Há algo neste processo da Efacec que
continuo a não compreender.
Segundo pude ler, na altura, a
intervenção do Governo português sobre esta empresa, ter-se-á devido ao facto
da principal acionista maioritária, a cidadã angolana Isabel dos Santos ter
podido comprar a empresa com fundos e capitais angolanos, eventualmente obtidos
de forma irregular e, simultânea e eventualmente, por essa razão, estar sob
escrutínio judicial.
Até aqui tudo bem, dado que havia que
salvaguardar a imagem e a capacidade económica e financeira da empresa.
Agora, o que não entendo é porque o
Governo português nacionalizou a empresa a partir da citada intervenção. Se o
capital é – ou era – angolano, não deveria a EFACEC ser entregue ao erário
público angolano, ou seja, às autoridades angolanas e ao Governo Angolano?
Então porque está nacionalizada pelo
Estado português? E porque, caso tivesse sido vendida
– o que parece já não vai acontecer –, seria o Estado português o
beneficiário? Será que o Tesouro português devolveu os referidos fundos que, em
princípio, seriam angolanos?
Ficam as dúvidas. Responda(m) quem
souber...
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