23 março 2012

O factor "C"

"A meio da semana passada um abanão no xadrez político angolano provocou ondas semelhantes às de uma pedra lançada num charco.

Se uns dirão que foi mais que uma simples contracultura política nacional, por certo, que outros avançarão que foi a emergência de um novo “factor ‘C’” tão necessário para decadista meio político nacional.

O certo é que Abel Epalanga Chivukuvuku abnegou ao seu partido de origem, a UNITA, onde militou durante cerca de 38 anos, alguns dos quais, como figura carismática, e, de acordo com as suas palavras, foi “com mágoa, mas sobretudo com muita determinação, [que se viu] forçado, conscientemente, a ter de trilhar um novo caminho”.

Provavelmente, um caminho que alguns chamarão de “factor C”.

Com a saída da UNITA de Chivukuvuku emergiu na cena política nacional uma nova organização (ou será coligação?) política que poderá ter alguma palavra na cena estadística nacional.

Por curiosidade, a nova organização política está, também ela, enquadrada no novo “factor C” e que, segundo o seu criador permitirá “Servir Angola, Servir os Angolanos” e dará aos eleitores nacionais – infelizmente, e ainda, só para os que estão em território nacional, – a oportunidade de “abrirem uma nova página” na cena política angolana.

A nova organização política, cujo acrónimo não deixa de ser interessante, chamar-se-á, pelo menos até ser legalizada no Tribunal Constitucional, de Convergência Ampla de Salvação Nacional (CASA).

Um “factor ‘C’” que vai permitir a Chivukuvulu visar o seu principal e já há muito conhecido objectivo: a presidência da República. (…)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, ed. 218, de 23 de Março de 2012, pág. 21 (e transcrito no portal Club-K )

Sem comentários: