Mostrar mensagens com a etiqueta IIPL. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta IIPL. Mostrar todas as mensagens

17 julho 2008

Quem deve regular e promover a Língua Portuguesa?

"Durante muitos anos a Língua Portuguesa esteve dependente – e será que alguma vez esteve mesmo? – do Instituto Camões (IC), organismo criado pela República Portuguesa sem que os seus parceiros linguísticos dela tivessem qualquer benefício real e consistente.

Em 1989, numa reunião havida em São Luís do Maranhão, Brasil, o presidente brasileiro José Sarney propôs a criação de um Instituto que servisse de base à criação de uma comunidade agregadora dos falantes de Língua Portuguesa.

Só 10 anos depois, durante a VI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), que entretanto se havia formado, reunião essa que realizada em São Tomé e Príncipe é que o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) foi criado, tendo sido decidido que a sede seria em Cabo Verde.

Dado que a Língua Portuguesa não é um bem privado mas um enorme ventura pública e o união entre 8 países da Europa à Oceania passando pela América Latina e África, e o elo de união de enormes mosaicos culturais que formam alguns dos países africanos, compreende-se e saúda-se que os políticos tenham tido a visão estratégica de criarem a IIPL.

Todavia, e desde o início que Portugal, apesar de ser um dos 3 países que mantém a quota em dia no IIPL (os dois restantes são Angola e Brasil) sempre se preocupou mais em fazer valer o seu Instituto Camões, sem que, na prática, essa vantagem fosse realmente alicerçada onde estava, salvo o celebrado Prémio Camões, em detrimento de uma maior ajuda à afirmação do IIPL junto dos 8 países da CPLP e junto daqueles países que sempre tiveram ou mantêm significativas colónias migrantes de falantes de Português ou estiveram, em tempos históricos, ligados a Portugal e desejam manter o português como segunda língua ou língua de trabalho.

Também por isso, e porque as disputas entre portugueses e brasileiros pela defesa da “legitimidade” da sua forma de falar, a Língua Portuguesa nunca se consegui impor nos diferentes círculos areópagos internacionais, salvo na OUA por força da capacidade negocial de Angola. (...)
" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no , de hoje, na rubrica "Lusofonia"