmente!

Enquanto isso, muitos angolanos vão continuando a olhar para o 27M e esperando...


* Esta matéria pode ser lida no meu livro "Angola, potência regional em emergência", que está - ou pelo menos já esteve - à venda na Livraria da Chá de Caxinde!
** Esta foto também pode ser vista no meu livro!

NOTA: Uma rectificação e uma clarificação. A companheira de Nito Alves é Sita e não Zita como aqui escrevi. As 13 teses de Nito foram reconhecidas como as "13 teses em minha defesa"!
O meu agradecimento a quem me chamou a atenção.


Transcrito no Club-K (http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=11360:27m-e-vao-35-anos-eugenio-c-almeida&catid=17:opiniao&Itemid=124)


e também, em versão espanhola em Misoafrica (http://misosoafrica.wordpress.com/2012/05/29/27-de-mayo-y-ya-son-35-anos/)

25 maio 2012

Dia de África...


Celebra-se hoje mais um dia do heterogéneo mosaico etnocultural do continente africano.

Mais um 25 de Maio cheio de promessas que, como sempre, se vão verificar serem vãs, pouco simbióticas e estéreis! Tal como tem sido prenhe nestes últimos 49 anos…

Um continente rico em terras aráveis férteis mas que continua, preferencialmente, a consumir o que vem de fora. (...)

23 maio 2012

Angola a votos a 31 de Agosto

O Conselho da República deu parecer e Presidente Eduardo dos Santos ratificou.


Angola vai ter as suas eleições legislativas (e indirectamente, presidenciais) no próximo dia 31 de Agosto.


Eleições ou plebiscito será algo que os angolanos terão de discorrer e mostrar o seu habitual e carismático bom senso!...


Entretanto, que até lá, os "miúdos" sejam recolhidos para que o bom caminho para o voto não seja manchado...

22 maio 2012

CEDEAO posta em causa por causa dos golpes…


Supostamente a CEDEAO como organização regional dentro da União Africana e a esta subordinada – assim o pensamos – deveria condenar, com todas as forças toda e qualquer atitude que pusesse em causa os princípios constitucionais dos seus Estados-membros e,, naturalmente, Estados subscritores das determinações dimanadas da Comissão da União Africana e dos seus Conselhos de Ministros.

Deveria, mas como recentemente verificámos com os golpes de Estado no Mali e na Guiné-Bissau isso não está a acontecer.

Ou seja, quando caminhamos para a celebração dos 49 anos da Unidade Africana constatamos que ainda perdura a vontade das armas – a grande maioria dos Golpes de Estado têm forças castrenses por detrás – ou a supremacia neocolonial – quase sempre nas crises da África Central e do Sahel, está o Quai d’ Orsay / DGSE e ou o Foreign Office / SIS.

Pois ao arrepio de tudo o que a União Africana tem preconizado e declarado, a CEDEAO, apesar de criticar e sancionar os golpistas não só nada fez contra eles como tem implantado novos Presidente e Governos.

Foi assim no Mali onde o novo presidente reconhecido pela CEDEAO é o líder golpista como o foi na Guiné-Bissau onde o presidente em exercício até futuras – nem que seja lá para as calendas – eleições é o antigo presidente da Assembleia Nacional Popular e, pasme-se – ou talvez não – o terceiro posicionado nas recentes e não completadas eleições presidenciais, Serifo Nhamadjo, e um Governo decidido entre os golpistas e as poucas fontes que os apoiam.

Se na Guiné-Bissau ainda há alguma poeira no ar, embora sem grandes tempestades, no Mali manifestantes invadiram o palácio governamental e agredira o líder colocado no poder por acordo entre golpistas e CEDEAO que teve de obter tratamento.

Triste, deplorável, que os dirigentes da CEDEAO também lá não estivessem para poderem melhor ponderar o que lhes pode esperar.

É que um dos supostos actuais líderes da CEDEAO e seu actual presidente em exercício, parece andar a esquecer como chegou ao poder…

21 maio 2012

Timor e a defesa do português


O presidente Taur Matan Ruak, hoje na escola Ruy Cinatti, num discurso televisto na RTP Informação, e em resposta a Cavaco Silva, fez a apologia do português, embora com os naturais condicionalismos de uma língua não materna.

