Cabo Verde foi a eleições legislativas no passado domingo e contra algumas esperadas expectativas o PAICV, de José Maria Neves, embora tenha diminuído o seu peso no Parlamento nacional – obteve 37 assentos, em 72 deputados, um pouco menos que na anterior legislatura – renovou a maioria absoluta com 51% dos votos expressos (cerca de 97.800 boletins).
O Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Carlos Veiga, não foi além dos 33 deputados – ganhou 3 deputados ao PAICV – e cerca de 80.230 votos (41,9%) e a cristã-democrata União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), embora tenha quase duplicado o número de eleitores (obteve 4,9% representando cerca de 9 mil 300 votos), ficou-se somente por dois eleitos.
Os restantes dois partidos concorrentes ao Parlamento ficaram-se por percentagens residuais a saber: o Partido do Trabalho e Solidariedade (PTS) obteve 1009 votos (0,5%) e o Partido Social-Democrata (PSD) 689 votos (0,4%).
De registar que a taxa de abstenção não foi além dos 24,5% o que mostra a elevada participação dos caboverdianos no país, dado que na diáspora esse valor foi significativamente , conforme as agências de informação faziam chegar aos ouvintes bem superior.
Agora virão as presidenciais e se fizermos fé nas análises de alguns analistas caboverdianos em que a figura de Carlos Veiga é mais forte que o seu partido, não seria de espantar que os caboverdianos, em mais uma prova da sua vitalidade cívica e democrata pudessem vir torná-lo no substituto de Pedro Pires como fiel da balança e da estabilidade entre o socialismo democrático do PAICV e o centralismo liberal do MpD.
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