Só que ainda não foi desta vez que os novos
governantes saíram de umas eleições autárquicas, já há muito prometidas
constitucionalmente, mas que persistem em se manterem inertes nas esconsas
gavetas do poder legislativo.
Ainda assim, e como recordava na sua página social
de Facebook, o jornalista Reginaldo Silva, desta vez o poder parece não ter
transitado, directamente, do comité central do MPLA para a Mutamba; ou, mais
concretamente, o novo governador provincial já não tem de ser, também, o primeiro-secretário
do partido.
Parece que se fechou o forno lento usado para
destruir algumas carreiras…
Todavia, as primeiras representações que foram
emitidas do novo Executivo não passaram pelo novo governador provincial, o
senhor Graciano Francisco Domingos – até agora
vice-governador provincial de Luanda, para área administrativa –, mas da
presença do senhor Presidente da República, engº José Eduardo dos Santos, a
presidir ao executivo do Governo Provincial de Luanda, e das medidas que
apresentou.
Uma das medidas, que se esperam
sejam uma transição para um modela nas – esperadas – futuras eleições
autárquicas, passa pela dar uma maior capacidade administrativa – como recorda
David Filipe, na última edição do Novo Jornal, a partir de 2015 terão “um
estatuto equivalente a governadores provinciais” o que não me parece curial e
poderá colidir com as naturais competências governativas do GPL –; outra das
medidas visa a maior fluidez do tráfico urbano com a criação de um metro de
superfície, em toda a província, bem como a implantação de novos eixos viários
na zona da Corimba.
Tudo visando melhorar a mobilidade
dos cidadãos luandenses.
Só que é difícil fazer alterações
sustentáveis numa cidade cuja raiz ainda assenta num plano de ordenamento
colonial.
Publicado no semanário
Novo Jornal, edição 349, de 3 de Outubro de 2014, pág. 22 do 1º Caderno!