Ruak firmou que “o português veio para ficar” até porque o tétun já incorpora, e cada vez mais, verbos portugueses na sua expressão linguística; mas há que compreender que o português não deve ser visto como o tétun, ou seja, como língua-mãe, mas como uma língua estrangeira e, por esse facto, deve começar a ser aprendida com a estruturação de uma língua nova.

É que, segundo Ruak, o português, gramaticalmente, e uma língua fácil para os timorenses e, por esse facto, deve ser defendida, mas…

O “mas” já ele tinha explicitado!

Entretanto, Ruak condecorou Ramalho Eanes antigo presidente da República Portuguesa que, juntamente com Rui marques, impulsionou o envio do navio Lusitânia Expresso para águas timorenses, na altura subjugadas à Indonésia.

20 maio 2012

Já nem um copo de água...

Mal dos que ainda (sobre)vivem no rectângulo português...

Com tanta austeridade, qualquer dia, seremos todos obrigados a cumprir a "oportunidade" de Pedro Passos Coelho, Pedro, o "Kandimba de Massamá", e pisgarmos todos para fora desta habitual zona balnear da Europa.

Os que têm uma Pátria, mal ou mal, sempre conseguirão alguma cubata e pequena nhara; quanto aos outros, vão procurando abanar algum i(e)mbomdeiro e ver se cai algumas múcuas para fazer fermentar e calar as mentes revoltadas.

Pois em Portugal agora até um simples copo de água é... pago!


Um café na praia de Faro (Algarve) está a cobrar 50 cêntimos por um copo de água da rede, há mais de um ano!

Segundo o proprietário, o “Estado não oferece nada a ninguém, tudo se paga, o terreno, as licenças, os alvarás, e porque é que eu sou obrigado a oferecer a água que pago? Estou aqui a tentar ganhar a vida, a prestar serviços, não sou uma entidade pública”.

Podemos não achar piada e não estarmos habituados, ou parecer-nos incompreensível esta atitude, mas, na realidade, gostemos ou não, o indivíduo tem toda a razão, e, segundo parece, a ASEA diz que tem toda a legitimidade para o fazer!

A justificação do proprietário assim o mostra! (http://ht.ly/b1Ofz)

Timor-Leste: novo presidente empossado


(imagem da Internet)

O antigo guerrilheiro e ex-chefe das Forças Armadas general José Maria Vasconcelos, popularizado como Taur Matan Ruak, de 55 anos, assumiu na noite de sábado para domingo suas funções como novo presidente de Timor Leste, no mesmo momento em que a jovem democracia festejava os primeiros 10 anos de sua independência.

Matan Ruak foi proclamado como o quinto presidente da República, numa simbólica cerimónia ao ar livre na localidade de Taci Tolu, nas imediações da capital, Díli, no mesmo local onde foi declarada a independência timorense no da 20 de Maio de 2002.

Que a sua presidência consiga o que, até agora, os outros não conseguiram por inércia ou por incapacidade – talvez provocada por interesses superiores na região que não querem ver um país rico com uma população rica…

Isto é o Povo…



(Manifestações da UNITA e do MPLA, respectivamente; fotos via ©Club-k)


Uma grandiosa manifestação popular deu direito a uma “contra-manifestação” popular. Tudo dentro da maior naturalidade e normalidade.

A UNITA, apesar de já ter no “saco” a co-vitória da demissão, imposta pelo tribunal Supremo, da Dra. Susana Inglês, como responsável máxima do CNE – os outros vitoriosos foram o Bloco Democrático e as Páginas Sociais – manteve e levou a efeito a suas já convocadas manifestações, nas diversas províncias – em Benguela o governador não a permitiu por razões que, provavelmente, só a sua saúde deve justificar, –, em prole de mais democraticidade e maior transparência governativa.

