Ontem
tive a oportunidade de assistir ao espectáculo de dança da Companhia de Dança
Contemporânea (CDC) de Angola sob a supervisão, direcção artística e coordenação de Ana Clara G.
Marques.
Um
espectáculo intitulado “Paisagens Propícias”.
Recorde-se
que este espectáculo, com coreografia de Rui Lopes Graça, era para se ter
estreado em Angola, no centenário e velhinho Nacional (Luanda).
Infelizmente,
razões de segurança que o teatro Nacional não oferece – bem como a salvaguarda
da integridade física dos artistas e do próprio espectáculo – levaram que a CDC
decidisse não efectuar o espectáculo em Luanda.
É,
talvez, e volto a reafirma-lo como já o fiz na altura, que o nosso Governo
comece também olhar para a Cultura com os olhos que ela merece.
Principalmente
para a Cultura nacional oferecendo aos angolanos uma sala de espectáculos
própria para a Dança e para o Canto e para outras actividades como o Teatro.
Fazer
uma nova, com as modernas condições técnicas sem esquecer, naturalmente, em
recuperar aquelas que sejam possíveis de o fazer, como, por exemplo, o
centenário Teatro Nacional.
Que
o exemplo de ontem, no português Teatro Camões, uma meia casa numa terceira sessão
e de um espectáculo diferente do que os portugueses estão habituados, faça
compreender os nossos governantes e a Ministra da Cultura para aquela
necessidade.
Note-se que este espectáculo do CDC ainda vai percorrer outras paragens portuguesas, como por exemplo Bragança (podem ver o programa no Facebook em CDC).
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