Ainda
sobre o #RussiaCoup do passado dia 23 de Junho e o que se seguiu depois…
Quando
o suposto “Coup d’ État” terminou com intervenção mediadora – estranho, não? – de
um líder que é aceite, mais que objecto de um eventual respeito, no caso, o
presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko e com o qual Evegueni Prigozhin afirmava
que parava a sua “caminhada” que visava para pôr em “descanso” o Ministro da
Defesa e alguns “incompetentes generais”, questionei-me sobre a realidade deste
mediação e da pronta aceitação de Prigozhin, até porque se as Forças russas –
excepto uma parte aérea ou supostamente helis militares russos, que deveriam
ser mas das forças da FSB (Serviço de Segurança Federal da
Federação Russa) e o SVR (Serviço de Inteligência Estrangeira), sucessoras da
antiga KGB.
Logo
no momento – ver minhas histórias no Instagram e Facebook – perguntei se a ida
de para a Bielorrússia (Belarus) não seria mais para controlar o presidente Lukashenko
– os russos só o apoiam para não perder a Bielorrússia – do que um “asilo dourado”
para o líder do Grupo Wagner".
Ora,
e de acordo com as afirmações, de ontem, de um Putin – que parecia querer dizer
aos seus compatriotas que é o líder da Nação que sempre foi (e que parece não
ser) e que continuará a ser –, parece que uma das 3 opções para os mercenários
do Wagner Group é poderem ir para Bielorrússia para ao pé de um líder que lhe
tentou fazer um Golpe. Estranho, não?
Ainda
mais, quando o MIREX russo, Sergey Lavrov, afirmou, ontem, que o grupo vai se
manter no Mali e na e na
República Centro-Africana (RCA) – como já estiveram em Moçambique (Cabo Delgado), e também estão no
Burkina Faso, Chade ou no norte da RDC – (se as outras duas opções eram ir para casa ou integrar as forças de
Defesa Russas – novo facto estranho, porque aí todo o Mundo, incluindo chineses,
poderiam afirmar que Moscovo estava a intervir nos assuntos internos de outros
países, e, no caso, em África; e Putin, bem como Lavrov, sempre se mostraram
inteligentes no que tange a política externa russa…
Na
realidade, a ida dos mercenários do grupo Wagner para Minsk, não será mais para
controlar as hipotéticas armas nucleares táticas que os russos desejam colocar
em território bielorrusso (se forem para lá)?
Não
esqueçamos que Prigozhin deve ser, quer a nível russo, quer a nível mundial, a
personalidade quem mais e melhor conhece Putin (e os seus propalados sósias). E
que, certamente, se algum “suicídio” vier ocorrer muita coisa sairá para o
mundo virtual e comunicacional. E Putin, conhecendo-o, porque era o único que
sempre pôde circular e alimentar
Prigozhin foi o principal fornecedor de catering – e era ele quem
parecia ser o único que servia os pratos de Putin – no Kremlin e em eventos com
individualidades estrangeiras.
A
culpa costuma ser sempre do mordomo e da mulher, mas nunca, ou muito raramente,
do cozinheiro…
Nem
mesmo quando o “cozinheiro” e os “seus chefs e ajudantes de cozinha” eram dos
principais operacionais, e desde 2014 quando o Grupo Wagner apareceu como tal, que
melhor combatiam na Ucrânia…
Uma
sucessão de factos estranhos…
Creio
que Solnado ou Charlot não teriam conseguido elaborar um guião tão
interessantemente "cómico" como este...
Sem comentários:
Enviar um comentário