Mas se a UNITA levou a efeito os seus ajuntamentos, naturalmente que o partido do poder, o MPLA, não quis ficar atrás e convocou, como habitualmente nestes casos, as suas contra-manifestações.

Ambas decorreram, foram casos pontuais descritos pela Polícia Nacional, com total normalidade e civismo como mostraram os diferentes vídeos e fotos que estão estampados nos mais diversos portais; (exceptuando, talvez, a atitude de alguns militantes da UNITA, em Luanda, que terão expulsado o jornalista da TPA; um erro crasso que só dá mais poder aos que não querem a existência de manifestações contrárias ao Poder).

A maior manifestação da UNITA ocorreu no Huambo onde juntou cerca de 150 mil manifestantes. A contrária, do MPLA, segundo o portal do Círculo Intelectual Angolano, convocada para o largo 1º de Maio, não excedeu alguns poucos milhares, mesmo juntando pessoas vindas da província vizinha de Benguela.

Em Luanda, na Praça da Independência, a UNITA terá juntado cerca de 500 mil populares que fizeram a festa, naquela que é talvez a maior concentração que a UNITA alguma vez conseguiu na capital, apesar de convocatórias contrárias a que não terá sido alheia o facto de não ter havido a presença das malfadas milícias armadas e que têm feito a sua aparição sempre que a Oposição se reúne.

Também no Bié e no Lubango a aglomeração popular da UNITA foi evidente.

O maior ajuntamento popular do MPLA em contra-manifestação, nos chamados apoios populares, ocorreu em Luanda, na Cidadela, com a presença de alguns milhares de apoiantes do ainda partido maioritário que, previamente, se terão feito ouvir numa caravana motociclista.

Finalmente o Povo pôde se fazer ouvir sem receios das perversas varas metálicas!


Transcrito no portal Zwela Angola, em 7/Junho/2012 (http://www.zwelangola.com/index-lr.php?id=8861)

18 maio 2012

Guiné-Bissau, o que antes era verdade…


Uma das razões evocadas – se não mesmo a única – para o Golpe era não só a presença de forças militares externas no país (a Missang) como a sua “imposição” aos militares Bissau-guineenses.

Por isso é que hoje sai a Missang e… entram paramilitares Burquinassos (69 polícias) que farão parte de um contingente militar da CEDEAO (que inclui cerca de seis centenas de militares nigerianos).

Pois é… o que ontem era verdade, hoje já é mentira.

Para quando a assumpção da verdade total? A subordinação integral da Guiné-Bissau à francofonia e à CEDEAO?

Timor-Leste, dez anos!...



Timor-Leste comemora 10 anos de independência. Parabéns!

E que o novo Presidente consiga o que os seus antecessores não conseguiram – ou não quiseram – fazer: reverter ao povo timorense as suas matérias-primas para que o País possa, enfim, desenvolver-se.

Já começa a ser tempo!

17 maio 2012

A droga goes to USA via… Guiné-Bissau?!


(imagem da Internet)

O Departamento de Narcóticos dos Estados Unidos da América (EUA/USA) fizeram chegar à imprensa um relatório que os especialistas daquele departamento elaboraram.

Nele se verifica que a crescente presença de entorpecentes e drogas/estupefacientes relacionadas com redes criminosas na África Ocidental, está a se tornar numa ameaça significativa aos interesses de segurança regional e global, com especial destaque para a governação e segurança dos países da África Ocidental.

Segundo aquele relatório – o original pode ser lido aqui – os traficantes estão contrabandear “drogas, pessoas, armas, petróleo, cigarros, medicamentos falsificados, e resíduos tóxicos pela região, gerando grandes lucros para redes criminosas transnacionais”.

Ainda de acordo com o referido relatório a UNODC (Gabinete das Nações Unidas sobre a Droga e  o Crime) estima que, em conjunto, essas actividades ilícitas geraram cerca de 3,34 bilhões US dólares, por ano, sendo que o tráfico de cocaína é uma das mais lucrativas dessas actividades ilícitas.

Na realidade, o governo dos EUA e a UNODC estima que cerca de 13% do fluxo global de cocaína, se processa através da África Ocidental.

