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01 outubro 2011

Pululu pelos leitores

O discurso de Passos Coelho

Passos Coelho está a fazer um dos seus famosos discursos:

- E a partir de agora temos de fazer mais sacrifícios!
Ouve-se uma voz na multidão:
- Trabalharei a dobrar!

Passos continua:

- E temos de entender que haverá mais impostos sobre os produtos ...
A mesma voz:
- Trabalharei a triplicar!

Passos prossegue:

- E as dificuldades ainda vão aumentar mais...
- Trabalharei o quádruplo!

Passos intrigado vira-se para o segurança e pergunta:

- Quem é esse idiota que vai trabalhar tanto?

- O coveiro! - respondeu

(Recebido via email)

15 julho 2009

Pululu pelos leitores: A nova Autoridade Africana

Da Dra. Eduarda Valente, da Universidade Lusíada de Angola, um comentário sobre “Estará África preparada para a nova Autoridade?” que, pelo conteúdo e pela conjuntura, foi transferido para aqui.

Olá a todos,
Obviamente chegou-se a uma nova outra Autoridade, proposta por Kadhafi, ora bem, quem investigou e muito bem foi Cheik Anta Diop, mas fê-lo sempre na perspectiva gradualista, ou seja, haver institutos superiores especializados, onde acima de tudo interviriam as mulheres.

Onde a saúde seria uma parte de sustenção da população africana que se debate com inúmemros problemas de doenças etc. O comércio esse nem se fala. Não conheço grandes indústrias em África, que se saiba quase tudo ainda é de subsistência. Não me parece por isso, que seja bem a ideia do Sr. Kadhafi ter estas preocupações no seu horizonte em perspectiva, não gosto de ser ofensiva e muito menos beliscar a personalidade de quem quer que seja. Mas convenhamos esta individualidade é um tanto ou quanto complexa para não dizer mais nada.

Principe só for o da Droga. A proposta efectuada de instalar um Hotel para Negócios que estaria isento de taxas na Guiné-Bissau, à beira de estado falhado dá-nos bem a dimensão da estatura do tipo de empreendimento e muito certamente para o que seria.

A meu ver existem realidades em África que são incontornáveis, de momento, claro está.

Mas, como o mundo é feito de mudanças. Só não nos podemos esquecer que o ideal é que se faça um desenvolvimento equilibrado e sem alicerces em droga e outras coisa negativas. Sim porque se o comércio for esse então muito mal nos vamos dar.

Se percorrermos os alicerces que temos vemos que é zero. Acho que temos de encarar a realidade. Assentar bem os pés no chão. Acho que o Sr. Kadhafi só vê a perspectiva em linha recta e ela no entanto tem várias nuances que temos que ultrapassar.

Cumprimentos

Eduarda Valente, Luanda

09 abril 2009

Pululu e os leitores: ainda a TAAG...

(imagem Internet)

Sobre o apontamento anterior um leitor do Pululu, infelizmente colocado sob o anonimato – quero acreditar que só por esquecimento não assinou – deixou um comentário onde se percebem oportunas questões e flechas razoavelmente bem dirigidas até porque algumas já foram colocadas pela imprensa angolana independente.

Talvez que os responsáveis da TAAG possam prestar alguns esclarecimentos…

Citação:
Tenho imensa pena de ter de afirmar isto, e faço-o com conhecimento de causa, não estou aqui a pretender colocar mal a nada nem a ninguém.

Ao longo dos anos: todos sem excepção que dirigiram a TAAG, serviram-se dela com gozo e prazer.

Nunca a serviram. Serviram-se dela.

Investiguem para conhecerem e entenderem o porquê disto. A relação da TAAG com as organizações que regem a aviação Civil...
A TAAG brincou, abusou muito. Agora, agora é hora dela, digo daqueles que dela se beneficiaram colocarem a mão na consciência e redimirem-se de tudo...Eles sabem bem do que estou a falar, diga-se tão somente isto: e a Clearinghouse??? anos sem cumprir! Do que reclamam??? Por favor tenham vergonha...

Sejam sérios...A Aviação é uma coisa séria. Não se coaduna com a falta de seriedade com que a TAAG é gerida... trata-se de vidas humanas...
Não brinquemos...

