"Nos últimos anos, a cena internacional tem estado a
ser varrida, literalmente, por revoltas, manifestações mais ou menos
espontâneas e mais ou menos virulentas, trocas de regimes e, de certa forma, de
sistemas político-económicos.
Foram as revoltas árabes e islamitas no cinturão
asiático e norte africano, primeiro com a deposição de gerôncios autocratas (da
Tunísia ao Egipto) e, mais tarde, com a depreciação da esperança nas mexidas
políticas registadas e que se estendem à Síria e à Turquia, reforçada,
recentemente, no Egipto, com manifesta repercussão nos Estados vizinhos.
É um recrudescer da importância política e económica
do Crescente Verde! Política, económica e religiosa, não esquecendo, neste caso
o problema que opõe islamitas radicais a islamitas moderados e a cristãos
coptas.
Se as manifestações e revoltas árabes e turcas são
importantes e causam efeitos secundários, não menos importantes, nas relações
políticas e económicas com alguns dos seus parceiros, em particular, nos
mercados euro-asiáticos, também não menos importante foram as manifestações que
se registaram em Brasil, primeiro por ocasião da Taça das Confederações e,
agora, com a visita Papal. E que poderá se prolongar ao próximo Mundial de
Futebol e aos Jogos Olímpicos…
Manifestações que ultrapassam as meras
reivindicações meramente económicas, principalmente, ou políticas. São
primordialmente reivindicações sociais por melhores condições económicas e
transparência política.
Para os brasileiros mais
que gastar-se dinheiro que faz falta à educação, à saúde, ao saneamento básico
– e não é só os brasileiros que se podem queixar destes fenómenos irregulares,
basta olharmos um pouco mais perto – há que saber como gastar e onde gastar. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, ed. 288, de 26/Jul./2013, "Primeiro Caderno", pág.21.
Sem comentários:
Enviar um comentário