O 11 de Abril de 2011, pode ter marcado não só o fim de um regime com a detenção do antigo presidente ivoirense Laurent Gbagbo pelas forças conjuntas franco-onusianas, como pode, ainda, potenciado a alteração de um rumo de uma determinada potência regional, no caso, Angola, como ter aliado a reafirmação de uma antiga potência colonial, a França, e de um novo estatuto das Nações Unidas. pela intervenção clara e inequívoca de forças da ONU num conflito.
É certo que, de acordo com as autoridades francesas, teriam sido as forças milicianas de Alessane Ouattara, declarado internacionalmente como vencedor das eleições de Novembro passado, a deter Gbagbo. Mas também é certo que isso só terá acontecido devido ao apoio aerotransportado das forças francesas num ataque promovido contra a residência presidencial onde estava acoitado o declarado vencido presidente após solicitação do secretário-geral das nações Unidas, Ban Ki-moon, para que fosse evitado um massacre das populações civis.
Mas se Gabgbo foi o derrotado e franceses e milicianos de Ouattara os grandes vencedores numa refrega onde o povo foi quem mais sofreu, é também certo que a estratégia de Angola, na região, saiu fortemente beliscada. Veremos como os parceiros da União Africana verão, no futuro, esta atitude angolana de persistir na manutenção de Gbagbo como presidente, apesar dos esforços da comunidade internacional no sentido contrário.
E as palavras da senhora Clinton, ontem, foram bem elucidativas quanto a um certo futuro…
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