"Na VII reunião
ministerial da ZOPACAS (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul), realizada
em Montevidéu, no início deste ano, o ministro das relações exteriores do
Brasil, Aguiar Patriota, afirmava que o “Atlântico
Sul constitui uma ponte entre continentes irmãos” e que a importância desta
parte do globo “tem-se evidenciado no
cenário global na mesma proporção em que se projecta e com impulso cada vez
maior” tanto, como ressalva Patriota tanto pelo “desenvolvimento económico”, seja pela descoberta de “enormes reservas minerais e petrolíferos”
como pela existência de elevados “recursos
de biodiversidade”.
E por isso, Patriota,
sublinhava que, apesar do sistema internacional estar a olhar com mais atenção
para o Índico e Pacífico, é no Atlântico Sul que poderão estar as próximas
grandes decisões.
Ora vem isto a colação
pelo facto do actual ministro da defesa português, Aguiar-Branco, ter anunciado,
durante uma visita a Pemba, Moçambique, onde Portugal tem a sua base na luta
contra a pirataria marítima na Somália e nos mares adjacentes – a pirataria já
se estendeu, embora com pouca relevância, aos mares mais a sul – que os
portugueses estão dispostos a ajudar São Tomé e Príncipe (STP) na luta contra a
pirataria que se começa a sentir com maior intensidade no Golfo da Guiné.
Isto acontece porque
STP face ao crescendo da pirataria recentemente enviou um pedido de ajuda aos
parceiros internacionais no sentido de auxiliar o arquipélago, a enfrentar a
ameaça da pirataria crescente na zona do Golfo da Guiné bem como outros marítimos,
que propendem a questionar a segurança do país. Um dos primeiros a avançar foi
o estado português que através dos dois ministros da defesa Aguiar-Branco e
Óscar de Sousa, assinou um acordo de cooperação que envolve as forças armadas
portuguesas, na vigilância e fiscalização da zona económica exclusiva
santomense.
Já em Abril passado o general da força aérea, Luís Araújo, CEMGFA
portuguesas, num colóquio sobre a pirataria no Golfo da Guiné, realizado em São
Tomé, alertava para o incremento que esta actividade vinha registando em grande
medida devido ao contrabando de combustíveis, principalmente com início no
delta do Níger. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no semanário angolano Novo Jornal, ed. 284, 1º caderno, página 21.
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