Ora
é isso que as relações angola-Brasil estão cultivando, aliado ao facto do
parceiro da margem esquerda ser uma das maiores potências económicas da actualidade,
tendo já deixado o epíteto de emergente para ser um efectivo símbolo da moderna
economia global.
Actualmente,
o Brasil é a 5ª ou 6ª economia mundial com um PIB que ultrapassa os 2,5 mil
milhões de dólares norte-americanos, só suplantado pela França (ou já talvez
não), Alemanha, Japão, EUA e China (sendo que esta ultrapassou os EUA no final
do último trimestre de 2012).
Note-se
que os vizinhos da direita, nomeadamente aqueles que se perfilam com as
potências regionais da SADC, estão em 29º, a África do Sul, e Angola, a 3ª
economia de África, atrás de África do Sul e da Nigéria – mas fora do G20 –,
como a economia mais emergente dos próximos 3 anos (segundo dados recentes, da
“Economist Intelligence”, em 2016, Angola deverá ultrapassar
a África do Sul como a potência económica de África).
Mas
para que isso aconteça é necessários que alguns factores sejam corrigidos,
nomeadamente, a redistribuição da renda nacional que continua a ser
periclitante ou mesmo, em alguns casos, nula, e uma administração política
geroncrata que necessita de ser alterada e modernizada visando o princípio da ética
republicana num Estado de Direito.
E
é aqui que as palavras de Lula da Silva se tornam factores de desenvolvimento
de integração política e económica regional visando tornar o Atlântico não num
meio de separação, um obstáculo, mas num veículo de união entre as duas
margens.
Um
grande Lago oceânico por onde se disseminou a cultura africana pelo continente
sul-americano. Cerca de 50% da população brasileira tem raízes em África; e
isso vê-se nos cultos religiosos de ascendência africana. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 265, (1.º Caderno), de hoje.
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