Em tempos o Semanário Angolense (SA)
pela pena de Jorge Eurico apresentou um texto onde questionava Isaias Samakuva,
líder da UNITA, quanto à proveniência/destino de fundos destinados ao partido e
que estariam em locais “pouco (re)conhecidos”.
Uma investigação de jornalista que se
saúda e que, naturalmente, se espera esteja alicerçada em factos e fontes
fidedignos.
Na altura, segundo o autor e o
semanário, Samakuva terá sido questionado sobre a matéria e ter-lhe-ão dado a
oportunidade de responder no imediato ao que, parece, terá declinado.
Um acto natural de quem nada deve e
nada teme e sobre o qual se está, positivamente, nas tintas para os mujimbos.
Mas…
Mas, o certo, o certo, é que quase
imediatamente após a publicação, Samakuva, no uso de um direito que se lhe
assiste, como a todos os que sentem, decidiu colocar sob a alçada da Justiça
tanto o jornalista Jorge Eurico como a direcção do SA.
Isto já foi há um tempo. Uns largos
meses.
Quando tudo parecia já esquecido eis
que se soube hoje que os jornalistas Jorge Eurico e Salas Neto, autor e editor
do SA vão ter de se apresentarem amanhã no DNIC (Direcção Nacional de
Investigação Criminal de Angola) para responder ao processo 415/012 que, tudo o indica, se prenderá com a queixa formalizada
por Isaías Samakuva.
Como quem não deve,
não teme, e como quem certezas tem, deve usar as provas, por certo que isto não
passará mais do que uma certa proforma onde os respectivos advogados dirimirão
as suas artes jurídicas.
O certo é que novos capítulos irão
continuar nas próximas edições sem que as mesmas sejam reproduzidas em tempo
útil antes das eleições!
Até lá vamos deixar a Justiça trabalhar
e esperar que o timing surgido nada
tenha a ver com as eleições que se aproximam. Setia muito mau que terceiros
estivessem a aproveitar sob um facto jurídico em offside…
Como amigo, só desejo que Jorge Eurico
continue a mostrar a sua habitual independência político-partidária e faça uso
das suas prorrogativas.
A Samakuva anseio que mostre que as fontes
tomadas por credíveis por Eurico não eram tão certas assim e no caso de ter
razão aceite um natural pedido de desculpas, naturalmente colocadas no referido
semanário.
Até lá, repito, deixemos a Justiça
trabalhar!
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