05 julho 2012

Jornalistas “visitam” DNIC


Em tempos o Semanário Angolense (SA) pela pena de Jorge Eurico apresentou um texto onde questionava Isaias Samakuva, líder da UNITA, quanto à proveniência/destino de fundos destinados ao partido e que estariam em locais “pouco (re)conhecidos”.

Uma investigação de jornalista que se saúda e que, naturalmente, se espera esteja alicerçada em factos e fontes fidedignos.

Na altura, segundo o autor e o semanário, Samakuva terá sido questionado sobre a matéria e ter-lhe-ão dado a oportunidade de responder no imediato ao que, parece, terá declinado.

Um acto natural de quem nada deve e nada teme e sobre o qual se está, positivamente, nas tintas para os mujimbos.

Mas…

Mas, o certo, o certo, é que quase imediatamente após a publicação, Samakuva, no uso de um direito que se lhe assiste, como a todos os que sentem, decidiu colocar sob a alçada da Justiça tanto o jornalista Jorge Eurico como a direcção do SA.

Isto já foi há um tempo. Uns largos meses.

Quando tudo parecia já esquecido eis que se soube hoje que os jornalistas Jorge Eurico e Salas Neto, autor e editor do SA vão ter de se apresentarem amanhã no DNIC (Direcção Nacional de Investigação Criminal de Angola) para responder ao processo 415/012 que, tudo o indica, se prenderá com a queixa formalizada por Isaías Samakuva.

Como quem não deve, não teme, e como quem certezas tem, deve usar as provas, por certo que isto não passará mais do que uma certa proforma onde os respectivos advogados dirimirão as suas artes jurídicas.

O certo é que novos capítulos irão continuar nas próximas edições sem que as mesmas sejam reproduzidas em tempo útil antes das eleições!

Até lá vamos deixar a Justiça trabalhar e esperar que o timing surgido nada tenha a ver com as eleições que se aproximam. Setia muito mau que terceiros estivessem a aproveitar sob um facto jurídico em offside

Como amigo, só desejo que Jorge Eurico continue a mostrar a sua habitual independência político-partidária e faça uso das suas prorrogativas.

A Samakuva anseio que mostre que as fontes tomadas por credíveis por Eurico não eram tão certas assim e no caso de ter razão aceite um natural pedido de desculpas, naturalmente colocadas no referido semanário.

Até lá, repito, deixemos a Justiça trabalhar!

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