06 outubro 2016

António Guterres o quase certo futuro nono Secretário-geral das Nações Unidas!



(de antigo Alto Comissário para os Refugiados a Secretágio-geral das Nações Unidas)

O Conselho de Segurança aprovou, hoje - 6 de Outubro de 2016 -, por aclamação a nomeação do Engº António Guterres para secretário-geral das nações Unidas para o quinquénio 2017-2021, conforme declaração que se transcreve "O Conselho de Segurança recomenda à Assembleia-Geral que o senhor António Guterres seja designado como secretário-geral das Nações Unidas, entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2021", afirma a recomendação do órgão decisório da ONU, aprovada por aclamação».

Saúde-se esta nomeação, mas não se embandeire em arco como se ela já esteja efectiva. Como a declaração reforça – sublinhe-se, e não estou a ser nem conspirativo nem, usando uma terminologia popular portuguesa, “Velho do Restelo”, reforça – o CS recomendou à Assembleia-geral que designe Guterres como Secretário-geral. Ora sabe-se que a Assembleia-geral das NU quando “trabalhada” sabe dar a volta às recomendações – leia- se “ordens” do teocrático e pouco democrático – Conselho de Segurança.

Em princípio, esta designação está quase assegurada, face ao consenso que a sua candidatura abrangeu – com particular destaque, para os países da CPLP (não me recordo de ter lido a posição oficial da Guiné-Equatorial) – bem como o modo como a candidatura extemporânea da búlgara e vice-presidente da Comissão Europeia Kristalina Georgieva foi criticada – realce-se, que já tinha sido verberada ainda antes da sua apresentação – a nível internacional.

Ainda assim, recorde-se que Georgieva foi uma lança remetida pela Alemanha, mais concretamente, pela Chanceler Angela Merkel, com o apoio da liderança da Comissão Europeia – que, face à presença de um candidato de um seu Estado-membro deveria ter, naturalmente, optado pela equidistância do acto eleitoral -, do fechadíssimo grupo Clube de Bilderberg, e, de certa forma, ainda que indirectamente sob a capa de quererem uma mulher – tal como o ainda Secretário-geral Ban Ki-moon (e dos seus apoiantes africanos a quem o ainda S-G afirmou que daria maior visibilidade nas alterações e recomposição da Instituição) – ou dos financeiros da Wall Street. E depois, também, do enxovalho que recebeu de Vladimir Putin quando este disse que Angela Dorothea Merkel queria impor uma nova candidata, como se veio a comprovar mostrou que Merkel pode, mandar na "sua" Europa, mas que na ONU “mandamos nós” (é o actual presidente em exercício do Conselho de Segurança)!...

Em teoria nada será e com a votação preliminar de ontem e a aclamação de hoje de aguardar de expectável. Todavia, não esqueçamos que a senhora Merkel vem perdendo muito apoio interno – as últimas eleições regionais resultaram em fortes quebras eleitorais – pelo que necessita de recuperar alguma da auréola que granjeou nestes últimos quase 12 anos de mandatos, além de que a candidata dos “últimos 100 metros da Maratona” ter já apresentado a sua desistência e felicitado.

Só que nada como trabalhar nos corredores para tentar provocar alguma reviravolta no sistema – a Alemanha apoia financeiramente alguns Estados africanos e latino-americanos que estão dependentes das ajudas externas para sobreviverem o seu depauperado e decrépito Orçamento anual – e não aprovarem a tal recomendação e exigirem, na linha do que o “neutro” Ban Ki-moon quase exigiu, que o Secretário-geral seja uma senhora, e neste caso, poderia muito bem ser ou a búlgara Irina Bokova, Directora-geral da UNESCO.

E a Alemanha que quer ser membro-permanente do Conselho de Segurança, tem aqui uma boa oportunidade para aquilatar da “força” da sua eventual candidatura a tal cargo, caso opte por intervir nos corredores do Palácio de Vidro de New York (que, por acaso – e só se recorda por acaso – se situa na antiga lixeira desta cosmopolita metrópole) para que Guterres não seja, efectivamente eleito e consiga reverter o apoio da AG noutra personalidade; e aqui, não esqueçamos, que a maioria dos 193 ou 195 membros da Nações Unidas valem muito mais que os 5 vetos dos “tiranos permanentes” do Conselho de Segurança como, por exemplo e o maior exemplo, a Resolução 1514 (XV), de 14 de Dezembro de 1960.
Mas enquanto isso, transmite-se os parabéns ao Engenheiro António Guterres (aqui descrito pelo seu biógrafo “oficial”), o previsível futuro nono Secretário-geral das Nações Unidas.

