"Tem
havido ápices na História da Humanidade que criaram sangrentos e
inqualificáveis conflitos político-militares de consequências descomunais.
Nos
tempos mais recentes, foram os casos da primeira e segunda conflitos mundiais a
que se juntam as lutas de libertação, as guerras de secessão e as contendas
pelas (re)demarcações de fronteiras.
Actualmente,
os principais factores de desestabilização político-militar deixaram de ser
questões territoriais e/ou “lavagens de sangue” para se reverterem de disputas
sociais e políticas em autênticas e sangrentas guerras abertas entre poderes
instituídos e novos movimentos de libertação política.
Movimentos
que defendem mais liberdade política, mais humanização da gestão pública, mais
liberdade humana, ou seja, mais e melhores Direitos Humanos.
A
maioria teve a sua génese numa auto-imolação de um jovem tunisino, Mohamed Bouazizi, ocorrido na cidade de Sidi Bouzid, que rapidamente se degenerou numa revolta popular
por mais e melhores condições humanas e de cujas manifestações provocaram a
queda do autocrata tunisino Zine El Abidine Ben Ali.
Recordemos que foi a partir deste facto que as manifestações
se alastraram, depois, por todo o Norte de África e por alguns países
africanos.
Recapitulemos o que se passou no Egipto – este em escala muito
elevada – e Marrocos, ou de forma menos evidente na Côte d’Ivoire, Uganda,
Argélia, Djibuti, Saara Ocidental, em África, ou no Iraque, Omã, Líbano,
Jordânia, Arábia Saudita, na Ásia (Médio Oriente). Algumas alterações
políticas, talvez menos que o esperado pelos seus mentores, acabaram por ser
evidentes ou reforçadas.
Mas revivamos, principalmente, as crises político-militares na
Líbia, no Iémen – com a queda dos respectivos ditadores, após um largo período
de conflito armado – e, sobretudo, agora, na Síria e, em menor escala, ou em
“lume-brando”, o Sudão. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, ed. 247 de hoje, pág 25 (1º Caderno)
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