Ora o mais grave do relatório não está nas movimentações dos traficantes, mas onde operam e sob de que protecção.

Voltando, uma vez mais ao citado relatório, este refere que o tráfico de drogas potencia não só instabilidade na região como permite o fomento de redes criminosas com forte cooptação entre funcionários de governo e forças de segurança de alguns países da África Ocidental.

E o relatório refere, claramente, dois Estados da CEDEAO/ECOWAS: Gana (destruíram uma rede de heroína que operava entre Acra e o aeroporto de Dulles/USA) e… Guiné-Bissau!

Sobre a Guiné-Bissau, o relatório é muito duro. Segundo este “o potencial da Guiné-Bissau para o tráfico de drogas e por conseguinte para contribuir para a desestabilização na região é claramente visto, como um exemplo: no caso da Guiné-Bissau, a maior parte liderança do país tem sido implicado no tráfico de droga” pelo que cita que a Cimeira Extraordinária da CEDEAO, de 26 de Abril passado, relacionando com o Golpe de 12 de Abril, “destacou, especificamente, a necessidade de uma acção acelerada para abordar o tráfico de drogas”.

Lapidar!

Por isso se estranha que a CEDEAO esteja tão empenhada em colocar no poder pessoas que estão ligadas, directa ou indirectamente, a personalidades castrenses que, tudo indica, poderão vir –como já há, pelo menos que me recorde, dois, – a estar sob a alçada do departamento norte-americano de combate ao tráfico de estupefacientes!


Transcrito no portal Zwela Angola, em 15 de Junho de 2012, (http://www.zwelangola.com/index-lr.php?id=8882)

Novo aeroporto de Luanda…


(Maquete do novo aeroporto; foto Zwela Angola)

O novo aeroporto internacional de Luanda, cuja conclusão da primeira fase está prevista para o segundo semestre deste ano, está projectado para vir a ser dos maiores de África, garantiu em Luanda o ministro dos Transportes.

Estas últimas e recentes medidas não acham que isto se deverá ao facto de cheirar a eleições muito brevemente?

E por falar nisso, quem tem certezas não necessita de apresentar obras “feitas” e quando ainda estão previstas “partes, e só parte” da obra por muito grandiosa – e necessária, assuma-se – que elas sejam!

O aeroporto estará disponível – parte, recorde-se – no segundo semestre deste ano. Fala-se nele, mas ainda não ouvi ninguém falar dos acessos e das ligações rodo e ferroviárias.

Esqueceram-se, ou estão a deixar para mais tarde?

De facto, mostrar tudo de uma vez não convém…

Benguela, 395 anos!


(Ai, se o “porta-aviões”, da bela Praia Morena, falasse…)

A cidade das acácias rubras faz hoje 395 anos de existência!

Considerada por alguns como a primeira capital da colónia de Angola – outros consideram que foi Benguela Velha, hoje Porto Amboim (há historiadores que consideram que a primeira localidade portuguesa criada na região, Benguela Velha, foi desmantelada e ficava perto da actual Porto Amboim), – denominada, então de Reino de Benguela.

Cidade de Benguela, 395 anos de existência. Parabéns à dinâmica, bela e calma cidade das acácias, capital da província de Benguela!

15 maio 2012

O raio que o parta...

Elcalmeida; montagem a partir de algumas fotos)

A primeira medida de François Hollande tomou após ser empossado não foi apresentar o seu gabinete mas visitar a senhora Merkel em Berlim.

Apesar de Hollande ter defendido, durante a campanha eleitoral, um maior crescimento e uma menor austeridade, por coincidência ou por efeito dos deuses pró-austeridade, o avião foi atingido por uma tempestade durante o trajecto Paris-Berlim.

Vá-se lá saber os desígnios  dos eurocratas...

E viva a hipocrisia…


Ainda bem – ou infelizmente – que a hipocrisia não mata.

Esperemos que os líderes da CEDEAO continuem refastelados nas suas poltronas sem que um qualquer grupelho se lembre de lhes indicar a porta de saída da forma mais ignóbil.

