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26 março 2006

Guiné-Bissau, qual crise fronteiriça?

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Refugiados na zona de Bourgadie (Casamance/Senegal)

O governo bissau-guineense legitimado por "Nino" Vieira e seus pares da Assembleia fez, em tempos, um declaração - entretanto nunca retirada ou anulada -, e contrariando uma posição das cúpulas militares, que não havia qualquer crise ou movimentação militar na fronteira bissau-guineense-senegalesa, e muito menos com hipotéticos separatistas casamansence.
"Nino" Vieira, sem a desmentir foi afirmando que a crise fronteiriça não era problema guineense, pelo que, provavelmente, os refugiados estacionados nas vilas de Suzana e Varela, perto dos conflitos, ou em Cacheu deverão ser só casamansences fugidos... provavelmente!
Nada como dar uma olhadazinha no "Africanidades" e ver os sugestivos apontamentos e tocantes fotografias que Jorge Neto nos oferece para perceber como o Governo bissau-guineense estava tão certo. É ir enquanto deixarem...
Crise na fronteira? qual crises, senhores!? é tudo vozes da reacção. Segundo parece nem terão morrido 2 soldados nem ficado feridos 4 devido ao acionamento de uma mina na esgtrada que liga S. Domingos a Suzana...

16 março 2006

Casamança um assunto esquecido…

© foto retirada do Africanidades.com
Interessante os vários apontamentos de Carlos Narciso, durante este mês de Março, sobre uma crise latente e esquecida: a tentativa de secessão de Casamanse, uma região entre Guiné-Bissau e o rio Gâmbia, outrora sob domínio colonial português e entregue aos franceses, no século XIX, que precisavam de viabilizar a sua colónia senegalesa.
Alguns dos grandes problemas da região estão, ou prendem-se, com as diferenças étnicas – a maioria dos casamansenses (Djola/Felupe, Balanta, Malinké, Mandinga, Fula) estão mais próximos dos guineenses –, culturais – falam, na sua maioria, crioulo guineense-português –, económicos – a fronteira marítima guineense-senegalesa é rica em petróleo – e religiosos – os membros da Movimento das Forças Democráticas de Casamanse (MFDC), movimento separatista casamansense é católico e liderado por um padre católico.
Apesar das partes em litígio, já terem assinado, em 2004, um programa de fim de hostilidades, a crise casamansense mantém-se latente e esquecida pela comunidade internacional.
Mais uma…

ADENDA: Nem de propósito, e infelizmente, a Manchete do Notícias Lusófonas de hoje, sobre confrontos militares ocorridos na região entre separatistas e militares guineenses - estranha-se quando eles eram tão amigos e trocavam "prendas" entre si... ah!!, mas isso era no tempo de Ansumane Mané - com baixas não quantificáveis.