(imagem Expresso/Google)
Interessante artigo do
investigador Raúl M. Braga Pires, professor universitário em Rabat, sobre duas
matérias incandescentes do Norte de África:
- as movimentações dos islamitas pró-Sharia
em Marrocos com a proclamação do Ansar
Achariaa (Defensores da Chariat/Lei Islâmica) levada a efeito
pelos islamitas marroquinos subordinados ao Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) que, por sua vez, fazia enviar marroquinos para o norte do Mali onde
foi proclamada a secessão do Azawad;
- a secessão do Norte do Mali por
islamitas tuaregues e a tentativa emergente das tropas malianas apoiadas pela
França e pela CEDEAO em recuperar a integridade territorial.
Um interessante artigo que aconselho a
sua leitura e ponderação com particular destaque para dois últimos parágrafos
que reproduzo e sublinho:
“No
terreno, certamente que o MNLA [Movimento Nacional para a
Libertação d'Azawad, movimento laico que também defendeu a separação]
preencherá o vazio que o Ansar Eddine deixará, abrindo assim
espaço a negociação e à criação dum Azawad autónomo, mas não
independente, garantindo a integridade territorial do Mali, fundamental para a
manutenção da integridade territorial do Marrocos, da Costa do Marfim, da
Nigéria, da Líbia e se quisermos ser atrevidos, até mesmo de Moçambique, por
exemplo.
Neste campo, até já nem se pode falar do "evitar o levantar dum
precedente histórico", já que o mesmo já foi levantado em África,
aquando da secessão da Eritreia face à Etiópia em 1993 e do Sudão do
Sul face à República do Sudão em 2011.”
1 comentário:
E tão perto da Guiné-Bissau!
Parece que também já há uma mesquita em Luanda.
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