20 abril 2018

E antes era… Se Deus quiser!... - artigo

"Inicialmente, o tema que esta semana iria abordar era outro, mais concretamente, sobre a liberdade de circulação dentro dos Estados lusófonos da CPLP.

Mas, ao contrário do que se costuma dizer, o Homem pensa, e executa, desta vez, o cronista pensou – e penso, que pensava bem – mas algo mais alto, não me deixa executar. Pelo menos por agora.

Outros factores, agora mais importantes, tornaram-se mais relevantes.

Desde que o Homem começou a falar, que ao despedir-se, usava sempre uma expressão que desejava algo de bom para os dias vindouros para si e para o despedido.

A partir de uma certa altura, com o advento da religião, em particular, no caso dos que professam o monoteísmo, a frase de despedida passou a ser «Vá com Deus» ou agregar a «Se Deus quiser»; e, por vezes, as respostas eram «Oxalá» ou «Assim Deus o queira».

Com maior ou menor certezas léxicas, com maior ou menor corruptela, as frases seriam e eram assim. E assim tem sido até aos dias de hoje.

Tem sido, de facto – pelo menos na língua portuguesa eu é que nos entendemos – estas as expressões. 

Tem sido…

Só que, tal como nas indústrias, nas tecnologias, também as expressões linguísticas evoluem.

E hoje, já não devemos dizer «Se Deus quiser», mas outras e bem sombrias expressões: «Se Trump e Kim Jong-un quiserem» ou, mais recentemente, «Se Trump e Putin quiserem»!

No primeiro caso, era a eventual possibilidade de os dois líderes decidirem optar pela via da guerra, para ver quem tinha o botão maior – leia-se, por outras palavras, quem perdia o juízo primeiro.

No segundo caso, o mais recente, deve-se à senil ideia do senhor Trump que pensa poder bombardear a Síria para castigar Bashar Hafez al-Assad, devido a um eventual ataque, que as forças militares deste líder sírio, teriam efectuado com armas químicas sobre o seu Povo.

Compreende-se que, caso se confirmem as suposições – mas com leituras claras e independentes – que os prevaricadores sejam criminal e duramente castigados. No seria o primeiro caso. Mas os outros não foram sujeitos a ataques militares, mesmo que cirúrgicos para isso. Foram apanhados e julgados e Tribunais Superiores, alguns internacionais, criados para estes casos de extermínio ou massacres.(...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no Vivências Press News, em 13.Abril.2018

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