Estão a decorrer os 35
anos a relações sino-angolanas que têm pautado, essencialmente, mais pelo
predomínio das relações económicas e financeiras, que políticas.
E isso foi visível num recente
artigo de opinião, no Jornal de Angola, do embaixador chinês, em Angola, senhor
Cui Aimin,, quando relevou os empréstimos
que a República Popular da Chin já fez a Angola, principalmente depois de 2002,
com o fim da guerra-civil entre com a UNITA e que ,ascendem a cerca de 60 mil
milhões (ou biliões na versão norte-americana) de US Dólares (ou cerca de 50
mil milhões de €uros).
Sabendo-se que estes
empréstimos estão caucionados pelos fornecimentos de petróleo e que este está a
preços pouco satisfatórios para que o País possa cumprir na resolução desta
dívida a curto-médio prazo, ó podemos inferir que os chineses não foram nada
simpáticos nesse contrato leonino que fizeram connosco. Erro nosso na percepção
de custos do crude, uma providencial visão capitalista chinesa? A dívida está
cá e é colocada em causa pelos economistas.
O certo é que da visita
que a visita do ministro dos Negócios
Estrangeiros da China, Wang Yi, a Luanda ocorrida entre 13 e 14 de Janeiro
passado, esperava-se que, a mesma, tivesse trazido melhores condições de
cumprimento ou reformulação da dívida, como Aimin sublinha, do “segundo maior
parceiro comercial, o maior fornecedor dos petróleos da China em África, um dos
maiores mercados ultramarinos de obras empreitadas".
Nada transpirou
que isso o indique, excepto, talvez a assinatura de um acordo para facilitação
de vistos em passaportes ordinários ou a continuidade do financiamentos
chineses a Angola, como atestou o nosso
Ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, ainda que este tenha
sublinhado que teria sido decidido que equipas técnicas do dois países iriam
“trabalhar no âmbito da preparação da segunda sessão da comissão orientadora de
cooperação económica e comercial” entre os dois países; ou seja, fortalecer o
mecanismo que coordena e supervisiona a cooperação económica bilateral, com
todos os aspectos/critérios económico-diplomáticos que isso possa envolver. (continuar a ler aqui)
Publicado no Novo Jornal, edição 519, de 2 Fevereiro 2018,
página 17
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