Esta é uma semana que
termina com dois itens político-militares onde utopia da ficção poderá se
sobrepor à realidade dos factos.
Em Luanda, na passada
terça-feira, na Cimeira da Dupla Troika
de Concertação, Defesa e Segurança da SADC, e, também, com a presença do
presidente Joseph Kabila, do Congo Democrático (RDC), do vice-primeiro ministro
da Tanzânia e do primeiro-ministro do Lesoto o Presidente João Lourenço pensa –
e disse-o – que, parece, agora haveria motivos para acreditar que a situação na
RDC está no bom caminha para um desfecho político e de segurança satisfatório
no que tange a uma normalização que levará à efectiva marcação das eleições
presidenciais para Dezembro.
Ainda assim, o presidente rotativo da OPDS (Órgão de Política de Defesa
e Segurança) da SADC, considerou haver preocupações com a situação de conflito
reinante naquele país que tem ceifado vidas inocentes, pelo que, considera
haver necessidade de ser feito um apelo aos “intervenientes directos no
processo de regularização do conflito na RDC que façam prova de sabedoria,
patriotismo e de máxima contenção nos momentos críticos”, até porque, como João
Lourenço recordou ainda persistem alguns “grupos
rebeldes, com destaque para a Aliança das Forças Democráticas (AFDL), continuam
a ceifar vidas de pacíficos cidadãos, entre elas mulheres e crianças,
inviabilizando o desenvolvimento económico e social do país”.
A esperança,
ainda que utópica, é um eterno apanágio dos nossos governantes…
Mas não
foi só a RDC que teve o condão de colocar João Lourenço no utópico galarim da
esperança. Também a situação no Lesoto, segundo o Presidente, caminha para uma
completa normalização, ainda que, o Governo do Lesoto tenha sido incentivado a
“implementar, com urgência, as recomendações da Comissão de Fiscalização
Alargada” e os “partidos políticos e partes interessantes” exortados a
asseverar uma real “seriedade necessária ao diálogo nacional e aos processos de
reforma, para permitir encontrar soluções duradouras para os desafios políticos
e no domínio da segurança do Lesoto”.
Se na África Austral a
esperança é “leitmotiv” para a esperança de bons resultados e harmonização na
estabilização política e social, na Ásia a noite trouxe no bico do pássaro
celestial uma melodia de esperança para a Paz na região e no Mundo: a reunião
entre os líderes coreanos do Norte, Kim Jong-un, e do Sul, Moon Jae-in, em Panmunjom, na zona
desmilitarizada que separa as duas Coreias.
A esperança começou no
longo aperto de mãos entre os dois líderes sob a laje que separa as duas
Coreias, e o discreto convite de Kim a Moon, aceite, para que este pisasse
território norte-coreano enquanto fotógrafos os chapavam. (...) continuar a ler aqui.
Publicado em 27 de Abril de 2018, no VivênciasPress News, na minha rubrica «Malambas da vida»
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