© foto retirada do Africanidades.com
Interessante os vários apontamentos de Carlos Narciso, durante este mês de Março, sobre uma crise latente e esquecida: a tentativa de secessão de Casamanse, uma região entre Guiné-Bissau e o rio Gâmbia, outrora sob domínio colonial português e entregue aos franceses, no século XIX, que precisavam de viabilizar a sua colónia senegalesa.
Alguns dos grandes problemas da região estão, ou prendem-se, com as diferenças étnicas – a maioria dos casamansenses (Djola/Felupe, Balanta, Malinké, Mandinga, Fula) estão mais próximos dos guineenses –, culturais – falam, na sua maioria, crioulo guineense-português –, económicos – a fronteira marítima guineense-senegalesa é rica em petróleo – e religiosos – os membros da Movimento das Forças Democráticas de Casamanse (MFDC), movimento separatista casamansense é católico e liderado por um padre católico.
Apesar das partes em litígio, já terem assinado, em 2004, um programa de fim de hostilidades, a crise casamansense mantém-se latente e esquecida pela comunidade internacional.
Mais uma…
ADENDA: Nem de propósito, e infelizmente, a Manchete do Notícias Lusófonas de hoje, sobre confrontos militares ocorridos na região entre separatistas e militares guineenses - estranha-se quando eles eram tão amigos e trocavam "prendas" entre si... ah!!, mas isso era no tempo de Ansumane Mané - com baixas não quantificáveis.
2 comentários:
A fazer fé na Manchete do Notícias Lusófonas, não está tão esquecido quanto isso. Para mal dos (também) nossos pecados.
OC
obrigado pela referência ao que tenho escrito no blog. infelizmente, aconteceu alguma coisa e não tem sido possível actualiza-lo... um abraço
Enviar um comentário