Em Angola, por causa das eleições legislativas e presidenciais (desculpem se me enganei) de 31 de Agosto próximo, o Bloco Democrático (BD) reclama sobre algo que mais partidos e coligações também reclamaram e que o Tribunal Constitucional (TC) não deu provimento – nem sei se, juridicamente, poderia fazê-lo – mas que o Governo e a CNE, a bem da transparência deveriam legislar sobre a matéria.
Recorde-se os pontos 6 e 7 de um
comunicado do BD sobre a matéria que mais tem sido questionada:
6. Diz que o FICRE (Ficheiro Informático
Central de Registo Eleitoral) contém todos os cidadãos eleitores
registados, quer em 2008, quer em 2012, quando
isso não é verdade
e ficou provado que não é assim
pois houve casos de pessoas que não
constam do FICRE mas têm CE válido.
7. Pedimos que em relação aos 2.502
subscritores fora do FICRE fosse feita uma aferição
através das fotocópias que nós juntamos ao processo, foi-nos recusado.
Como também não se
entende porque é que o TC não quis, segundo o comunicado do BD, fazer “uma extracção completa de todas as suas assinaturas” e procedesse à “sua classificação
por províncias (o que é perfeitamente
possível e fácil de fazer com os meios informáticos existentes)”.
Outras das reclamações
do BD prenderam-se com a recusa, nesta candidatura, ao contrário das eleições
de 2008, com a não recondução dos subscritores do círculo provincial para o
círculo nacional. De acordo com o BD, na recusa o TC disse não ter competência para
tal “quando em 2008, procedeu
precisamente assim”
Recorde-se, ainda, a reclamação ontem
feita por Filomeno Vieira Lopes, secretário-geral do BD quanto ao tempo de
reclamação concedido ao BD. Segundo FVL o TC só deu 36 horas para reclamar
quando o previsto e o estipulado seriam 48 horas. Parece-me que haveria aqui
uma base jurídica para impugnar o acórdão do TC. Mas…
Mas cabem aos políticos em exercício e
aos juristas preverem e analisarem essas eventuais deformidades tendo em conta
a paz e a calma que se exige para as eleições, as quais, e uma vez mais, quem
está no exterior a residir e elevar o nome de Angola não pode participar.
Finalmente Justino Pinto de Andrade, o presidente do DB, anunciou, na linha do já feito pelo Partido Popular que parece ter dado o seu apoio à UNITA, numa declaração hoje prestada à Rádio despertar, que vai apoiar todos os partidos da Oposição excepto os que andam a reboque e (de memória) os criados como apêndices...
Para bons entendedores...
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