Só assim se entende que a lista dos sancionados pela organização franco-germância, liderada, actualmente, pela Cote d’Ivoire e pela Nigéria, mostre alguns quantos – cerca de 20 – e se esqueça de outros não menos implicados, mesmo que moralmente…

(o fac-simile da lista pode ser lida, na íntegra, no blogue Ditadura do Consenso, do jornalista António Aly Silva, de onde foram retirados os acessos, com a devida vénia)

14 maio 2012

Nigerianos na Guiné-Bissau...


(militares da CEDEAO - foto Lusa.pt)

A agência de notícias portuguesa Lusa, afirma, certamente citando a CEDEAO e o seu presidente interino, coteivoirense Ouattara, que as tropas da Nigéria vão estar na Guiné-Bissau até sexta-feira.


Nada demais, serão 600 militares para a Guiné.Bissau e 10 mil para o Mali.

Só que, não me parece que a tropa nigeriana, como tem sido noutros pontos do continente, vão para a Guiné-Bissau para turismo.

Por certo, e assim tem sido, vão para capitalizar os necessários dividendos político-militares e irão afirmar-se sobre as autoridades castrenses Bissau-guineenses.

Mas…

Mas não foi por causa de uma situação, mais ou menos – talvez muito mais menos que mais mais – que se verificou o Golpe de Estado na Guiné-Bissau?

Ora e segundo os golpistas, que parecem estar a verem confirmado pela CEDEAO a legitimidade do acto, com a imposição de um chefe de Estado interino, que foi o primeiro dos menos votados a ficar fora da lista dos dois candidatos à 2ª volta, mesmo que sem o acordo do principal partido com assento na Assembleia Nacional, não foi porque a Missang poderia ser uma força de contenção aos contínuos desvarios e à manutenção do ainda sistema de guerrilha que grande parte das forças castrenses Bissau-guineenses ainda sofre, que houve o Golpe?

Então?...

A não ser que os comandos militares da Guiné-Bissau, recordando a exemplar saga que levou os senegaleses e guineenses (de Conakri) a saírem do país com ele entre as pernas, pensem que os nigerianos serão iguais.

Se pensam, então talvez seja melhor procurarem já algumas zonas de repouso e onde possam passar despercebidos.

É que os nigerianos não vão para lá em turismo…

11 maio 2012

A vantagem das eleições...


O presidente José Eduardo dos Santos inaugurou um centro escolar e três hospitais municipais (Cacuaco, Viana e Cazenga, Luanda) e o Executivo por ele liderado coloca mais um em andamento (na Barra do Kwanza, ao sul de Luanda).

Nada como haver eleições para certas matérias serem televisionadas para a Nação. Pena é não haver muito mais disto fora das eleições, como mais escolas (para a TPA não mostrar uma de pau-a-pique – diria mais, de paliçada – no Cunene), mais habitações, como a inicialmente previstas – neste trimestre só foram erguidas 7 lotes de habitações sociais –, mais e melhor energia – ao fim de 10 anos de progresso social já não desculpas –, como também não há desculpas para ainda não haver melhor distribuição de água nas grandes cidades e melhor saneamento básico.

Mas como continuo a acreditar nos Homens espero que ainda venham a cumprir com os desejos do Povo e as melhorias previstas para as barragens de Cambambe, Matala e uma terceira que não me recordo, venham providenciar, e de vez, melhor energia para todos e que a distribuição de água, nomeadamente em Luanda, não continue a ser uma miragem!

Talvez que o aumento, hoje anunciado, de 10% para os funcionários públicos ajude a expurgar, um pouco, o pouco incentivo que estes mostram ter em certas actividades primárias nacionais…

Angola: Um "Instrumentality power" em crise de crescimento

(publicado no semanário Novo Jornal, ed. 225, de hoje, pág. 23)

Pode ler o texto na íntegra em: http://www.elcalmeida.net/content/view/884/46/

05 maio 2012

Eleições na Europa comunitária…


(qual será, amanhã, o balão que estoirará?...)

Amanhã vai ser dia “D” para dois Estados da União Europeia.

