De acordo com a Panapress, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Malam Mané, reconheceu a existência de ireegulariedades na 2ª. volta das presidenciais, em 24 de Julho passado.
Segundo reconheceu, uma vez mais, aquele conselheiro, em algumas assembleias os votos registados foram superiores ao número de eleitores. E esta “constatação não foi feita durante a votação, pelo que os delegados dos dois candidatos ("Nino" Vieira e Bacai Sanhá) não puderam reclamar a tempo.”
Ainda segundo Mané, o Código Eleitora guineense “estipula que se as irregularidades forem confirmadas por uma recontagem dos votos 72 horas depois do escrutínio, o voto é imediatamente anulado e repetido” afirmando, no entanto, que isto não aconteceu porque “o problema não foi colocado dentro do prazo”.
E era possível, face às suas iniciais declarações?
E como explica o senhor Mané vir, todavia, afirmar terem sido aceites as reclamações dos apoiantes de Sanha, em cerca de 2500(?) assembleias de voto?
Isto depois da UE e a CNE terem afirmado que as eleições foram justas e transparentes, o senhor Mané afirma, e ainda, que se vão proceder a verificações que estas serão feitas por região “pois a situação merece uma responsabilidade acrescida”.
Perante estes factos, uma vez mais se coloca a questão: quem fica a perder no fim disto tudo? E como irão reagir os militares quando vêem que a democracia por causa da qual levaram a efeito um Golpe de Estado continua periclitante?
E já agora. Como responde a isto o senhor Professor Freitas do Amaral, excelso Ministro dos Negócios Estrangeiros português, bem assim o seu governo?
Será o próximo a pedir a demissão por razões pessoais?
Com uma política africana como a que vemos não seria de admirar.
1 comentário:
Só consigo emitir um simples comentários: QUE VERGONHA! O QUE ANDARAM OS OBSERVADORES A FAZER???
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