(A comunidade internacional anda muito distraída...; imagem daqui)
"No próximo domingo, a Nigéria estava preparada para ir a eleições gerais. Estava! Porque os militares, evocando a situação social e militar, que acontece só numa parte do País, solicitaram à Comissão Eleitoral que adiasse as eleições de 14 de Fevereiro.
As eleições estão
agora programadas para 28 de Março, as presidenciais, e 11 de Abril, as
legislativas.
Segundo Sambo Dasuki, um assessor dos militares e
conselheiro de segurança do presidente Goodluck Jonathan, em seis semanas “todos
os campos conhecidos do Boko Haram serão desmantelados”. Também os
militares disseram terem resgatado as meninas raptadas pelo Boko Haram e até
hoje nunca ninguém as viu, se não, aqueles que conseguiram fugir ou que os
radicais islamitas enviaram com “recados”.
Como
pode um exército fazer em 6 (seis) semanas o que não conseguiu em quase uma
década? Destruir o Boko Haram. Ou será que a corrupção, que eventualmente haja
no seu seio, é tão evidente que já não podendo disfarçar tenta anular o que
antes não conseguiu?
Por
outro lado, até agora nunca nenhum exército da região – e aqui incluem-se, os
da Nigéria, Camarões, Chade e Níger – conseguiram qualquer desenvolvimento
efectivo e real contra os radicais.
Como
recorda o matutino português, Público, e cito com a devida vénia, é certo que “acaba de ser aprovada uma força regional de
8700 membros do Chade, do Níger, das Camarões e do Benim para se juntarem aos
nigerianos, mas grande parte destes militares e polícias vão operar nas regiões
de fronteira.” Como também é verdade que só o Chade, e de momento, “está envolvido em batalhas no Nordeste da
Nigéria.”
Ora
os radicais nigerianos do Boko Haram já avisaram – e nisso, não pedem meças aos
militares nigerianos, se ameaçam, fazem – que é sua firmeza desestabilizar
outros países, nomeadamente o Níger, onde já têm lançado ataques quase diários,
ou os Camarões, onde o exército os tem confrontado. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 367,
de 13 de Fevereiro de 20155, página 21 (1º Caderno)
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