26 julho 2013

Do Crescente Verde à esperança Papal

"Nos últimos anos, a cena internacional tem estado a ser varrida, literalmente, por revoltas, manifestações mais ou menos espontâneas e mais ou menos virulentas, trocas de regimes e, de certa forma, de sistemas político-económicos.

Foram as revoltas árabes e islamitas no cinturão asiático e norte africano, primeiro com a deposição de gerôncios autocratas (da Tunísia ao Egipto) e, mais tarde, com a depreciação da esperança nas mexidas políticas registadas e que se estendem à Síria e à Turquia, reforçada, recentemente, no Egipto, com manifesta repercussão nos Estados vizinhos.

É um recrudescer da importância política e económica do Crescente Verde! Política, económica e religiosa, não esquecendo, neste caso o problema que opõe islamitas radicais a islamitas moderados e a cristãos coptas.

Se as manifestações e revoltas árabes e turcas são importantes e causam efeitos secundários, não menos importantes, nas relações políticas e económicas com alguns dos seus parceiros, em particular, nos mercados euro-asiáticos, também não menos importante foram as manifestações que se registaram em Brasil, primeiro por ocasião da Taça das Confederações e, agora, com a visita Papal. E que poderá se prolongar ao próximo Mundial de Futebol e aos Jogos Olímpicos…

Manifestações que ultrapassam as meras reivindicações meramente económicas, principalmente, ou políticas. São primordialmente reivindicações sociais por melhores condições económicas e transparência política.


Para os brasileiros mais que gastar-se dinheiro que faz falta à educação, à saúde, ao saneamento básico – e não é só os brasileiros que se podem queixar destes fenómenos irregulares, basta olharmos um pouco mais perto – há que saber como gastar e onde gastar. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)


Publicado no semanário Novo Jornal, ed. 288, de 26/Jul./2013, "Primeiro Caderno", pág.21.

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