Tudo porque
Rui Machete, na habitual linha portuguesa de bem com Deus e com o Diabo, reconhecida
no tempo de Oliveira Salazar como “neutralidade
colaborante” achou por bem, evidenciando a necessidade de manter fora do
rectângulo português umas dezenas de milhares de emigrantes que se encontram em
Angola – nem para o que ainda estão em Portugal há “espaço sócio-económico”
quanto mais para os que possam regressar daí que Machete tenha dito que o fez em “defesa do interesse nacional, a protecção dos portugueses
que trabalham em Angola e da nossa economia” – falar no que não deveria ter feito; falou em
problemas de Justiça.
Não deveria
fazê-lo, não porque não e enquadre nas suas funções de relações exteriores,
enquanto tratadas a esse nível, mas porque o fez junto de um órgão informativo
comunicacional ultrapassando, claramente, as suas competências e entrando num
domínio que, mesmo conhecendo da matéria por razões profissionais e, por isso
mesmo, também elas restrictas, lhes estavam vedadas.
Nem por
razões diplomáticas um ministro de um Estado, enquanto não o faça pela via das
suas funções e intra-pares, pode ou deve entrar no domínio que não é o seu. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no portal Luso Monitor, em 10 de Outubro
de 2013
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