Faz hoje 20 anos que, em Bicesse, Estoril, Portugal, UNITA e MPLA sob a supervisão restrita – como se veio a verificar – de Portugal, o mediador coadjuvado pelos EA e pela antiga URSS (hoje, unicamente, Rússia) foram assinados aqueles que viriam a ser reconhecidos pelos Acordos de Bicesse.
Estes acordos permitiram o termo da guerra-civil angolana, da primeira guerra civil, o fim do monopartidarismo que vigorava sob a égide do MPLA com a subsequente abertura ao pluripartidarismo, o fim da economia centralizada e a unificação das forças militarizadas dos dois contendores – a transformação das FAPLA (MPLA e das FALA (UNITA) em FAA (Forças Armadas de Angola) – e convocação de eleições eleitorais legislativas e presidenciais
Infelizmente, e tal como se já tinha verificado em Acordos anteriores, nenhum dos contendores sob conviver irmãmente sob o mesmo tecto nem os presumíveis observadores da implementação dos Acordos souberam aquilatar das verdadeiras necessidades que cada um dos contendores considerava como prioritário.
E, o resultado, foram os descalabros ocorridos no pós-resultados eleitorais em que se nas legislativas, com maior ou menos dificuldade sempre se conseguiu criar a Assembleia Nacional já nas presidenciais nunca houve a realização da a tão necessária 2ª volta entre os dois candidatos mais votados.
Este é um facto que ainda não se normalizou com a Paz conseguida onze anos depois!
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