Vão ocorrer a segunda volta das presidenciais francesas entre o candidato a suceder a si próprio, o senhor Sarkozy, conservador ou lá o que ele se auto-intitula, e o socialista Hollande.

Vai ser uma disputa entre os situacionismo vigente e liderado pela senhora Merkel, da Alemanha, com o beneplácito do novo “petit Napoléon” e o, parece, “utópico crescimento” de Hollande – esta de prometer empregos aos milhares já me parece ser sina dos socialistas; a primeira vez que o ouvi foi com o português Sócrates!

A segunda eleição, e talvez a mais importante para o futuro da União Europeia e do euro, acontecerá com as legislativas da Grécia.

À partida tudo conjuga que os dois partidos do sistema, que subscreveram o memorando com o grupo UE/BCE/FMI – vulgo troika (à falta de melhor foram buscar uma palavra eslava) –, não conseguirão, qualquer um deles, obter a maioria absoluta para governar; a que se junta o facto do PASOK, socialistas, já ter afirmado – nem tudo o que se diz hoje é verdadeiro amanhã – que não irá governar com a Nova Democracia, conservadora.

Acresce que partidos anti-europeus (ou anti-federalistas, talvez seja mais correcto) da extrema-direita, neo-nazi, e da extrema-esquerda, estão a ver as suas bases, pelo menos a fazer fé nas sondagens ocorridas antes do início da campanha eleitoral – são proibidas durante –, a subir exponencialmente e a colocar em perigo vários aspectos das relações helénico-europeias.

Desde logo se a Grécia sair do Euro ou, mesmo, da União Europeia quais serão as consequências para certas relações financeiras com os seus dois habituais aliados?

Quer a França, quer, e principalmente, a Alemanha têm bancos afundados na Grécia até aos colarinhos.

Uma saída da Grécia do esquema europeu e alguns dos principais bancos franco-germânicos teriam de ser apoiados pelos seus Governos sob pena de se afundarem de vez com as inevitáveis consequências.

E, por arrastamento, toda a economia europeia ficaria em bolandas…

04 maio 2012

A tolerância zero em África?


Devido à questão do Golpe na Guiné-Bissau e a intolerância dos golpistas em aceitarem devolver o poder à classe política eleita (ou deficientemente eleita) por voto popular, leva – levou – a CEDEAO/ECOWAS a um desafio primordial: fazer equivaler o nível das suas decisões “à proclamada tolerância zero” perante situações de alteração da ordem constitucional por via da força.

Na realidade a CEDEAO limita-se a ser um mero reflexo do que se passa com a União Africana (UA).

Onde está a tolerância zero tão apregoada pela UA quando se verifica que o Mali continua sob poder dos golpistas e da secessão do país pelos tuaregues?

Onde está a UA que continua a ver, impávida e serena, o desmembramento da Somália?

O que fez – faz – a UA com a crise do Norte de África, nomeadamente no Egipto, ou na crise sudanesa?

Os africanos começam a estarem fartos de tanta “(in)tolerância zero” mal desbaratada!

03 maio 2012

Somewhere in Africa ... quem agrada e desagrada...



(A coroa e... a corda)

O Instituto Gallup pôs 34 Estados subsaharianos alvo de um inquérito quanto à aprovação da liderança nesses Estados, em 2011.

No estudo publicado no passado dia 25 de Abril, de realçar que o presidente deposto do Mali, Amadou Touré, há 11 anos no poder, mantém uma quota de simpatia bem superior à desaprovação.

Note-se que os oito líderes mais “aprovados” têm todos uma percentagem acima dos 80 pontos e uma rejeição entre os 10% (Pierre Nkurunziza, do Burundi) e os 19% (Ian Khama, do Botswana).

Na lista estão somente dois Estados Lusófonos: Moçambique e… Angola.
Armando Guebuza é o 14º presidente com maior aprovação (68%) contra 31% que quer vê-lo pelas costas.

Já José Eduardo dos Santos consegue… fechar a lista! Segundo o Gallup só alcança 16% de apoio, contra 78% que manifestam desaprovação.

