06 julho 2013

Caso Snowden!...

(a partir de imagens da Internet)
Suponhamos que seguia a linha da “teoria da conspiração”, por exemplo na linha do antigo agente da CIA, chefe da ITAC (Intelligent Threat Analysis Center) da NATO, e, igualmente, antigo Major-general do exército do Tio Sam, Oswald Le Winter - ah! é psicanalista – ou de Richard Moore, e considerava que esta situação, mais que absurda do analista da CIA,  Edward Joseph Snowden, temporizado no “Caso Snowden” devido às eventuais denúncias feitas por aquele agente, segundo uns, e analista, segundo ele – em qualquer dos casos um simples administrador de sistemas –, durante um período temporário na National Security Agence (NSA) e que terá divulgado documentos fundamentais para a segurança norte-americana como um "certo programa de vigilância PRISM", era um caso de polícia e não espionagem.

Ora nesse programa, em informações prestadas a dois órgãos de informação ocidental, por Snowden, os EUA estariam a vigiar, espionar, observar, espreitar – em suma, espiar – não só os seus adversários, como os seus habituais aliados, como, também, toda a gente, mesmo que individual, o indivíduo (o que no caso dos americanos põe em causa as suas liberdades individuais).

Não sejamos utópicos, todos espiam todos e sempre foi assim. Agora até as nossas autoridades, segundo um porta-vez da polícia Nacional vai querer “camarizar” todo o mundo.

Portanto, não seria nada de mais que os EUA, como a França, de acordo com uma recente acusação do jornal francês Le Monde, ou o Reino Unido – a Nação que mais câmaras de vídeo para “camarizar”, tem espalhado pelas suas principais cidades – que andassem a espiar “por dá cá aquela palha”!

Como também isso é perfeitamente natural que esteja a ser feito pelos serviços de inteligência da Federação Russa, da China - esta está farta de ser acusada de espionar as actividades cibernéticas dos seus adversários políticos e dos seus clientes e fornecedores comerciais e industriais – como também estarão todos os movimentos de talibãs e islamitas por parte dos serviços de inteligência paquistanês, ISI.

E que trás isso à actual situação de Snowden? Que vantagens ou desvantagens?

Nada, a não ser que se de facto houvesse interesse dos EUA em “apanhar2 o seu antigo analista-espião (será?) por certo já teria conseguido esse desiderato.

Tal como se fosse tão “interessante” já Putin, antigo director da KGB – agora Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) – já teria deixado o analista-espião entrar no espaço territorial nacional e detido para “sacar” informações que os serviços de informação russos considerassem pertinentes. Então porque o mantém na zona de passagem? Quem paga as despesas que Snowden produz nessa zona?

Parece-me que, na realidade, Snowden é uma mistificação para ser colocada num qualquer país menos “interessante”, em teoria, para os EUA e espiá-los.

Conspiração? Talvez se lerem o livro de Le Winter, “Desmantelar a América - os ensaios de Lisboa”, de finais de 2001, poderão verificar que as conspirações no seio das gentes da inteligência norte-americana ultrapassam as mais mirabolantes e interessantes aventuras de espionagem de John Le Carré (estes anglo-saxónicos gostam muito do “Le”…).

E porque é que só os países emergentes latino-americanos estão dispostos a darem guarida ao citado espião-analista? Todos, não será bem assim, quem mais poderia querer obter dividendos da sua permanência em território nacional, Cuba, está muda e que, me recorde, nunca se pronunciou sobre este caso, excepto para dizer que autorizaria a sua passagem para um outro país.

Será que Snowden está mesmo fugido ou é areia para alguns olhos menos atentos? O que vale é que andam(os) todos a ler demasiados livros de Frederick Forsyth, Le Carré, Inring Wallace ou Ian Fleming. Pois, andam(os) a rever demasiado os iniciais filmes de 007…

E por isso, países tão nobres, livres, democráticos e senhores de si mesmo – desculpem se me enganei –, como Portugal, França, Espanha ou Itália (estranho, só países do sul da Europa) terão impedido que a aeronave do presidente boliviano cruzasse os seus espaços aéreos, ou fizessem escala, sob a acusação de que Snowden iria a bordo e por esse facto teriam de, ou vasculhar o avião – como terá dito Espanha – ou de negar a passagem – como foi com os restantes.

Alguém de seu perfeito juízo acredita que estes países iriam se subordinar às ordens viperinas dos EUA e “mandar às urtigas” todas as Convenções internacionais? É possível que sim, mas…

Mas porque não fazem isso com alguns Chefes de Estado africanos, por exemplo, que estão sob a alçada do TPI e os deixam circular, livremente, nos seus espaços aéreos?


Que tem a mais o senhor Snowden? Ou, o que haverá, realmente, mais que, de facto, nós desconheçamos?

Este texto foi transcrito pelo portal do jornal Pravda.ru sob o título "E se Snowden fosse espião dos EUA?" (http://port.pravda.ru/news/mundo/08-07-2013/34893-snowden_espiao-0/)

Sem comentários: