Até há pouco a União Europeia, uma constelação de Estados Europeus onde existia uma Comissão e a presidência era semestralmente rotativa entre os Estados-membros, regia-se como, essencialmente, uma União económica, tendencialmente política e social, mas onde o "euro" e os "maiores" já mais mandavam.
Agora com a entrada em vigor, no próximo mês de Janeiro do Tratado de Lisboa, e com a eleição ontem ocorrida do novo Presidente da União, vulgo, Conselho Europeu, o até agora primeiro-ministro belga, Herman Van Rompuy, e da britânica Catherine Ashton como Alto-representante para a Política Externa da União Europeia e, simultaneamente, a número dois da Comissão europeia, ainda liderada por Durão Barroso, passará a existir na Europa um super-Estado onde os Estados, progressivamente, quer queiram, quer não, quer o reconheçam, quer não, irão ver progressivamente, serem-lhe retirados alguns – e provavelmente não pouco – poderes constitucionais.
Podem afirmar que não o é, ainda, uma Constituição Europeia, mas na prática o Tratado de Lisboa é-o. Só diferiu do seu vetado antecessor porque lhe foi retirada a expressão “Constitucional”.
Ou seja, e basta conhecer a História e os movimentos políticos europeus para o constatar, que o que Carlos V, Napoleão, Bismark ou Hitler não o conseguiram por via militar, conseguiu-o o sistema financeiro e a paranóia da Pax Europeia: uma União da maioria dos Estados europeus que o novo “futuro” presidente já afirmou logo nas primeiras palavras ser sua essa vontade "continuar a expandir a UE e reforçar o seu papel como peça importante no Mundo".
Veremos como os EUA, a Rússia, a China e os Emergentes irão aceitar esse “fortelecimento”…
Agora com a entrada em vigor, no próximo mês de Janeiro do Tratado de Lisboa, e com a eleição ontem ocorrida do novo Presidente da União, vulgo, Conselho Europeu, o até agora primeiro-ministro belga, Herman Van Rompuy, e da britânica Catherine Ashton como Alto-representante para a Política Externa da União Europeia e, simultaneamente, a número dois da Comissão europeia, ainda liderada por Durão Barroso, passará a existir na Europa um super-Estado onde os Estados, progressivamente, quer queiram, quer não, quer o reconheçam, quer não, irão ver progressivamente, serem-lhe retirados alguns – e provavelmente não pouco – poderes constitucionais.
Podem afirmar que não o é, ainda, uma Constituição Europeia, mas na prática o Tratado de Lisboa é-o. Só diferiu do seu vetado antecessor porque lhe foi retirada a expressão “Constitucional”.
Ou seja, e basta conhecer a História e os movimentos políticos europeus para o constatar, que o que Carlos V, Napoleão, Bismark ou Hitler não o conseguiram por via militar, conseguiu-o o sistema financeiro e a paranóia da Pax Europeia: uma União da maioria dos Estados europeus que o novo “futuro” presidente já afirmou logo nas primeiras palavras ser sua essa vontade "continuar a expandir a UE e reforçar o seu papel como peça importante no Mundo".
Veremos como os EUA, a Rússia, a China e os Emergentes irão aceitar esse “fortelecimento”…
1 comentário:
Concordo com muito, quase tudo, do que aqui diz.
No entanto, estou, após a escolha destas duas figuras (aparentemente - logo se verá como actuam e que espaço virão a ter para isso - são demasiado apagadas, logo, sem capacidade de liderança, mesmo a calhar aos "grandes") para os novos cargos que o Tratado "Europeu" de Lisboa fabricou, dizia, estou mais com as críticas que se levantam quanto à real vontade de se constituir uma União Europeia, qualquer que seja o formato jurídico-político por que se pudesse vir a chamar.
A minha leitura é que esta união europeia vai-se fazendo, com avanços e recuos em que nem sempre se consegue perceber que azimute é dado à tese operatória das ideias em jogo. E já era tempo de ser mais, muito mais, claro.
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