Por mais de uma vez, inclusive na minha Dissertação de
Doutoramento, alertei que Angola se queria ser uma potência efectiva
necessitava de ter uma boa e sustentada marinha para proteger não só as suas
costas como as suas linhas de abastecimento, em particular a zona do Golfo da
Guiné.
Mas comprar, a confirmar-se – o semanário Novo Jornal também
fala no assunto esta edição –, uma flotilha de navios obsoletos e prontos para
serem desmantelados, como um porta-aviões e quatro navios patrulha (de origem
espanhola sem ter um submarino de protecção, não lembra o diabo (a não ser que
compre ou peça emprestado um dos submersíveis portugueses…)
Acresce a esta compra a já propalada compra efectuada à
Rússia de tanques e aviões, também eles prontos, segundo consta, para irem para
abate.
Parece que virámos sucateiros!
E, complementarmente, o citado porta-aviões só costumava
albergar aviões de descolagem vertical, tipo Harrier, de origem britânica. Que
se saiba não temos este tipo de aviões nem os que vêm da Rússia são deste tipo,
pelo que, das duas, uma, ou vamos virar agulhas para os britânicos e comprar
mais aviões e deste tipo ou o porta-aviões – dizem que é o desactivado “Príncipe
das Astúrias” – irá só operar com helicópteros.
Tudo isto enquanto se fala que as nossas forças estão
operacionalmente mal equipadas. Vozes da reacção por certo!
E, já agora, alguém sabe se os sul-africanos, melhor dotados económica e militarmente que nós, foram, por acaso, civilizadamente consultados?...
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