Pela segunda vez, um antigo presidente afro-lusófono arrecadou o prestigiado Prémio Ibrahim para a Boa Governação, em África.
O laureado foi Pedro Pires, o recente demissionário presidente de Cabo Verde que vai receber um prémio pecuniário de cerca de 5 milhões de dólares (fraccionado em cerca de 200.000 dólares por ano durante dez anos) instituído pela sudanesa Fundação Mo Ibrahim.
Este prémio valora a governações transparentes e a favor da sociedade e, principalmente, o não apego ao Poder.
Duas das razões por que Pires recolheu o interesse da Fundação e o laureou deveu-se ao facto de, durante o seu consolado, Cabo Verde ter sido um dos dois países africanos a saírem do lote dos Países Menos Desenvolvidos e de se ter recusado a alterar a constituição para lhe ser permitida um terceiro mandato.
Depois de Nelson Mandela (honorário) e Joaquim Chissano, em 2007, e Festus Mogae, Botswana, em 2008, a Fundação conseguiu descobrir mais um líder que não só não quis perpetuar o cargo como não se preocupou em gerar artifícios para se manter na função que, constitucionalmente, se lhe via vedado o seu prolongamento.
De recordar que em 2009 e 2010 o Prémio não foi atribuído por a Fundação não conseguir descortinar um potencial laureado!
E, por este andar, creio que 2012, a ser atribuído, deverá ser para um novo lusófono, repetindo esse seu País, o Prémio…
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