"Afonso Dhlakama, líder do partido da Perdiz, (a Renamo), andava a clamar, ainda e cerca de 20 anos depois, que a Frelimo, não estava a cumprir com os Acordos de Paz de 1992, assinados em Roma.
Vai daí que ameaçava juntar os seus antigos guerrilheiros numa das cidades que mais o apoiavam e provocar rebuliços – tantos quantos os necessários – para que o Governo Central moçambicano (liderado pela Frelimo, desde a independência) assumisse os ditos erros de casting e fizesse letra os Acordos.
Se foi ou não devido às constantes manifestações de denúncia de Dhlakama, o certo é que o Perdiz-mor conseguiu que algumas dezenas de pessoas próximas da Renamo, chamados “desmobilizados” se juntaram numa das casas-sede provinciais da Perdiz, na Rua Sem medo, ameaçando o actual status quo moçambicano com manifestações nas ruas de Nampula, a chamada Capital do Norte.
Recordemos que um dos itens do Acordo de há cerca de 20 anos – depois deste acordo já houve várias eleições legislativas, presidenciais e autárquicas, pelo que esse item não se justifica mais – previa que o estado moçambicano prometia " que um determinado número [de ex-guerrilheiros da Renamo] teria o estatuto de polícia para guarnecer as instalações e quadros superiores", do maior partido da Oposição.
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