Robert Mugabe, do Zimbabué, há 24 anos no poder, apesar de ter todos contra – pelo menos a comunidade internacional –, não está no último lugar (é 32º) e consegue obter 36% de aprovação contra a oposição de 62% de detratores.

Entre Mugabe e dos Santos está o já “dispensado” Abdoulaye Wade, do Senegal, que só obtinha 30% de aprovação; 70% queriam, como conseguiram, vê-lo fora do poder.

Um facto é realçado pelo Instituto Gallup, o tempo de permanência no poder não influiu na classificação.

Comentário: perante os dados aqui descritos – e que podem ser verificados, na íntegra acedendo ao portal do Gallup – verifica-se que algo não coincide com a propaganda vigente.

Como é que JES apresenta um índice de tal modo baixo quando os seus apoiantes e uma certa comunicação social e alguns dirigentes, ditos credíveis, internacionais afirmam que é a melhor aposta para Angola.

Por outro lado, as sondagens virtuais que se fazem mostram que Eduardo dos Santos será inabalavelmente o candidato maior para se suceder a si próprio.

Perante estes factos, das duas, uma: ou o Instituto Gallup fez mal a sondagem ou… claramente fez mal a sondagem!

É! Pois…

No Dia Internacional da Liberdade de Imprensa





Assim vamos e continuamos a comemorar a Liberdade de Imprensa que, assuma-se e clame-se, não existe na grande totalidade dos Países.

Sejamos honestos! Nem nos países mais livres essa Liberdade existe, há sempre qualquer coisa que impede que certas verdades sejam escamoteadas e certas liberdades postas em causa devido aos superiores interesses de Estado.

Se isto é assim, nos chamados países mais livres, onde a imprensa pode derrubar presidentes e líderes governamentais, como esperam que países, um deles bem próximo de mim, onde só há um jornal diário e oficial, duas empresas de televisão – ambas detidas pelo poder ou por pessoas próximas do poder – e quatro rádios, sendo um oficial, com várias extensões a nível do pais, outra religiosa e uma terceira partidária, mas que só podem emitir na capital e em zona restrita, e a quarta afecta a pessoas próximas do poder e com emissão na capital e numa outra grande cidade do país.

Todavia não podemos esquecer que ainda existem no País alguns semanários que com maior ou menor dificuldade vão sobrevivendo com alguma liberdade, apesar de, na sua grande maioria, ter o seu capital detido por pessoas próximas do poder e do maioritário.

Só que, e isso tenho de reconhecer, alguns deles dão-nos matérias que, de certo, não serão do agrado de quem investiu nas empresas que suportam esses semanários e, apesar da responsabilidade dos artigos de opinião serem de quem escreve, devemos reconhecer que, por vezes, os directores e editores também acabam penalizados.

Todavia, ou talvez por isso, já vi textos meus serem impedidos de publicação por ter linguagem que não agradava ou à administração, ou ao director e, naturalmente, a quem manda. Mas, não deixa de ser surpreendente que também saiba que há que esteja próximo do poder e não deseje que os meus textos sejam impedidos de ver a estampa. Talvez achem, desejem e esperem que quem se estampe seja eu. Naturalmente…

Até lá, vamos esperar que um dia, haja mesmo um verdadeiro Dia de Liberdade de Imprensa.

Porque também só haverá uma efectiva Liberdade de Imprensa quando todos estiverem cientes que a Liberdade de cada um acaba quando começa a Liberdade do outro!

02 maio 2012

Obama e Bin Laden…


(imagem da Internet)

Hoje, há momento, ouvi na RTP o senhor Obama a dizer – ou terá dito – no Afeganistão que conseguiram levar Bin Laden à Justiça; mas então ele não foi morto há cerca de um ano e teria sido “enterrado” no alto mar, cumprindo os preceitos islâmicos?

Em que ficamos?

01 maio 2012

Um 1º Maio diferente...


(imagem de email ximunada de outro sentido)


Eis o que acontece num diferente 1º de Maio, em Portugal, quando se vai a uma grande superfície de consumo; desde que se entra até ao sair...