Fim de Citação

24 novembro 2008

O Pululu pelos leitores: “Obama…”

(a partir de uma imagem no Google)

Sempre que se proporcionar e o conteúdo for merecedor disso terei todo o prazer em trazer à estampa os comentários dos leitores. Não o tenho feito, porque quem quer, pode sempre aceder aos mesmos na rubrica comentários.
(Re)comecemos hoje com um sobre o
artigo publicado no semanário santomense Correio da Semana sobre Obama e alertado aqui.
Mas porque o que segue é, não só interessante como tem observações pertinentes, como quando se refere à pouca visibilidade de – adoptemos a sua terminologia que adoptou para americanos e brasileiros – afro-portugueses na vida política portuguesa. Que me recorde só dois afro-portugueses tiveram rosto na Casa dos Portugueses, ou seja, na Assembleia da República: Fernando Ká, pelo PS, e de ascendência guineense, e Hélder Amaral, do CDS. Há, apesar de não ser de ascendência africana, uma outra personalidade não-branca com posição de destaque, Presidente de uma das principais câmaras portuguesas e que já chegou a ser hipótese para liderar o seu partido. Mas…
Lamentavelmente, e é só o que lamento, o artigo foi colocado como anónimo. Nem umas iniciais. Pelo conteúdo fico com a ideia que é um angolano, um compatriota. Todavia, agradecia que, de futuro, as pessoas assinassem, pelo menos, com as suas iniciais. Há que deixar o medo para os ditadores e autocratas.
Aqui fica o texto:

Amabilíssimo Pululu,
Gosto muito do seu blog e deleito-me durante longos fios do pouco tempo livre que tenho tido a ler boas e imparciais análises contidas nos seus artigos. Quanto ao presente artigo, tenho simplesmente a incentivar-lhe a encontrar - mesmo que isso venha a exigir da sua parte ter um coração negro - as motivações que estiveram e estão ainda, infelizmente, na origem de um sentimento de revolta e que agora se transforma quase em "exclusão", embora eu nem sequer partilhe desse sentimento de vítima, dado que até em Angola, p.ex.,os brancos e mulatos - que não constituem 14% como os negros nos EUA - ocuparam e ocupam sempre bons e até melhores lugares e se eu disser que em muitos casos, são eles a excluírem a maioria negra e eles próprios a autoafirmarem-se mulatos e não negros e, no caso de brancos, angolanos só quando isso convém, sei que não me vai acreditar ( E então eu devia ter mais motivos de escrever as minhas lamúrias...). A única coisa que vai acreditar é que o branco nunca foi escravo do negro e nunca se submeteu aos desprezos mais humilhantes à custa da cor da sua pele; e acho que confirma também esta: o negro nunca se considerou superior ao branco, mas sempre lutou e teve que lutar, por si próprio, pela dignidade e igualdade. A essa luta juntaram-se mais tarde outros não-negros de quem os negros nunca se vão esquecer, porque a eles rendem homenagem. E existem muitos ainda hoje, e sobretudo hoje, na mesma senda. Creio que sua senhoria também está do lado dessa luta, embora neste artigo revele mais o interesse de promover quem sempre se auto-promoveu e nunca foi despromovido por ninguém, aproveitando-se do "caso Obama" que é simplesmente uma vitória do Povo maduro americano maioritariamente branco que foi acompanhando essa luta sem armas.
E nem penso que este seja o fim da luta; é o princípio...! Obama terá de usar as suas competências não só para lutar contra a corrente dos preconceitos, mas também e sobretudo para defender a cor. Tudo o que vier a correr mal durante a sua governação já náo terá como causa o Presidente americano Obama, mas o Presidente afro-americano (negro) Obama. É mesmo assim, enquanto uns são americanos, brasileiros, outros são afro-americanos, afro-brasileiros.
Contra a minha vontade tive de recordar-lhe só alguns de muitos factos a que devemos estar atentos quando pretendemos que acontecimentos dos EUA sirvam de exemplo para Angola, Moçambique, etc. Sigamos a história, curemos as feridas do passado com muito respeito, tolerância, serenidade, mas sobretudo com espírito de perdão( e nós que apenas obtivemos a independência em 1975 e com uma guerra civil que só terminou há 6 anos, ainda estamos nessa fase). Ainda temos um longo caminho a percorrer: em Angola (onde já desde o ano da independência existem mulatos e brancos em cargos públicos importantes, incluindo governadores provinciais porque foram vistos simplesmente como angolanos e o são!) , em Portugal (se calhar também ai existem negros portugueses - quem são eles na política ou noutros sectores importantes?), no Brasil, em Moçambique, na França, na Holanda, na Bélgica, na Zâmbia, no Zimbabwe, na Inglaterra, na Itália, na África do Sul(também aí, apesar de os negros ainda terem as cicatrizes do apartheid bem visíveis, não me parece que os brancos estejam a ser vítimas de exclusão nem política nem social) , na China...
Andemos devagar, invistamos nas nossas fazendas sim mas também nos valores humanos, respeitemos o povo e a sua cultura viva, nos ocupemos dele, lutemos pelo seu bem-estar, apresentemos as nossas propostas inteligentemente, que a nossa política convença o eleitor (como o fez Obama), façamos jogo democrático limpo, na harmonia e na paz, e então poderemos ( “we’ll be able”, futuro do presente “we can” de Barack Obama) chegar ao poder sem condescendência de ninguém nem precisaremos de usurpá-lo de ninguém, mas por mérito próprio e reconhecimento do povo!