26 maio 2004

Entrevista de Mugabe à Sky News

Com a devida vénia reproduzo parte da entrevista de Mugabe à Sky News e citada no Jornal de Angola Online de 26.Maio.2004.
Com a mesma vénia, também não faço comentários... são desnecessários!!!!!!!!

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MUGABE

O Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, deu, inesperadamente, uma entrevista à televisão britânica “Sky News”, nela referindo que “a situação zimbabweana é muito exagerada no exterior” e salientou que “a economia do país está a crescer”, referindo, ainda, que os problemas que existem “constituem a herança do colonialismo britânico”. Na entrevista, a primeira dos últimos quatro anos a um órgão de comunicação social da Grã Bretanha, Mugabe aludiu à difícil relação com a antiga potência colonial, dizendo que “o Zimbabwe pretendia discutir, mas essa vontade foi travada pelo governo de Tony Blair”. “Pedimos - acrescentou - uma discussão larga sobre as questões que estavam em debate, quisemos dialogar, mas não tivemos resposta. Nós somos inferiores e o primeiro-ministro (Tony Blair) é um super-homem e ele não quis descer ao nosso nível...” Mugabe evidenciou abertura para qualquer tipo de negociação, dizendo que “o Zimbabwe está pronto para isso”, e que “já o disse vezes sem conta”. Apesar da abertura, o Presidente do Zimbabwe voltou a criticar duramente o primeiro-ministro britânico, referindo que Tony Blair “trata o Zimbabwe como se fosse, ainda, uma colónia britânica”, para depois salientar que “o mundo pode verificar as coisas que ele (Blair) faz”, referindo-se ao mundo como uma coisa hoje “muito turbulenta”. De passagem, Mugabe criticou, também, o Presidente dos Estados Unidos, aludindo à forma como George W. Bush tornou o mundo mais complexo com a invasão do Iraque. Robert Mugabe também não foi meigo com o bispo Desmond Tutu, ao qual se referiu como “um diabólico pequeno bispo”, assim reagindo a uma acusação antiga do Prémio Nobel sul-africano que, a propósito de Mugabe disse “tratar-se da caricatura de um antigo ditador africano”. Sobre o futuro, Mugabe, de 80 anos, disse que “ficará na Presidência da República enquanto o povo quiser que ele fique”, mas deu a entender que não voltará a candidatar-se, pretendendo, depois, “descansar e escrever
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