Saúde-se esta nomeação, mas não se embandeire em arco como se ela já esteja efectiva. Como a declaração reforça – sublinhe-se, e não estou a ser nem conspirativo nem, usando uma terminologia popular portuguesa, “Velho do Restelo”, reforça – o CS recomendou à Assembleia-geral que designe Guterres como Secretário-geral. Ora sabe-se que a Assembleia-geral das NU quando “trabalhada” sabe dar a volta às recomendações – leia- se “ordens” do teocrático e pouco democrático – Conselho de Segurança.

Em princípio, esta designação está quase assegurada, face ao consenso que a sua candidatura abrangeu – com particular destaque, para os países da CPLP (não me recordo de ter lido a posição oficial da Guiné-Equatorial) – bem como o modo como a candidatura extemporânea da búlgara e vice-presidente da Comissão Europeia Kristalina Georgieva foi criticada – realce-se, que já tinha sido verberada ainda antes da sua apresentação – a nível internacional.

Ainda assim, recorde-se que Georgieva foi uma lança remetida pela Alemanha, mais concretamente, pela Chanceler Angela Merkel, com o apoio da liderança da Comissão Europeia – que, face à presença de um candidato de um seu Estado-membro deveria ter, naturalmente, optado pela equidistância do acto eleitoral -, do fechadíssimo grupo Clube de Bilderberg, e, de certa forma, ainda que indirectamente sob a capa de quererem uma mulher – tal como o ainda Secretário-geral Ban Ki-moon (e dos seus apoiantes africanos a quem o ainda S-G afirmou que daria maior visibilidade nas alterações e recomposição da Instituição) – ou dos financeiros da Wall Street. E depois, também, do enxovalho que recebeu de Vladimir Putin quando este disse que Angela Dorothea Merkel queria impor uma nova candidata, como se veio a comprovar mostrou que Merkel pode, mandar na "sua" Europa, mas que na ONU “mandamos nós” (é o actual presidente em exercício do Conselho de Segurança)!...

Em teoria nada será e com a votação preliminar de ontem e a aclamação de hoje de aguardar de expectável. Todavia, não esqueçamos que a senhora Merkel vem perdendo muito apoio interno – as últimas eleições regionais resultaram em fortes quebras eleitorais – pelo que necessita de recuperar alguma da auréola que granjeou nestes últimos quase 12 anos de mandatos, além de que a candidata dos “últimos 100 metros da Maratona” ter já apresentado a sua desistência e felicitado.

Só que nada como trabalhar nos corredores para tentar provocar alguma reviravolta no sistema – a Alemanha apoia financeiramente alguns Estados africanos e latino-americanos que estão dependentes das ajudas externas para sobreviverem o seu depauperado e decrépito Orçamento anual – e não aprovarem a tal recomendação e exigirem, na linha do que o “neutro” Ban Ki-moon quase exigiu, que o Secretário-geral seja uma senhora, e neste caso, poderia muito bem ser ou a búlgara Irina Bokova, Directora-geral da UNESCO.

E a Alemanha que quer ser membro-permanente do Conselho de Segurança, tem aqui uma boa oportunidade para aquilatar da “força” da sua eventual candidatura a tal cargo, caso opte por intervir nos corredores do Palácio de Vidro de New York (que, por acaso – e só se recorda por acaso – se situa na antiga lixeira desta cosmopolita metrópole) para que Guterres não seja, efectivamente eleito e consiga reverter o apoio da AG noutra personalidade; e aqui, não esqueçamos, que a maioria dos 193 ou 195 membros da Nações Unidas valem muito mais que os 5 vetos dos “tiranos permanentes” do Conselho de Segurança como, por exemplo e o maior exemplo, a Resolução 1514 (XV), de 14 de Dezembro de 1960.
Mas enquanto isso, transmite-se os parabéns ao Engenheiro António Guterres (aqui descrito pelo seu biógrafo “oficial”), o previsível futuro nono Secretário-geral das Nações Unidas.

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