"Inicialmente, o tema que
esta semana iria abordar era outro, mais concretamente, sobre a liberdade de
circulação dentro dos Estados lusófonos da CPLP.
Mas, ao contrário do que
se costuma dizer, o Homem pensa, e executa, desta vez, o cronista pensou – e
penso, que pensava bem – mas algo mais alto, não me deixa executar. Pelo menos
por agora.
Outros factores, agora
mais importantes, tornaram-se mais relevantes.
Desde que o Homem começou
a falar, que ao despedir-se, usava sempre uma expressão que desejava algo de
bom para os dias vindouros para si e para o despedido.
A partir de uma certa
altura, com o advento da religião, em particular, no caso dos que professam o
monoteísmo, a frase de despedida passou a ser «Vá com Deus» ou agregar a «Se
Deus quiser»; e, por vezes, as respostas eram «Oxalá» ou «Assim Deus o
queira».
Com maior ou menor
certezas léxicas, com maior ou menor corruptela, as frases seriam e eram assim.
E assim tem sido até aos dias de hoje.
Tem sido, de facto – pelo
menos na língua portuguesa eu é que nos entendemos – estas as expressões.
Tem
sido…
Só que, tal como nas
indústrias, nas tecnologias, também as expressões linguísticas evoluem.
E hoje, já não devemos
dizer «Se Deus quiser», mas outras e
bem sombrias expressões: «Se Trump e Kim
Jong-un quiserem» ou, mais recentemente, «Se Trump e Putin quiserem»!
No primeiro caso, era a
eventual possibilidade de os dois líderes decidirem optar pela via da guerra,
para ver quem tinha o botão maior – leia-se, por outras palavras, quem perdia o
juízo primeiro.
No segundo caso, o mais
recente, deve-se à senil ideia do senhor Trump que pensa poder bombardear a
Síria para castigar Bashar Hafez al-Assad, devido a um eventual ataque, que as
forças militares deste líder sírio, teriam efectuado com armas químicas sobre o
seu Povo.
Compreende-se que, caso
se confirmem as suposições – mas com leituras claras e independentes – que os
prevaricadores sejam criminal e duramente castigados. No seria o primeiro caso.
Mas os outros não foram sujeitos a ataques militares, mesmo que cirúrgicos para
isso. Foram apanhados e julgados e Tribunais Superiores, alguns internacionais,
criados para estes casos de extermínio ou massacres.(...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no Vivências Press News, em 13.Abril.2018
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